Mauro Belo Schneider

Produção iniciada como hobby na faculdade levou jornalista a virar fornecedor, sócio de bar e investir em hotelaria

Cachaça envasada na Cidade Baixa dá origem a outros negócios

Mauro Belo Schneider

Produção iniciada como hobby na faculdade levou jornalista a virar fornecedor, sócio de bar e investir em hotelaria

Numa das ruas mais clássicas do bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, a João Alfredo, o jornalista e empreendedor Guilherme Carlin, 39 anos, administra três negócios. Dois já conhecidos do público, que ficam em frente um ao outro: o Espaço 512, onde é sócio, e a Chica, marca de cachaça. Esse último ganhará uma loja própria em breve, mas a grande novidade é uma hospedagem que está sendo reformada para abrigar até 10 pessoas colada ao seu pub.
Numa das ruas mais clássicas do bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, a João Alfredo, o jornalista e empreendedor Guilherme Carlin, 39 anos, administra três negócios. Dois já conhecidos do público, que ficam em frente um ao outro: o Espaço 512, onde é sócio, e a Chica, marca de cachaça. Esse último ganhará uma loja própria em breve, mas a grande novidade é uma hospedagem que está sendo reformada para abrigar até 10 pessoas colada ao seu pub.
A atual aposta de Guilherme diz muito sobre o clima entre os empreendedores e empreendedoras do bairro. Há um ar de otimismo, de esperança de que o público esteja voltando para a região. Inclusive, pessoas de fora da cidade. "Sempre vi uma efervescência na Cidade Baixa. A pluralidade é algo muito atraente. E, hoje, enxergo uma retomada disso", expõe ele, que começou a empreender enquanto era estudante. Após participar de uma oficina de licores promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), a Fabico, decidiu produzir cachaça ao lado de outros nove amigos em 2004. O objetivo era levar o líquido às festas do diretório acadêmico. Atualmente, ele é o único dono do negócio.
Guilherme percebe um grande interesse imobiliário pela Cidade Baixa por sua posição geográfica, próxima ao Centro Histórico da Capital. O fato, para ele, é motivo de celebração, pois sente que o bairro foi muito castigado pela mídia nos últimos anos. "Isso aqui é um polo gastronômico e turístico que só vai se valorizar", prevê.
 Luiza Prado/JC
A Chica é produzida na Weber Haus, em Ivoti, mas grande parte do envase é realizado na João Alfredo. O volume de comercialização anual fica em torno de 10 mil litros, com atuação, ainda, em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, principalmente.
O empreendedor lembra que, no início, saía de bicicleta com uma mochila cheia de garrafas para oferecer nos bares da Cidade Baixa. O 512 era um desses locais, onde mais tarde virou sócio. "Quando entrei aqui pela primeira vez, me apaixonei", lembra.
Guilherme se envolveu tanto com o mercado que chegou a ser presidente da Associação de Produtores de Alambiques do Rio Grande do Sul. Ele participa de feiras e inscreve as cachaças gaúchas em prêmios, como uma realizada em conjunto entre nove marcas.
Embora gaúcho, Guilherme foi criado na região Norte do País, mas considera a Cidade Baixa a sua casa. É esse sentimento que ele passa, também, a quem frequenta o 512 ou prova suas bebidas. 
 
Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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