Um novo modelo deve garantir um melhor funcionamento do setor de saúde no Rio Grande do Sul a partir de 2010. Pelo menos esta é a expectativa do governo do Estado através da implantação do sistema operacional de Administração-Geral dos Hospitais (Aghos). "Ele vai permitir a regulação informatizada dos eventos do Sistema Único de Saúde (SUS), facilitando o acesso e aumentando a velocidade de resposta da rede", destaca o coordenador da Central Estadual de Regulação, Eduardo Elsade.
Segundo ele, a Secretaria da Saúde dará início ao treinamento e capacitação de servidores em dezembro. Depois disso, a regulação total das internações hospitalares no Rio Grande do Sul deve estar informatizada ainda no primeiro semestre do ano que vem. Procedimentos hospitalares de neurologia, cardiologia e traumatologia serão incorporados ao Aghos neste período.
O modelo foi adquirido através de convênio com a prefeitura de Pelotas. "É uma parceria que saiu sem nenhum custo para o Estado." O Aghos já foi implantado em Cuiabá (MT) e também está em fase de implantação em Vitória (ES).
A partir de agosto de 2010, a previsão é de que o sistema seja estendido à marcação de consultas especializadas, exames e cirurgias ambulatoriais. Isso vai depender da ampliação da estrutura física da Central de Regulação, que funciona em um anexo do Hospital Partenon, na Capital. "Desta forma, vamos aperfeiçoar o funcionamento dela, qualificando o serviço oferecido à população com menor custo", comenta Elsade.
A Central Estadual de Regulação opera desde junho do ano passado. Atende 24 horas por dia aos gestores municipais de saúde, que buscam indicações de onde encaminhar os pacientes de suas cidades.
Os resultados dos primeiros 15 meses de trabalho foram apresentados ontem durante o II Seminário Estadual de Regulação, realizado em Porto Alegre. Com um índice de resolutividade de 98% em relação aos leitos de UTIs neonatal, o sistema conseguiu reduzir a mortalidade infantil, graças também à orientação dos profissionais. "Só não tivemos também uma queda na mortalidade materna em função da epidemia de Gripe A, causada pelo vírus H1N1", explica.