Apostando na brasilidade e na simplicidade do cotidiano, o bar Ordinário (@ordinariopoa) surge em Porto Alegre com proposta de mostrar que a cultura e o lazer não precisam ser extraordinários, mas sim parte da rotina. Localizado na Bento Figueiredo, nº 72, no Bom Fim, o bar busca romper com a estética gourmet da região para resgatar a alma de boteco clássico, oferecendo música ao vivo, karaokê e preços mais justos.
Inaugurado em novembro, o negócio é tocado diariamente por dois amigos, Roberto Knorr e Airam Gibson. Apaixonados pela cultura nacional, eles se inspiraram na fala de Gilberto Gil em que o artista defende que a cultura deve ser "ordinária", algo que está no dia a dia, "que nem feijão para arroz".
Roberto morou 10 anos no Rio de Janeiro, era editor de vídeo, mas, antes de se firmar no mundo do audiovisual, atuou como garçom nos mais diferentes bares da cidade maravilhosa. De volta a Porto Alegre, ele foi convidado por amigos a colaborar com as redes sociais do extinto Lagom Brewery & Pub.
Nesse retorno, enxergou uma janela de oportunidade. “Vendo o dia a dia deles, vi que eles não entendiam muito do rolê. Via que eles tinham muito problema na parte da administração, até que uma hora eles meio que viram que não era para eles. Certo dia me perguntaram: 'irmão, tu quer ficar com o bar?' Daí eu negociei e comprei toda a parte deles”, explica Roberto.
Mais adiante na história entra Airam, publicitário com raízes de Pernambuco. Oriundo da área de TI, ele embarcou na iniciativa com o amigo, mas não se identificou com o antigo pub. Em conjunto, decidiram encerrar as atividades do Lagom que ocupava o endereço, para criar algo baseado nas suas vivências. "A gente resolveu acabar com o pub, até porque a gente já não se identificava mais. Tinha sempre essa comparação com o que já foi", comenta Airam sobre a decisão de criar uma nova entidade livre do passado.
Nessa virada de chave, o espaço passou por uma reforma e a estrutura precisou mudar radicalmente. As pesadas mesas de madeira do antigo negócio deram lugar às tradicionais cadeiras vermelhas de metal, típicas de bares brasileiros. Essa mudança transformou o ponto em um espaço multiuso, sendo possível abrir a pista para uma formatura ou aniversário ou montar um show de pequeno porte de samba ou rock na frente – em contraponto a outros locais onde os shows são no interior do espaço – para quem passa pela rua.
Inaugurado em novembro, o negócio é tocado diariamente por dois amigos, Roberto Knorr e Airam Gibson. Apaixonados pela cultura nacional, eles se inspiraram na fala de Gilberto Gil em que o artista defende que a cultura deve ser "ordinária", algo que está no dia a dia, "que nem feijão para arroz".
Roberto morou 10 anos no Rio de Janeiro, era editor de vídeo, mas, antes de se firmar no mundo do audiovisual, atuou como garçom nos mais diferentes bares da cidade maravilhosa. De volta a Porto Alegre, ele foi convidado por amigos a colaborar com as redes sociais do extinto Lagom Brewery & Pub.
Nesse retorno, enxergou uma janela de oportunidade. “Vendo o dia a dia deles, vi que eles não entendiam muito do rolê. Via que eles tinham muito problema na parte da administração, até que uma hora eles meio que viram que não era para eles. Certo dia me perguntaram: 'irmão, tu quer ficar com o bar?' Daí eu negociei e comprei toda a parte deles”, explica Roberto.
Mais adiante na história entra Airam, publicitário com raízes de Pernambuco. Oriundo da área de TI, ele embarcou na iniciativa com o amigo, mas não se identificou com o antigo pub. Em conjunto, decidiram encerrar as atividades do Lagom que ocupava o endereço, para criar algo baseado nas suas vivências. "A gente resolveu acabar com o pub, até porque a gente já não se identificava mais. Tinha sempre essa comparação com o que já foi", comenta Airam sobre a decisão de criar uma nova entidade livre do passado.
