A Emerge quer transformar deep techs - startups de tecnologia complexa e de alto impacto - em negócios competitivos e rentáveis

Empresa busca transformar deep techs em negócios competitivos


A Emerge quer transformar deep techs - startups de tecnologia complexa e de alto impacto - em negócios competitivos e rentáveis

Projetos interessantes nem sempre resultam em negócios bem-sucedidos. Para ter sucesso ao empreender, é necessário encontrar um encaixe entre produto e demanda. Quem conecta soluções baseadas em deep tech ao mercado é a Emerge, empresa que busca transformar startups de tecnologia de alto impacto em negócios competitivos. O empreendimento também realiza consultorias de inovação para grandes corporações, como Natura, Grupo Boticário e Ambev.
Projetos interessantes nem sempre resultam em negócios bem-sucedidos. Para ter sucesso ao empreender, é necessário encontrar um encaixe entre produto e demanda. Quem conecta soluções baseadas em deep tech ao mercado é a Emerge, empresa que busca transformar startups de tecnologia de alto impacto em negócios competitivos. O empreendimento também realiza consultorias de inovação para grandes corporações, como Natura, Grupo Boticário e Ambev.
A Emerge foi fundada em 2017, inicialmente focada no desenvolvimento de negócios embrionários de universidades brasileiras - iniciativas conhecidas como empresas juniores. "Tem quem seja empreendedor, criativo, mas não consegue converter isso em inovação e competitividade. Estávamos vendo poucas novas empresas, sabendo que isso estava preso no ambiente acadêmico", entende Daniel Pimentel, sócio da Emerge ao lado de Lucas Delgado.

Deep techs são tendência para o futuro

A atuação em consultoria de inovação começou em 2019. A empresa soma mais de 20 corporações parceiras, tendo realizado diversos projetos pautados por tecnologias complexas. No entanto, a principal aposta da Emerge é conectar deep techs ao mercado. "As deep techs se posicionam cada vez mais como uma tendência. Isso acontece porque temos desafios que ainda não têm solução. Logo, precisamos de ciência e tecnologia para solucioná-los", diz Daniel.
Para o empreendedor, as oportunidades deste setor estão, em sua maioria, voltadas a soluções sustentáveis. "Precisamos endereçar as deep techs para as demandas climáticas e verdes, potenciais naturais que o Brasil tem para se destacar."
Uma das startups que recebe as orientações da Emerge e enxerga potencial na economia sustentável é a porto-alegrense Cellva, que produz gordura de porco sem necessidade de abate. Apesar de estar baseada em uma inovação complexa e profunda, a deep tech não encontrou empecilhos para entrada no mercado, como explica Daniel. "Por mais complicada que uma tecnologia seja, as pessoas não necessariamente se preocupam com isso. No caso da Cellva, não precisa se aprofundar em engenharia de tecidos. O cliente só quer comer uma gordura boa", destaca.

Desafios das deep techs no mercado

Por outro lado, o setor ainda é muito recente no mercado, e isso, segundo Daniel, pode gerar inseguranças. "Uma das dificuldades é o acesso à capital atrelado ao risco. É um volume intensivo de investimento necessário somado ao fato de que cientistas têm boas soluções que nem sempre estão endereçadas a grandes mercados. Também existem muitas discussões regulatórias em cima das deep techs. São questões totalmente novas. É preciso um diálogo muito mais próximo ao governo."
Além de ter conectado dezenas de startups inovadoras ao mercado, a Emerge busca fomentar o segmento de deep techs por meio de atividades acadêmicas e em eventos. São cerca de 100 universidades parceiras da Emerge, entre elas as gaúchas Pucrs e a Ufsm. O negócio, como estima Daniel, auxiliou na formação de 2 mil cientistas e empreendedores. “Precisamos aprender mais a empreender”, fala Daniel.
Para seguir impulsionando o segmento de inovação e startups, a Emerge deve realizar, em novembro deste, mais uma edição do evento Deep Tech Summit. "A gente se propõe a ser principal plataforma de deep techs da América Latina", destaca.