Dar conta de um sistema de logística reversa de forma independente não é uma realidade para a maioria dos empreendedores. Por outro lado, a responsabilidade socioambiental caminha lado a lado com o processo de desenvolvimento de um negócio. Foi a partir dessa perspectiva que nasceu a Pegada Neutra.
Localizada em Novo Hamburgo, a startup trabalha oferecendo soluções para outras empresas que buscam colocar em prática seu compromisso com a sociedade que a cerca e com o meio ambiente.
Atualmente, o foco da Pegada Neutra é a logística reversa de embalagens pós consumo. A iniciativa funciona atendendo negócios que desenvolvem produtos para o mercado e desejam “neutralizar” o impacto gerado no processo de descarte de suas embalagens.
“Todos os produtos que a gente vê nas prateleiras dos supermercados, depois que chegam na casa do consumidor, são usados e descartados, de forma correta ou não. As empresas precisam também se responsabilizar pelo pós consumo, e é onde nós entramos”, explica Jaíza Frias, analista ambiental da Pegada Neutra.
Ela conta que há quatro categorias de resíduos presentes nas embalagens: papel, plástico, metal e vidro. E, para que cada um deles seja corretamente destinado, a Pegada Neutra mantém parecerias com cooperativas de reciclagem de todo o Brasil.
Localizada em Novo Hamburgo, a startup trabalha oferecendo soluções para outras empresas que buscam colocar em prática seu compromisso com a sociedade que a cerca e com o meio ambiente.
Atualmente, o foco da Pegada Neutra é a logística reversa de embalagens pós consumo. A iniciativa funciona atendendo negócios que desenvolvem produtos para o mercado e desejam “neutralizar” o impacto gerado no processo de descarte de suas embalagens.
“Todos os produtos que a gente vê nas prateleiras dos supermercados, depois que chegam na casa do consumidor, são usados e descartados, de forma correta ou não. As empresas precisam também se responsabilizar pelo pós consumo, e é onde nós entramos”, explica Jaíza Frias, analista ambiental da Pegada Neutra.
Ela conta que há quatro categorias de resíduos presentes nas embalagens: papel, plástico, metal e vidro. E, para que cada um deles seja corretamente destinado, a Pegada Neutra mantém parecerias com cooperativas de reciclagem de todo o Brasil.
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“Nosso trabalho é permitir que essas empresas possam investir na reciclagem. Fazemos isso através dos créditos de reciclagens. Se uma empresa gera plástico, ela precisa comprar créditos de plástico, por exemplo. Os créditos são gerados pela venda dos materiais para a reciclagem, então nós compramos esses créditos das cooperativas”, descreve.
O movimento citado por Jaíza faz parte de uma das soluções oferecidas pela empresa. Cada vez que uma cooperativa ou agente ambiental auditado comprova que foi realizada a logística reversa de uma tonelada de material reciclável um crédito de reciclagem é criado. Uma parte significativa do lixo que termina nos aterros e nos oceanos é composta por embalagens, muitas das quais poderiam ser recicladas.
Para mitigar impacto, a empresa oferece esta compensação ambiental através dos créditos de reciclagem. A iniciativa faz o levantamento da massa equivalente a ser compensada por tipo de material, solicita e adquire os créditos correspondentes.
“Então, as empresas cumprirão com a legislação ambiental e estarão comprovando também essa responsabilidade socioambiental. Inserindo recurso na cadeia da reciclagem”, diz. “Hoje, no Brasil, geramos cerca de 80 milhões de toneladas de lixo de resíduos por ano, com um aumento de 8% de reciclagem. O que ainda é pouco perto do potencial que temos. Para conseguirmos aumentar a reciclagem, que fecha o ciclo da economia circular, reintroduzindo os materiais na cadeia produtiva, precisamos de investimento”, complementa.
Nesse sentido, Jaíza desenvolve que a logística reversa de embalagens chega como uma forma das em empresas inserirem esses recursos financeiros dentro da cadeia da reciclagem, fazendo com que, principalmente, as cooperativas de catadores consigam melhor se estruturar. “Este é o nosso objetivo, que consigamos aumentar as taxas de produção de reciclagem no País”, pontua.
A analista ainda descreve que a Pegada Neutra comunica seu ideal final a partir do próprio selo, que informa se uma embalagem possui “pegada neutra”. “Sempre que tiver alguma embalagem no supermercado com o selinho ‘embalagem com pegada neutra’ quer dizer que a empresa está tendo essa responsabilidade socioambiental e está fazendo a logística reversa”, explica.
O foco nas embalagens chegou, sobretudo, pela Resolução Consema 500/2023, publicada no Rio Grande do Sul, que estabelece diretrizes para a logística reversa de embalagens, exigindo que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes estruturarem sistemas de retorno de embalagens após o uso pelo consumidor.
"Acreditamos nesse potencial e que podemos abraçar as demandas das empresas que ainda não estavam atentos a isso. Até porque, em 30 de junho deste ano, acontece a primeira entrega de relatório aqui no Rio Grande do Sul para a FEPAM [Fundação Estadual de Proteção Ambiental]”, diz.
