Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Feira do Livro

- Publicada em 12 de Novembro de 2010 às 00:00

A Feira além da Feira: comprando com desconto nas livrarias


Claudio Fachel/JC
Jornal do Comércio
Ao longo de 56 edições, a Feira do Livro de Porto Alegre se imortalizou no imaginário de seus frequentadores como o local ideal para comprar exemplares com bons descontos. Durante o ano, não são poucas as pessoas que esperam ansiosamente para adquirir as obras desejadas nesta época, com o intuito de economizar. Ainda assim, uma outra parte do público aproveita os mesmos descontos bem longe da Praça da Alfândega, nas livrarias, que estendem seus descontos a suas lojas.
Ao longo de 56 edições, a Feira do Livro de Porto Alegre se imortalizou no imaginário de seus frequentadores como o local ideal para comprar exemplares com bons descontos. Durante o ano, não são poucas as pessoas que esperam ansiosamente para adquirir as obras desejadas nesta época, com o intuito de economizar. Ainda assim, uma outra parte do público aproveita os mesmos descontos bem longe da Praça da Alfândega, nas livrarias, que estendem seus descontos a suas lojas.
A Livraria Saraiva, por exemplo, estende o desconto da Feira para toda a sua rede, que está presente nos shoppings Praia de Belas, Moinhos, Iguatemi e BarraShoppingSul, além de ter uma filial na Rua dos Andradas, próxima ao evento. "Durante a Feira há um aumento de venda em todas as lojas, pois nelas o cliente pode encontrar o que procura com o mesmo desconto de 20%", afirma a assessora de imprensa da Saraiva, Nadia Sousa.
Ao passo que a atmosfera literária se faz presente durante a realização do evento, a venda de títulos deixa de ser exclusividade da Feira e passa a figurar em qualquer ponto da cidade. Mesmo com intensa programação, sessões de autógrafos e demais atrativos, o passeio tem encontrado cada vez menos adeptos nos últimos cinco anos. No ano passado, cerca de 1,5 milhão de pessoas circularam pela Praça da Alfândega, contra 1,9 milhão em 2004. Isso refletiu-se no número de vendas, que de 2005 a 2009 caiu 33%, passando de 530.978 volumes para 354.892.
Porém, enquanto os números da Feira diminuem, quem não participa dela lucra com a sua realização. É o caso da Livraria Cultura, localizada no Bourbon Shopping Country, que nos últimos dois anos registrou aumento na venda de exemplares nesta época. "As livrarias em shoppings atraem consumidores principalmente pela segurança e pela comodidade do ar-condicionado", aponta Ronaldo Martins, gestor de acervos da empresa.
Isso acontece mesmo que a loja não proporcione descontos especiais do evento. “Há sete anos nós apostamos na fidelização de nossos clientes com o Mais Cultura, que oferece preço menor não só durante esses quinze dias, mas o ano inteiro”, destaca. Além disso, Martins acredita que o público já percebeu que os preços da Feira não são tão bons. "Não existe um contato direto entre editora e consumidor final, mas um intermédio das livrarias, o que acaba encarecendo o produto", explica.
Para a vendedora de roupas Beatriz Costa, é mais vantajoso comprar em lojas do que na Feira. "Eu trabalho no Shopping de Fábricas, perto da Feira, e só tenho o horário do almoço para encontrar o que preciso. Por isso é mais prático vir na livraria do que ter que procurar em todas as bancas. Além do desconto ser o mesmo", relata ela, que esteve na Saraiva da Andradas. Juliane Hendler, com uma lista de títulos na mão e muita pressa, também afirmou não ter tempo para visitar o evento. Para ela, a praticidade e o bom atendimento das lojas são um diferencial.
Já o advogado Romildo Marques da Rosa destacou a climatização e organização das livrarias como seu principal atrativo. Para ele, a fidelização também é importante. "Para quem é cliente, vale mais a pena comprar com o cartão da loja do que em qualquer banca da Feira", afirmou.
O "rato de livros" Aroldo Daniel Becker, como ele mesmo se define, disse ser fã da Feira desde criança, porém nos últimos anos tem se incomodado com o excesso de pessoas que circulam na Praça da Alfândega durante o evento. Segundo ele, isso acaba prejudicando o passeio. "Eu fui diversas vezes neste ano na Feira, mas em nenhuma delas consegui me aproximar dos estandes para comprar um livro", conta. Becker acabou adquirindo os exemplares desejados no conforto da livraria.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO