Completando um ano de operação em Atlântida, a MaBay celebra a relação de amizade com a clientela

Casal compartilha nas redes sociais dia a dia de loja de surf em Atlântida


Completando um ano de operação em Atlântida, a MaBay celebra a relação de amizade com a clientela

Se para muitos empreendedores e empreendedoras do Litoral morar na praia é um diferencial, para Elisa Rodrigues, 21 anos, e Pedro Henrique Ramos, 29 anos, comandar um negócio no Litoral é um lifestyle. A dupla está à frente da Mabay, loja de itens de surf que, há um ano, instalou-se em um contêiner ao lado da Saba, em Atlântida. O contêiner, que antes fazia parte de um tele entulho, foi reformado pelo casal e deu vida ao sonho de ter um negócio conectado com o mar. 
Se para muitos empreendedores e empreendedoras do Litoral morar na praia é um diferencial, para Elisa Rodrigues, 21 anos, e Pedro Henrique Ramos, 29 anos, comandar um negócio no Litoral é um lifestyle. A dupla está à frente da Mabay, loja de itens de surf que, há um ano, instalou-se em um contêiner ao lado da Saba, em Atlântida. O contêiner, que antes fazia parte de um tele entulho, foi reformado pelo casal e deu vida ao sonho de ter um negócio conectado com o mar. 
Praticantes do surf, os dois se conheceram trabalhando em uma loja do segmento. De lá, decidiram viver o sonho de passar um período surfando em Santa Catarina. Foi a partir dessa experiência que o empreendedorismo começou a ter espaço na vida do casal. "Chegou uma hora que o dinheiro acabou, precisávamos fazer alguma coisa. Começamos a fazer sanduíche para vender na beira da praia", lembra Pedro. "Aquilo foi ajudando a pagar o aluguel, mas queríamos mais", completa Elisa.
Com a chegada do inverno e da baixa temporada nas praias catarinenses, a dupla precisou encontrar uma alternativa. "Comecei a ir atrás de fornecedores e consegui consignadas duas caixas cheias de roupas", conta. "Começamos a trabalhar com elas. Postávamos no Instagram da loja, e foi crescendo. Começamos a ter muita demanda de entrega. Como morávamos em uma cidade que não tinha estrutura de Correio e papelaria, a gente não estava acompanhando, tinha que estar sempre viajando. Decidimos voltar para cá e trabalhar online", diz a empreendedora.
Do sonho ao ponto físico em Atlântida
TÂNIA MEINERZ/JC
Assim, a dupla instalou-se em Tramandaí e passou a operar um e-commerce dentro de casa. No entanto, o sonho de ter um ponto físico, onde pudessem trocar experiências com quem, assim como eles, encontra no mar o seu norte, seguia vivo. "A gente sempre teve vontade de ter uma lojinha, mas era muito caro para alugar loja aqui em Atlântida ou em Capão. Até que conseguimos esse contêiner, que era um tele entulho de uma obra. Fomos até a cidade onde ele estava, que era a uns 500 km daqui. Reformamos tudo, trocamos piso, teto e o contêiner foi tomando cara de loja", conta Pedro. "Começamos a reformar em 23 de dezembro de 2021 e no dia 7 de janeiro de 2022 inauguramos a loja. Ao mesmo tempo que foi rápido, foi um processo bem gradativo de evolução do negócio", avalia Elisa.
A escolha do ponto, que fica na Avenida Central, nº 5, no terreno da Saba, foi em virtude da conexão da região com o surf. "Eu tinha intenção que fosse um lugar perto da praia, perto de um ponto de surf, que é a plataforma. Nós moramos em Capão e lá está superlotado. Em Atlântida, encaixou perfeitamente", diz Pedro, garantindo que o ponto atrai surfistas em todos os momentos do ano. "Muita gente surfa no inverno, a plataforma está sempre lotada."
Casal compartilha vivências empreendedoras nas redes sociais
No entanto, apesar da plataforma receber os adeptos do esporte ao longo do ano, empreender no Litoral durante o inverno é desafiador. O casal, que compartilha os percalços e as conquistas de comandar o próprio negócio no TikTok e no Instagram, garante que nem tudo são flores. "As pessoas têm muita dúvida de como fazemos para trabalhar no inverno. Hoje, mal tem lugar para estacionar. Já no inverno, é um deserto. Tem meses que só trabalhamos com e-commerce, dias que nem tem como estar aqui na loja porque chove muito, venta. Temos a vantagem de estar perto do mar, mas, no inverno, sentimos um lado contrário, com muita maresia. Tem que ter muita manutenção", pondera Elisa.
Os desafios compartilhados nas redes sociais, todavia, foram fundamentais para criar uma conexão da dupla com o público, o que se refletiu no negócio, especialmente na venda dos produtos da marca própria.
"A gente começou a ver que a nossa linha tinha essa procura. Hoje, além de loja, também somos uma marca. Teve uma procura enorme no e-commerce e aqui na loja física. Veio muita gente que nos acompanhava no TikTok, no Instagram. No inverno, nos mantemos muito com esse público de e-commerce. E é uma venda totalmente orgânica. Nas redes sociais, temos vídeos da loja que tem quase 2 milhões de visualizações", conta Elisa.
TÂNIA MEINERZ/JC
A boa receptividade do público é um dos pontos positivos do primeiro ano de negócio, avalia o casal. "Me surpreendeu que a galera gostou muito, comprou muito a nossa ideia, porque, querendo ou não, foge um pouco do padrão de loja. É uma coisa mais descontraída, mas sinto que a galera que viaja o mundo, que já conheceu vários lugares, vem aqui e se sente em casa. Se atira nas almofadas, deixa as coisas aqui para ir surfar", conta Pedro.
No entanto, a loja não serve apenas como ponto de parada antes do surf. Os sócios contam que, muitas vezes, param as atividades para acompanhar os clientes até a praia, reforçando uma relação próxima com quem frequenta a loja. "Nos tornamos muito amigos dos nossos clientes. Às vezes, estamos trabalhando e chega aqui um cliente e vou junto para o mar, vamos revezando. É um trabalho bem descontraído. E isso era uma coisa que tínhamos medo. Querendo ou não, Altântida é uma praia mais refinada. Quando trouxemos a loja para cá fiquei preocupada, mas todo mundo amou", diz Elisa.