O Caminhos Rurais surgiu em 1990 e hoje conta com 17 propriedades que atuam no fomento do turismo na região

Com trilhas e hospedagem, projeto incentiva turismo na zona rural de Porto Alegre


O Caminhos Rurais surgiu em 1990 e hoje conta com 17 propriedades que atuam no fomento do turismo na região

Há quem percorra uma longa distância em busca de novas vivências. No entanto, não é preciso viajar para viver algo diferente. Confiantes no potencial turístico de Porto Alegre, empreendedores e empreendedoras comandam iniciativas voltadas ao fomento do turismo porto-alegrense. É o caso dos proprietários de terras da zona sul da Capital, que criaram o projeto Caminhos Rurais. Atualmente com 17 propriedades, o grupo surgiu no fim dos anos 1990 com o objetivo de melhorar a vida dos moradores da região.
Há quem percorra uma longa distância em busca de novas vivências. No entanto, não é preciso viajar para viver algo diferente. Confiantes no potencial turístico de Porto Alegre, empreendedores e empreendedoras comandam iniciativas voltadas ao fomento do turismo porto-alegrense. É o caso dos proprietários de terras da zona sul da Capital, que criaram o projeto Caminhos Rurais. Atualmente com 17 propriedades, o grupo surgiu no fim dos anos 1990 com o objetivo de melhorar a vida dos moradores da região.
Os produtores rurais, juntamente do Senar-RS, Emater-RS, Faculdade de Agronomia da Ufrgs e prefeitura, uniram-se para criar um roteiro turístico na região. Segundo Rosélia Araújo Vianna, atual presidente do Caminhos Rurais, até 1999, 30% da cidade de Porto Alegre era considerada rural. Isso mudou com o Plano Diretor aprovado naquele ano, que, segundo ela, acabou com a Zona Rural da cidade. Anos depois, a Zona Rural foi recriada, menor.
A instituição trabalha em conjunto com órgãos públicos para ampliar a vinda de turistas e criar melhorias no roteiro do Caminhos Rurais, como manutenção das estradas. No entanto, Rosélia destaca que a importância das áreas rurais vai além do turismo. "Já houve administrações que acreditavam que Porto Alegre não precisava de uma área rural e deixavam o mercado imobiliário tomar conta. Isso é um equívoco. Hoje, com as questões das mudanças climáticas, sabemos da importância de ter uma área de proteção ambiental. Porto Alegre possui dois biomas, que são a Mata Atlântica e o Pampa. É muito importante preservá-los. Sem uma área verde, por exemplo, a temperatura da cidade ia aumentar ainda mais."
FERNANDA FELTES/JC
Rosélia, ao lado do marido Victor Cabral, comanda, há mais de 30 anos, a Quinta das Tarumãs. Situado no bairro Lami, o espaço é um sítio de contemplação. Ou seja, o diferencial são as belas paisagens. Além disso, a propriedade conta com um galpão pensado para comemorações, uma produção de ervas orgânicas e uma pousada, disponível no Airbnb, com lareira e vista para a mata. A diária parte de R$ 460,00. Mas o destaque da propriedade, afirma Rosélia, é o rancho, que conta com uma ambientação feita para relembrar um rancho dos gaúchos nos anos 1800. Victor se aprofundou na história da origem do povo gaúcho e procurou criar um local fiel às tradições da época. "Incorporei esse gaúcho rio-grandense, que só teria recursos naturais para construir seu rancho", explica Victor.
As visitas na Quinta dos Tarumãs são feitas apenas por agendamento, que pode ser feito pelo WhatsApp (51) 99370-6300 ou pelo Instagram (@quintadastarumas).
Sítio Canto Rural
Cerca de 10 minutos de carro da Quinta dos Tarumãs, fica o Sítio Canto Rural, propriedade de Noara Tubino, empreendedora que, após a aposentadoria, foi morar no bairro Lami com seu marido. Depois de um tempo, o casal decidiu que queria compartilhar o espaço com o público.
O sítio é um passeio mais indicado para famílias com crianças. Com interações com animais como coelhos, vacas e galinhas, o espaço também oferece pracinha, trilha, teatro de fantoches, plantação de mudas, colheitas de frutas no pomar, passeio de pônei e banho de mangueira, fazendo do lugar um paraíso para as crianças.
FERNANDA FELTES/JC
No entanto, a principal aposta do espaço é a Casa da Vovó. O Canto Rural conta com uma casa onde é servido um café da manhã rural para os visitantes. A refeição oferece manteiga e pão caseiros, bolo, suco e frutas colhidas na propriedade. "Quero que as pessoas se sintam como se estivessem na casa da sua avó mesmo", relata Noara. No Canto Rural, as visitas são feitas por agendamento através do WhatsApp (51) 99691-8619. Mais informações pelo Instagram (@sitiocantorural).
Granja Lia
Também parte do roteiro do Caminhos Rurais, a Granja Lia é comandada pelo casal Luiz Carlos Boehl e Izabel Cristina Pacheco. A propriedade está na família de Luiz desde 1909. Há 17 anos, o casal transformou o local em um destino de turismo rural, pensado para complementar a renda da família. "O Luiz estava até meio desanimado, já que cuidar da propriedade dava muita despesa. Então, decidimos tentar a questão do turismo e deu supercerto. Virou nossa principal fonte de renda", explica Izabel.
FERNANDA FELTES/JC
A Granja Lia oferece duas trilhas, campo de futebol e vôlei, espaço para descansar e um grande galpão pensado para receber passeios escolares ou confraternizações de empresas. Além disso, o local conta com uma grande figueira no centro da propriedade. Segundo a proprietária, muitos casamentos são feitos embaixo da árvore. Além das atrações da natureza, uma das principais apostas da Granja Lia é a comida caseira. Com fogão à lenha e panelas de ferro, quem comanda a cozinha é Luiz, que oferece aos visitantes um típico almoço rural.
As visitas da Granja Lia são feitas por agendamento pelo contato o (51) 99997-8530. Mais informações no Instagram (@granjalia).