Quatro pessoas morreram na madrugada deste domingo, após um prédio de três andares, em reforma, desabar na avenida Beira-Mar, em Capão da Canoa, no Litoral Norte gaúcho. O edifício Santa Fé possuía 12 apartamentos, mas apenas três estavam ocupados. Entre as vítimas estão Simone Celiberto, 31 anos, e seu filho Rodrigo Celiberto dos Santos, cinco anos, que foram levados para o Hospital Santa Luzia, mas não resistiram aos ferimentos. O síndico Joel Dieter, 57 anos, foi retirado dos escombros por volta de 4h. A esposa dele, Marisa Guedes Preussler, 55 anos, foi encontrada meia hora depois pelo Corpo de Bombeiros.
Entre os feridos estão o zelador Arideu Oliveira Rolim, sua mulher, Antônia Cardoso Rolim, os filhos Cátia Cardoso Rolim e Vagner Cardoso Rolim e o neto Marco Henrique Cardoso. Todos foram atendidos no Hospital Santa Luzia e liberados na manhã de ontem.
O imóvel passava por reformas em razão de problemas na sua estrutura. Os mortos e os feridos foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros de Capão da Canoa e pelo Grupamento de Busca e Salvamento de Porto Alegre.Simone e o filho eram de Porto Alegre e passavam o final de semana no Litoral Norte. O síndico estava com a mulher na praia para vistoriar as obras no edifício. O zelador Arideu Oliveira Rolim, um dos cinco sobreviventes do desabamento, recebeu alta. Sua mulher, os filhos e o neto estavam no térreo do edifício e escaparam do acidente.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o desabamento ocorrido em Capão da Canoa. O delegado Heraldo Chaves Guerreiro informou que as obras no prédio eram irregulares.
Segundo Guerreiro, um pedreiro havia sido contratado pelo zelador para começar a reforma no edifício. O delegado informou que não havia engenheiro responsável pela obra. “No sábado, o pedreiro teria identificado problemas na estrutura do prédio e informado ao zelador”, comenta. O delegado disse que o zelador e o pedreiro vão prestar depoimento hoje.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que o edifício era constituído de uma conjugação de prédios, com mais de 40 anos. O prédio principal, localizado em frente ao edifício que desabou, foi interditado, pois também corre risco de desmoronar.