Crise afeta doações da Campanha do Agasalho

A crise financeira mundial trouxe reflexos até mesmo na Campanha do Agasalho 2009. A iniciativa, promovida pelo governo do Estado todos os anos, sofreu um impacto negativo causado pela turbulência econômica. A constatação foi da própria governadora Yeda Crusius. “Esse tempo de crise acabou afastando alguns patrocinadores históricos”, explicou durante o balanço da ação, realizado nesta quinta-feira.

Neste ano, foram arrecadadas 1,5 milhão de peças de roupas. Em 2008, o montante foi de mais de dois milhões de itens - um acréscimo de 10% no comparativo com o ano anterior.

O volume de alimentos não perecíveis em 2009, entretanto, acabou sendo maior. No ano passado, foram 90 toneladas, contra 165 toneladas desta edição. Grande parte disso se deve à ação do Museu de Artes do Rio Grande do Sul (Margs).

O total arrecadado neste ano será distribuído para 479 entidades sociais e a mais de 250 prefeituras gaúchas. “Também será um importante auxílio no enfrentamento aos eventos causados pelo clima”, salientou a presidente do Comitê de Ação Solidária, Tarsila Crusius.

Com o início da primavera, que começou nesta terça-feira, tradicionalmente a Campanha do Agasalho chega ao fim. Apesar disso, Tarsila reforça o apelo aos gaúchos para que continuem participando com doações. Roupas, cobertores, calçados e gêneros alimentícios não perecíveis podem ser encaminhados à Central de Doações, que fica no Centro Administrativo do Estado, na avenida Borges de Medeiros, 1.501, em Porto Alegre. Os telefones de contato são (51) 3212.4678 e 3212.2675.

No Interior, a iniciativa é desenvolvida com a participação das prefeituras. Os executivos municipais têm informações sobre os pontos de arrecadação de donativos disponíveis em cada cidade.

No final da cerimônia de divulgação do balanço da campanha, Yeda recebeu mais de 2,4 mil bolas e uma centena de redes esportivas. O material, produzido por apenados gaúchos dentro do programa de reinserção social, vai ser destinado a escolas e instituições assistenciais. “Fará parte do nosso Programa de Prevenção à Violência, que está se espalhando pelos municípios”, comentou a governadora.