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Ensino

- Publicada em 01 de Março de 2011 às 00:00

Vistoria em colégio marca a volta às aulas no Estado


ANA PAULA APRATO/JC
Jornal do Comércio
O cenário não é nada agradável para o aprendizado. A instituição educacional mais antiga do Rio Grande do Sul se encontra abandonada. Em meio a paredes com infiltração, portas pichadas, biblioteca ultrapassada, salas com mau cheiro e o ginásio de esportes transformado em depósito para sucatas, o Instituto de Educação General Flores da Cunha recebeu a aula inaugural do ano letivo na Capital. Com a presença da primeira-dama do Estado, Sandra Genro, que fotografou a instituição, a aula foi precedida de uma longa e detalhada visita pelas dependências da escola.
O cenário não é nada agradável para o aprendizado. A instituição educacional mais antiga do Rio Grande do Sul se encontra abandonada. Em meio a paredes com infiltração, portas pichadas, biblioteca ultrapassada, salas com mau cheiro e o ginásio de esportes transformado em depósito para sucatas, o Instituto de Educação General Flores da Cunha recebeu a aula inaugural do ano letivo na Capital. Com a presença da primeira-dama do Estado, Sandra Genro, que fotografou a instituição, a aula foi precedida de uma longa e detalhada visita pelas dependências da escola.
Ontem, 1,1 milhão de alunos retornaram às aulas em 2.594 escolas estaduais do Estado. Em Porto Alegre, cerca de 55 mil alunos retomaram os estudos em 93 escolas municipais. O secretário da Educação do Rio Grande do Sul, José Clóvis Azevedo, explicou que neste ano não foi possível uma melhor formatação do ano letivo em virtude do curto espaço de tempo, desde a posse até o começo das aulas.
"Já pegamos o calendário elaborado pela gestão anterior. Porém, ressalto algumas atitudes para o próximo ano, como o concurso público e a recuperação de algumas escolas", explicou Azevedo. Em relação a este último ponto, uma das principais tarefas da gestão Tarso Genro será a remodelação do Instituto de Educação. "Estou admirado com a competência da diretora da escola em conseguir administrar aulas nesta situação de caos. Não se admite que gestores tenham passado pela secretaria e se conformado que uma escola símbolo do Estado esteja se deteriorando", afirmou o secretário.
A diretora do instituto, Adriana Marcon, de forma constrangedora e sempre se desculpando, apresentava sala por sala, e o cenário era cada vez mais precário. O ginásio de esportes é utilizado como depósito de cadeiras e mesas desativadas. Quando chove, os alunos são obrigados a fazer as aulas de educação física dentro das salas, com jogos de tabuleiro.
Outra importante ferramenta de ensino, a biblioteca, está em péssimas condições. Livros antigos e desatualizados, e um espaço pequeno para a instituição, que recebe cerca de 2,5 mil alunos diariamente. Em termos de segurança, a situação não é melhor: os locais que deveriam abrigar extintores de incêndio estão vazios. As armações de ferro das vigas de concreto estão à mostra, comprometendo toda estrutura do prédio.
"Alguns setores da escola necessitam urgentemente de obras. O ginásio, por exemplo, diversas vezes foi inundado com a chuva", explica Adriana.
Acompanhando a visita, a primeira-dama do Estado lembrou em seu discurso na aula inaugural o empenho e a experiência de seu marido na gestão do Estado. "Os desafios servem como base para enfrentar os novos desafios impostos na gestão de Tarso", disse Sandra.
Já Azevedo parabenizou a luta da direção do instituto e dos professores em lecionar com condições tão precárias. "Trabalhei por 22 anos em salas de aula e com o tempo pude acompanhar tudo o que a educação veio perdendo. Está na hora de nos empenharmos e melhorar a educação no Rio Grande do Sul", enfatizou ele, que prometeu repassar o problema para a Secretaria de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano.
A rede estadual conta com 77 mil professores ativos, entre concursados e contratados. Sobre a demanda de novos docentes, o secretário esclareceu que estão sendo feitas contratações necessárias para o banco de cadastro temporário de professores. Já foi renovada a contratação de 17 mil professores com contratos temporários e devem ser convocados mais três mil educadores. Questionado sobre a falta de professores no Estado, Azevedo disse que só saberá a real situação durante a semana.

Tarso Genro recebe Cpers e marca reunião para 15 de março

A direção do Cpers/Sindicato reuniu-se na manhã de ontem com o governador Tarso Genro e com os secretários José Clóvis de Azevedo, da Educação, Stela Farias, da Administração, Odir Tonollier, da Fazenda, e Carlos Pestana Neto, da Casa Civil. Em um encontro com duração de cerca de 40 minutos, o sindicato reapresentou a plataforma de reivindicações da categoria, enfatizando a necessidade de abrir imediatamente a negociação salarial dos educadores.
O governo do Estado instalou uma mesa de negociação para debater pontos da plataforma de reivindicações dos trabalhadores, com a primeira reunião marcada para o próximo dia 15 de março.
No primeiro encontro, o governo já aprovou alguns itens apresentados, como o concurso público, a liberação dos dirigentes sindicais e a revogação de portaria que dificultava os professores de participar de seminários de formação. "O governo já respondeu sobre alguns itens apresentados pelo sindicato e, dia 15, pretendemos ter uma proposta mínima em relação aos demais pontos", destacou o governador.
A presidente do Cpers/Sindicato, Rejane Oliveira, salientou que foi importante o primeiro contato. "Se o encontro foi positivo só saberemos ao final do processo.
Nós esperamos que, na próxima audiência, já possamos abrir o processo de negociação sobre o tema dos salários e as condições de trabalho e de aprendizado para os alunos nas escolas", enfatizou.
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