Sobre a perspectiva dos consumidores, Jaíza afirma perceber aumento na valorização das empresas que adotam práticas conscientes. “Já saíram pesquisas mostrando que os consumidores estão olhando mais para isso, estão escolhendo mais as empresas que se mostram sustentáveis, que estão fazendo ações e iniciativas de sustentabilidade.”
Jaíza ainda diz que a empresa incentiva os consumidores na observação de embalagens. “Mais do que isso, pesquisar sobre os selos encontrados. Infelizmente, hoje também precisamos falar sobre o greenwashing [prática enganosa onde empresas promovem seus produtos ou serviços como ambientalmente responsáveis de forma exagerada ou falsa, sem que haja práticas sustentáveis reais por trás dessas alegações]”, conclui.
E para aqueles que estão iniciando no mundo do empreendedorismo, ela apoia uma largada já sustentável nos negócios. “Começar conectado com alguma cooperativa de reciclagem é muito legal, já poder comunicar aos clientes que está fazendo um trabalho nesse sentido. Não tem um mínimo para fazer a logística reversa. Se você gera menos, como poucas toneladas de materiais, você vai pagar menos. O gasto é proporcional a tua geração de resíduos”, diz.
“Nosso trabalho é permitir que essas empresas possam investir na reciclagem. Fazemos isso através dos créditos de reciclagens. Se uma empresa gera plástico, ela precisa comprar créditos de plástico, por exemplo. Os créditos são gerados pela venda dos materiais para a reciclagem, então nós compramos esses créditos das cooperativas”, descreve.
O movimento citado por Jaíza faz parte de uma das soluções oferecidas pela empresa. Cada vez que uma cooperativa ou agente ambiental auditado comprova que foi realizada a logística reversa de uma tonelada de material reciclável um crédito de reciclagem é criado. Uma parte significativa do lixo que termina nos aterros e nos oceanos é composta por embalagens, muitas das quais poderiam ser recicladas.
Para mitigar impacto, a empresa oferece esta compensação ambiental através dos créditos de reciclagem. A iniciativa faz o levantamento da massa equivalente a ser compensada por tipo de material, solicita e adquire os créditos correspondentes.
“Então, as empresas cumprirão com a legislação ambiental e estarão comprovando também essa responsabilidade socioambiental. Inserindo recurso na cadeia da reciclagem”, diz. “Hoje, no Brasil, geramos cerca de 80 milhões de toneladas de lixo de resíduos por ano, com um aumento de 8% de reciclagem. O que ainda é pouco perto do potencial que temos. Para conseguirmos aumentar a reciclagem, que fecha o ciclo da economia circular, reintroduzindo os materiais na cadeia produtiva, precisamos de investimento”, complementa.
Nesse sentido, Jaíza desenvolve que a logística reversa de embalagens chega como uma forma das em empresas inserirem esses recursos financeiros dentro da cadeia da reciclagem, fazendo com que, principalmente, as cooperativas de catadores consigam melhor se estruturar. “Este é o nosso objetivo, que consigamos aumentar as taxas de produção de reciclagem no País”, pontua.
A analista ainda descreve que a Pegada Neutra comunica seu ideal final a partir do próprio selo, que informa se uma embalagem possui “pegada neutra”. “Sempre que tiver alguma embalagem no supermercado com o selinho ‘embalagem com pegada neutra’ quer dizer que a empresa está tendo essa responsabilidade socioambiental e está fazendo a logística reversa”, explica.
O foco nas embalagens chegou, sobretudo, pela Resolução Consema 500/2023, publicada no Rio Grande do Sul, que estabelece diretrizes para a logística reversa de embalagens, exigindo que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes estruturarem sistemas de retorno de embalagens após o uso pelo consumidor.
"Acreditamos nesse potencial e que podemos abraçar as demandas das empresas que ainda não estavam atentos a isso. Até porque, em 30 de junho deste ano, acontece a primeira entrega de relatório aqui no Rio Grande do Sul para a FEPAM [Fundação Estadual de Proteção Ambiental]”, diz.
Sobre a perspectiva dos consumidores, Jaíza afirma perceber aumento na valorização das empresas que adotam práticas conscientes. “Já saíram pesquisas mostrando que os consumidores estão olhando mais para isso, estão escolhendo mais as empresas que se mostram sustentáveis, que estão fazendo ações e iniciativas de sustentabilidade.”
Jaíza ainda diz que a empresa incentiva os consumidores na observação de embalagens. “Mais do que isso, pesquisar sobre os selos encontrados. Infelizmente, hoje também precisamos falar sobre o greenwashing [prática enganosa onde empresas promovem seus produtos ou serviços como ambientalmente responsáveis de forma exagerada ou falsa, sem que haja práticas sustentáveis reais por trás dessas alegações]”, conclui.
E para aqueles que estão iniciando no mundo do empreendedorismo, ela apoia uma largada já sustentável nos negócios. “Começar conectado com alguma cooperativa de reciclagem é muito legal, já poder comunicar aos clientes que está fazendo um trabalho nesse sentido. Não tem um mínimo para fazer a logística reversa. Se você gera menos, como poucas toneladas de materiais, você vai pagar menos. O gasto é proporcional a tua geração de resíduos”, diz.

