Giovanna Sommariva

Item conta com sensores de batimento cardíaco, pressão arterial, oxímetro e proximidade

Estudantes de Sapucaia do Sul desenvolvem bengala inteligente utilizando materiais recicláveis

Giovanna Sommariva

Item conta com sensores de batimento cardíaco, pressão arterial, oxímetro e proximidade

Buscando fazer a diferença, os alunos Davi Reis dos Santos, Cristopher Carvalho Cardoso e Luísa Garcia criaram a Smawalking Cane, projeto voltado para o público idoso. "Nas aulas de geografia, estudando sobre grupos sociais e inclusão, notamos que o idoso é deixado de lado, muitas vezes ficando fora da sociedade", pontua Cristopher. Pensando nisso, o grupo decidiu dar um novo sentido para um objeto já utilizado por este público: a bengala.
Buscando fazer a diferença, os alunos Davi Reis dos Santos, Cristopher Carvalho Cardoso e Luísa Garcia criaram a Smawalking Cane, projeto voltado para o público idoso. "Nas aulas de geografia, estudando sobre grupos sociais e inclusão, notamos que o idoso é deixado de lado, muitas vezes ficando fora da sociedade", pontua Cristopher. Pensando nisso, o grupo decidiu dar um novo sentido para um objeto já utilizado por este público: a bengala.
"Sempre aprendemos sobre como o plástico causa danos no meio ambiente, e, querendo minimizar isso, aliado ao público idoso, pensamos em trabalhar com a bengala. Sabemos que, algumas vezes, ela pode até ser vista como algo ruim por quem a usa, mas o objetivo é transformá-la em um símbolo positivo, algo bom e que ajuda o meio ambiente", explica. Além de ser produzida com itens recicláveis, a bengala contará com sensores de sinais vitais, como batimento cardíaco, pressão arterial e oxímetro, e um sensor de proximidade.
Até o momento, o grupo, composto por alunos da escola Sesi de Sapucaia do Sul, desenvolveu dois protótipos funcionais. "Recolhemos muitas embalagens plásticas, cortamos o material em pedaços bem pequenos e levamos ao forno várias vezes para derreter e moldar no formato que queríamos", descreve Davi, garantindo que o processo não foi fácil. "Tivemos vários erros no início, até pegar o jeito de amassar, a força necessária, o tamanho do forno também nos limitou porque não podíamos fazer a bengala inteira, de uma só vez, teve que ser em partes", conta.
Os estudantes possuem um diário do projeto, onde anotaram todas as reuniões, ideias e tentativas que tiveram até chegar no modelo que queriam. "Anotamos todos os erros, porque eles também fizeram parte do projeto. É importante lembrar de todos os processos", acredita Cristopher.
LUIZA PRADO/JC
O modelo atual, segundo os jovens, está bem próximo do produto final, mas ainda existem melhorias a serem feitas. "A intenção é adicionar uma placa mais profissional, que vai permitir uma maior precisão nas programações e será mais seguro para quem estiver utilizando", afirma Davi, reforçando que, por todos serem iniciantes na programação, os primeiros testes foram feitos com um sistema mais simples.
Além da comercialização do item, o grupo pretende realizar a doação de pelo menos 80 bengalas para lares de idosos. "Nós não temos como produzir elas em grande escala, então vamos necessitar de uma parceria para a produção, mas queremos muito fazer a doação, pois a intenção sempre foi ajudar", garante Christopher.
O plano é continuar trabalhando no projeto até o final do Ensino Médio, mas o grupo também avalia passar os estudos para outro grupo quando se formarem.
"Pretendemos terminar até o final do ano que vem, mas também existe a possibilidade de deixar o projeto para os próximos alunos da escola tocarem", expõe.
Giovanna Sommariva

Giovanna Sommariva - repórter do GeraçãoE

Giovanna Sommariva

Giovanna Sommariva - repórter do GeraçãoE

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