Nessa virada de chave, o espaço passou por uma reforma e a estrutura precisou mudar radicalmente. As pesadas mesas de madeira do antigo negócio deram lugar às tradicionais cadeiras vermelhas de metal, típicas de bares brasileiros. Essa mudança transformou o ponto em um espaço multiuso, sendo possível abrir a pista para uma formatura ou aniversário ou montar um show de pequeno porte de samba ou rock na frente – em contraponto a outros locais onde os shows são no interior do espaço – para quem passa pela rua.
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A proposta do bar é oferecer uma estética inspirada nos clássicos botecos brasileiros
TÂNIA MEINERZ/JC
"Quem passa na frente também vê que está tendo show. Se a gente põe lá atrás, pode ser que não chame tanta atenção. Está rolando um samba por aqui e o cara entra para ver qual é que é", comenta Roberto. Outra opção que o espaço promete é a reserva do fundo para um karaokê mais intimista, para que a galera possa extravasar sem atrapalhar o fluxo do público que é recepcionado na entrada.
Inspiração em outras regiões do Brasil
A decoração do bar reflete muitos elementos culturais de Recife, o sócio Airam trouxe as peças de lá antes mesmo de abrir o bar, aproveitando que seu pai é da região. No boteco, encontra-se a La Ursa — símbolo tradicional do carnaval de Pernambuco — e peças de Macramê, com expectativa da chegada de uma carranca para compor a parede do Ordinário.
A decoração do bar conta com itens vindos de Pernambuco, como a La Ursa, clássico do carnaval do estado
TÂNIA MEINERZ/JC
A operação, tocada diariamente por uma equipe enxuta de seis pessoas, valoriza o balcão – onde a pessoa pode pedir seus drinks e chopes – como ponto de encontro. "O balcão te dá uma proximidade. Às vezes, as pessoas vêm sozinhas aqui querendo conversar", diz Airam. Nessa linha, o conforto foi devidamente pensado pelos empreendedores. O espaço também possui três sofás na primeira peça, buscando passar uma atmosfera de sala de casa. “No sábado, duas pessoas entraram e falaram: ‘nossa, queríamos morar aqui’. Esse é nosso pilar, fazer a pessoa se sentir bem, em casa, sentir que pode vir mais vezes na semana aqui”, relata Roberto.
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O público do boteco é variado e intergeracional, composto majoritariamente pela vizinhança, estudantes e trabalhadores locais que buscam um refúgio para o dia a dia sem muitas formalidades. “É mais a galera do trabalho, daqui da volta, acontece muito também com o pessoal da vizinhança. E vai desde 20 até 60, 70 anos, o pessoal vai passando e resolve entrar, tomar cerveja, comer um hambúrguer”, comenta Airam.
O público do boteco é variado e intergeracional, composto majoritariamente pela vizinhança, estudantes e trabalhadores locais que buscam um refúgio para o dia a dia sem muitas formalidades. “É mais a galera do trabalho, daqui da volta, acontece muito também com o pessoal da vizinhança. E vai desde 20 até 60, 70 anos, o pessoal vai passando e resolve entrar, tomar cerveja, comer um hambúrguer”, comenta Airam.
Cardápio com foco em preços acessíveis
O norte do bar é puxado pelo preço acessível, a ideia é contrapor os concorrentes da região. A grande promoção do boteco é a Pilsen Ordinária, de 300 ml, que sai das torneiras atrás do balcão custando R$ 8,90, um preço considerado "muito justo", segundo Roberto. “A gente procura ter preços mais atrativos, porque o trabalhador tem o direito de se divertir também”, comenta o sócio.
Ainda nas torneiras, o bar apresenta as tradicionais IPA e APA, com destaque para a Sour de Cupuaçu e Caju, que é mais refrescante e frutada. Os drinks também fazem sucesso. Os coquetéis autorais da casa são o Canavial, R$ 25,00, que mistura cachaça e limão com o doce do caldo de cana, e o Milkshake de Cerveja, R$ 30,00, que combina a cremosidade do sorvete com o malte torrado da Stout. Paralelamente, existem os drinks do dia: Ginbuticaba – uma releitura da gin tônica com xarope de jabuticaba — e Jaboticabal, que une cachaça, limão e elixir da fruta brasileira. Esses dois últimos destilados carregam um toque especial, utilizam a jabuticaba trazida do município de Linha Nova, no interior do Estado, plantada pela mãe de uma bartender da casa.
