Roberta Fofonka, especial para o JC
Nem só de churrasco vive a Expointer. No Pavilhão da Agricultura Familiar, o consumidor pode encontrar uma iguaria inusitada para os padrões da feira: peixe defumado 100% natural, produzido no Rio Grande do Sul.
Nem só de churrasco vive a Expointer. No Pavilhão da Agricultura Familiar, o consumidor pode encontrar uma iguaria inusitada para os padrões da feira: peixe defumado 100% natural, produzido no Rio Grande do Sul.
A produção da Trutteria, do casal Dalva e Menandro Cintra, fica em Eldorado do Sul, município mais afetado pelas enchentes de maio. Por sorte, a pequena indústria de 48m² fica nas imediações do Parque Eldorado, parte alta da cidade. Mesmo assim, as vendas foram afetadas por conta dos bloqueios na BR-290 e vias de acesso à cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre.
Por conta disso, o casal contou com a ajuda de um coletivo de apoio a pequenos negócios, chamado Produtores Gaúchos Unidos, que levou a iguaria para comercialização em São Paulo. Sendo a primeira vez no Pavilhão da Agricultura Familiar, "a meta é popularizar o produto e difundir a cultura" em âmbito local, comenta Menandro.
Por conta disso, o casal contou com a ajuda de um coletivo de apoio a pequenos negócios, chamado Produtores Gaúchos Unidos, que levou a iguaria para comercialização em São Paulo. Sendo a primeira vez no Pavilhão da Agricultura Familiar, "a meta é popularizar o produto e difundir a cultura" em âmbito local, comenta Menandro.
É possível encontrar truta, filé de truta, salmão e pirarucu defumados na banca, além de especiarias como páprica, pimentas, canela, entre outros, todos defumados artesanalmente. O item de degustação é a pastinha de salmão defumado, que pode acompanhar molhos, preparos ao forno, acepipes e saladas.
Atualmente, a Trutteria produz de 100 a 300kg de defumados por mês, com clientes como a Banca 43 e a Banca do Holandês, do Mercado Público de Porto Alegre. “Somos o primeiro e único negócio do Brasil com Selo Arte para peixe defumado”, comenta Menandro. O selo certifica a identidade e qualidade de produtos alimentícios artesanais, o que possibilita o comércio nacional dos mesmos.
Os produtos não levam conservantes, estabilizantes ou outro produto químico envolvido na defumação. “Não utilizamos lenha, nem madeira, nem carvão. Usamos somente serragem fina, que queima à baixa temperatura. O calor não provém da queima, e sim de um forno computadorizado com ignição elétrica”, explica o produtor. A combinação de tempo, calor e fumaça proporciona o resultado natural e sem emissão de compostos orgânicos voláteis (COVs), geralmente emitidos na queima tradicional, acima de 300°C.
Os peixes, prontos para o consumo, podem ser encontrados no estande a partir de R$ 40,00.