Prestes a completar cinco anos de operação, o Navega POA já levou cerca de 7 mil pessoas à bordo para velejar no Guaíba

Uber dos veleiros, iniciativa realiza passeios de barco no Guaíba


Prestes a completar cinco anos de operação, o Navega POA já levou cerca de 7 mil pessoas à bordo para velejar no Guaíba

Inseridos no mundo náutico desde pequenos, os amigos e velejadores Juliana Baino e Martin Rump são os nomes por trás da Navega POA, iniciativa que oferece passeios de barco à vela exclusivos em Porto Alegre. De famílias de velejadores, os sócios cresceram em clubes náuticos e desenvolveram, desde muito cedo, o gosto por velejar.
Inseridos no mundo náutico desde pequenos, os amigos e velejadores Juliana Baino e Martin Rump são os nomes por trás da Navega POA, iniciativa que oferece passeios de barco à vela exclusivos em Porto Alegre. De famílias de velejadores, os sócios cresceram em clubes náuticos e desenvolveram, desde muito cedo, o gosto por velejar.
O carinho pelo esporte tornou-se inspiração para o negócio quando a dupla notou que, infelizmente, muitas pessoas nunca haviam desfrutado da mesma experiência. "Aqui em Porto Alegre, não existia nada nesse sentido. Era só o Cisne Branco e barcos de turismo, mas nada particular. Veleiro, principalmente, não tinha nenhum", comenta Juliana sobre o cenário que a impulsionou a dar o primeiro passo no empreendedorismo. "Vendi um pacote para alguns casais de amigos em 2019, no Dia dos Namorados, com uma tábua de frios que eu mesma fiz e um vinho. Deu muito certo e lotou rapidamente, teve até fila de espera. Logo em seguida, saí para velejar com o Martin e comentei sobre a ideia. Ele já estava saindo de outro trabalho e na mesma semana decidimos tocar o negócio", lembra a sócia. 
O negócio começou de forma despretensiosa, como conta a dupla, mas foi se formalizando e tomando forma conforme as buscas pelos passeios aumentavam. "Depois que começou, decolou. Logo que as atividades começaram a voltar, depois da pandemia, nós nos tornamos uma baita alternativa. A galera não estava viajando e estava louca para sair de casa. Foi um boom gigante, estourou mesmo o negócio", destaca Juliana. Por se tratar de passeios exclusivos, as viagens realizadas durante o período de retomada após isolamento social eram feitas com pessoas que já conviviam entre si, tornando a alternativa mais segura.
"Quando começamos, a Orla estava em obra, mas não pronta, então a galera ainda não sabia como ia ficar e nós fomos vivenciando isso, vendo ela ficar pronta. Vimos o Cais Embarcadero sair do chão, desde o zero. Muita gente vindo para Orla depois que inaugurou, vendo os barcos e querendo vir para a água. Foi um momento muito legal", admite Martin.
FERNANDA FELTES/JC
A dupla define o negócio como uma espécie de Uber dos veleiros, unindo barcos particulares, de pessoas que já estão acostumadas a velejar, com quem deseja ter essa experiência. Entre os 30 barcos que compõem a frota do Navega, grande parte operam neste sistema. 
Prestes a completar cinco anos em operação, o Navega POA já realizou quase 2 mil passeios e foram cerca de 7 mil pessoas à bordo das embarcações. Um dos fatores que a dupla acredita ser parte crucial no crescimento do negócio é o zelo e a preocupação quanto à segurança. "Nós já vimos muita coisa acontecer em cima d'água, sabemos dos cuidados que precisa ter. Já viajamos e vivemos experiências parecidas em outros lugares, então tínhamos uma noção de como queríamos que fosse o atendimento, a recepção, até a seleção de equipe", declara Martin. "Os comandantes são só caras realmente experientes, que velejam há muito tempo, e tem total noção de tudo, de segurança. A equipe de bordo também sabe ajudar o comandante se precisar. São pessoas que fazem por prazer, porque gostam mesmo, não só por negócio", acrescenta Juliana. 
Porto Alegre por um outro ângulo
Além de trabalhar com algo que amam, estar à frente da iniciativa é, como afirma a dupla, uma experiência muito gratificante. "As pessoas ficam surpresas, não acreditam que estamos em Porto Alegre. Amamos apresentar essa Porto Alegre que tanto amamos, porque a cidade está lá, o caos está lá. Nós até vemos os carros passando, mas aqui é um mundo à parte, uma paz, uma brisa gostosa", expõe Juliana, que enxerga a experiência como uma maneira de redescobrir a cidade. "Brincamos que a melhor vista de Porto Alegre é de dentro d'água. É uma forma diferente de ver o Centro, o Gasômetro, alguns pontos turísticos marcantes, o próprio Beira-Rio", comenta Martin.
Mais do que enxergar a Capital por um novo ângulo, os passeios também oferecem uma oportunidade de conexão com a natureza. Em alguns circuitos, o barco segue para a região das ilhas e extremo sul de Porto Alegre, oferecendo uma mescla entre o verde e a correria da cidade. Nas regiões mais distantes do Centro, os sócios contam que é possível fazer paradas para banho no Guaíba.  
Os passeios podem durar três ou cinco horas, com a possibilidade de diferentes trajetos, que são combinados no dia do passeio com o próprio comandante, responsável por indicar a melhor rota de acordo com a previsão do tempo. Os valores podem variar entre R$ 225,00, valor mínimo por pessoa para grupos de três, até R$ 390,00 por pessoa, a depender do dia da semana, tamanho da embarcação e número de pessoas. As opções são passeios pockets, com embarcações que levam até três pessoas, e o barco tradicional, que tem capacidade para navegar com até 12 pessoas. 
FERNANDA FELTES/JC
Informações gerais 
Para o serviço de bebidas e comidas, o Navega POA contam com parcerias de outras marcas para oferecer tábuas de frios, opção para café da manhã, vinhos, drinks feitos na hora e doces. A contratação é feita à parte do valor do passeio. Ainda, existe a possibilidade de levar os seus próprios lanches, mediante taxa tanto para comida quanto bebida. Essas e outras informações, assim como a reserva de passeios, podem ser feitas pelo WhatsApp (51) 9823-5644 ou Instagram (@navegapoa).