Para quem quer beliscar, o Ordinário tem como seus petiscos o salgado Bolovo e o Feijão Amigo, um caldinho servido no copo americano, acompanhado de torradinhas e com opcional de bacon. Tratando-se de uma fome maior, pizzas, a partir de R$ 38,90, e hambúrgueres, a partir de R$ 30,00, constam no cardápio, além das porções de batata frita, dadinho de tapioca – com geleia de pimenta ou abacaxi – e os pastéis, todos esses têm o mesmo preço, R$ 25,00.
Sob a máxima de prezar os ingredientes naturais, Airam comenta uma das situações engraçadas que passou no expediente. “Uma menina da Geração Z falou: 'nossa, a batata de vocês é artesanal'. Para mim, batata é batata, e o especial é que a nossa é caseira, fresca e cortada na hora”, lembra o sócio.
Essa curadoria é fruto das viagens de Airam pelo Brasil, trazendo na bagagem referências culinárias regionais para aplicar no repertório do bar. “Vamos colocando essa coisa da cultura brasileira, sempre que vou para algum lugar eu olho a culinária. Gosto de comer bastante itens típicos daquela região. Acabo trazendo essas referências, e estou tentando aplicar aos poucos no cardápio do bar”, comenta o empreendedor.
No futuro, os sócios veem o potencial de expansão para a rua através de um parklet – que ainda aguarda aval da prefeitura –, permitindo ter mais mesas do lado de fora e acomodar o público que gosta de beber na calçada. “Porto-alegrense adora beber na rua, seja inverno ou verão. Às vezes está 5ºC e você vê toda a galera na rua”, aponta Airam.
Ainda nas torneiras, o bar apresenta as tradicionais IPA e APA, com destaque para a Sour de Cupuaçu e Caju, que é mais refrescante e frutada. Os drinks também fazem sucesso. Os coquetéis autorais da casa são o Canavial, R$ 25,00, que mistura cachaça e limão com o doce do caldo de cana, e o Milkshake de Cerveja, R$ 30,00, que combina a cremosidade do sorvete com o malte torrado da Stout. Paralelamente, existem os drinks do dia: Ginbuticaba – uma releitura da gin tônica com xarope de jabuticaba — e Jaboticabal, que une cachaça, limão e elixir da fruta brasileira. Esses dois últimos destilados carregam um toque especial, utilizam a jabuticaba trazida do município de Linha Nova, no interior do Estado, plantada pela mãe de uma bartender da casa.
Para quem quer beliscar, o Ordinário tem como seus petiscos o salgado Bolovo e o Feijão Amigo, um caldinho servido no copo americano, acompanhado de torradinhas e com opcional de bacon. Tratando-se de uma fome maior, pizzas, a partir de R$ 38,90, e hambúrgueres, a partir de R$ 30,00, constam no cardápio, além das porções de batata frita, dadinho de tapioca – com geleia de pimenta ou abacaxi – e os pastéis, todos esses têm o mesmo preço, R$ 25,00.
Sob a máxima de prezar os ingredientes naturais, Airam comenta uma das situações engraçadas que passou no expediente. “Uma menina da Geração Z falou: 'nossa, a batata de vocês é artesanal'. Para mim, batata é batata, e o especial é que a nossa é caseira, fresca e cortada na hora”, lembra o sócio.
Essa curadoria é fruto das viagens de Airam pelo Brasil, trazendo na bagagem referências culinárias regionais para aplicar no repertório do bar. “Vamos colocando essa coisa da cultura brasileira, sempre que vou para algum lugar eu olho a culinária. Gosto de comer bastante itens típicos daquela região. Acabo trazendo essas referências, e estou tentando aplicar aos poucos no cardápio do bar”, comenta o empreendedor.
No futuro, os sócios veem o potencial de expansão para a rua através de um parklet – que ainda aguarda aval da prefeitura –, permitindo ter mais mesas do lado de fora e acomodar o público que gosta de beber na calçada. “Porto-alegrense adora beber na rua, seja inverno ou verão. Às vezes está 5ºC e você vê toda a galera na rua”, aponta Airam.
O Ordinário fica na rua Bento Figueiredo, nº 72, no Bom Fim
TÂNIA MEINERZ/JC
Endereço e horário de funcionamento do Ordinário
O Ordinário fica na Bento Figueiredo, nº 72, no bairro Bom Fim. O boteco funciona de segunda-feira a domingo, a partir das 18h.

