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Lixo

- Publicada em 06 de Setembro de 2010 às 00:00

Capital usará contêineres nas ruas de cincos bairros


LUIZ CHAVES/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
A colocação de sacos de lixo nas calçadas de Porto Alegre virou uma grande dor de cabeça para os moradores e para o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). A principal reclamação da comunidade está relacionada à atuação de carroceiros, catadores e moradores de rua que, em busca de produtos como latas de cerveja, garrafas PET, jornais velhos e papelão, entre outros materiais, acabam rasgando os sacos.
A colocação de sacos de lixo nas calçadas de Porto Alegre virou uma grande dor de cabeça para os moradores e para o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). A principal reclamação da comunidade está relacionada à atuação de carroceiros, catadores e moradores de rua que, em busca de produtos como latas de cerveja, garrafas PET, jornais velhos e papelão, entre outros materiais, acabam rasgando os sacos.
O resultado dessa ação é que o lixo fica espalhado pelas calçadas e pelas ruas da Capital. Um levantamento do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) mostra que 60% dos entupimentos das bocas de lobo da cidade ocorrem devido aos sacos plásticos.
Para resolver o problema, o DMLU busca uma solução utilizada em algumas cidades do Interior do Estado e por alguns países da América Latina: a colocação de contêineres nas vias públicas. A partir de 2011, um projeto-piloto começa a ser testado no Centro e também nos bairros Bom Fim, Santana, Praia de Belas e Cidade Baixa.
"O nosso objetivo com a colocação dos contêineres é diminuir o número de sacolas e sacos de lixo na via pública", comenta o diretor-geral do departamento, Mário Moncks. Segundo ele, os mil contêineres que serão colocados na área central e nos quatro bairros a partir de 2011 serão exclusivamente para coleta de lixo domiciliar (comum). Os contêineres, que serão estacionados na via pública, ocuparão um espaço equivalente ao de um veículo. Também está definido que, a partir dos primeiros meses de 2011, será realizada uma campanha publicitária para explicar à população os detalhes da coleta mecanizada.
O vereador Adeli Sell (PT) salienta que a colocação dos contêineres na cidade está vinculada ao fim da circulação das carroças. "Não é possível que em 2010 ainda tenhamos que conviver com a má educação e o lixo espalhado pelos carroceiros e pelos moradores de rua", destaca. De acordo com Sell, além de terminar com o problema das sacolas e sacos de lixo nas calçadas, a colocação dos contêineres vai evitar a sujeira, o mau cheiro e a ação de roedores. Para ele, está mais do que na hora de o poder público municipal acabar com a "farra" que é feita pelos catadores e carroceiros na cidade.
O vereador acredita que a implantação da coleta mecanizada em Porto Alegre vai resolver um outro problema: o de homens correrem atrás de um caminhão de lixo pelas ruas da Capital. "É um absurdo que isto ainda ocorra em pleno século XXI", lamenta.

Caxias do Sul comemora três anos da coleta mecanizada

A coleta mecanizada do lixo de Caxias do Sul completou três anos. O sistema começou a ser implantado em 270 quadras da área central em agosto de 2007. Inicialmente foram 500 contêineres de cada tipo (orgânico e seletivo). Na segunda etapa, em março de 2008, foram mais 500 de cada. Uma terceira etapa ocorreu em maio, com outras 400 unidades de cada tipo.
O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), Adiló Didomenico, explica que atualmente existem 2,8 mil contêineres - 1,4 mil verdes para lixo orgânico e 1,4 mil amarelos para resíduo seletivo. O projeto cobre 900 quadras na área central e diversos bairros.
A utilização de contêineres beneficia mais de 165 mil pessoas na cidade. Entre os benefícios conquistados está o aumento de mais de 100% no volume de resíduos seletivos. "O sistema também reduziu o mau cheiro, o lixo nas calçadas e a proliferação de insetos e outros animais", destaca. O recolhimento dos contêineres acontece das 18h às 6h e cada equipamento fica a uma distância de 100 metros um do outro. A lavagem com desinfetante é feita uma vez por semana pela equipe da Codeca.
Em 2009, a companhia investiu R$ 10,6 milhões na aquisição de todos os equipamentos, que eram locados, e na implantação da terceira fase. Houve redução de custos, domínio de tecnologia, aquisição de patrimônio e racionalização de despesas. "Não ocorreram demissões. Pelo contrário: o número de coletores aumentou porque as equipes reforçaram o serviço em outros bairros", destaca. Em função da utilização de contêineres na área central, a coleta seletiva passou de uma para duas vezes por semana nos bairros mais afastados.
No entanto, o principal problema continua sendo o vandalismo e o mau uso dos equipamentos. Desde que o sistema está em vigor, 244 contêineres já foram danificados - metade por ataques de vândalos e os outros 50% por acidentes de trânsito. Didomenico diz que a prefeitura atua em parceria com a Brigada Militar e a Guarda Municipal no combate aos incêndios criminosos.
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