Publicada em 01 de Setembro de 2023 às 14:13

Resiliência e medidas para a crise na cadeia do leite marcam abertura oficial da Expointer

Ministro da Agricultura, governador e outras lideranças discursaram

Ministro da Agricultura, governador e outras lideranças discursaram


EVANDRO OLIVEIRA/JC
Luciane Medeiros
A relevância do agro para a economia do Rio Grande do Sul e do Brasil, a resiliência dos produtores e trabalhadores do campo e a cobrança de medidas para apoiar os produtores de leite foram alguns dos pontos que marcaram os discursos na abertura oficial da 46ª Expointer na manhã desta sexta-feira (1) no Parque Assis Brasil, em Esteio. A cerimônia teve uma apresentação do gaiteiro Renato Borghetti junto com a Orquestra Filarmônica Laje de Pedra e o desfile de campeões. Pela primeira vez desde que a feira é realizada, a cerimônia teve também a participação de integrantes premiados do Pavilhão da Agricultura Familiar. A situação crítica enfrentada pelo setor lácteo, que sofre com a concorrência de países do Mercosul, foi citada em mais de um momento. “Nossos produtores estão morrendo. Há oito anos, eram 84 mil famílias produtoras de leite no Rio Grande do Sul, hoje são 34 mil. Queremos as mesmas condições dos produtores de leite do Uruguai e da Argentina. Precisamos ter ações”, cobrou Carlos Joel, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag).
A relevância do agro para a economia do Rio Grande do Sul e do Brasil, a resiliência dos produtores e trabalhadores do campo e a cobrança de medidas para apoiar os produtores de leite foram alguns dos pontos que marcaram os discursos na abertura oficial da 46ª Expointer na manhã desta sexta-feira (1) no Parque Assis Brasil, em Esteio. A cerimônia teve uma apresentação do gaiteiro Renato Borghetti junto com a Orquestra Filarmônica Laje de Pedra e o desfile de campeões. Pela primeira vez desde que a feira é realizada, a cerimônia teve também a participação de integrantes premiados do Pavilhão da Agricultura Familiar.

A situação crítica enfrentada pelo setor lácteo, que sofre com a concorrência de países do Mercosul, foi citada em mais de um momento. “Nossos produtores estão morrendo. Há oito anos, eram 84 mil famílias produtoras de leite no Rio Grande do Sul, hoje são 34 mil. Queremos as mesmas condições dos produtores de leite do Uruguai e da Argentina. Precisamos ter ações”, cobrou Carlos Joel, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag).
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Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), ressaltou a resiliência do agronegócio gaúcho diante das dificuldades devido a fatores como clima e concorrência de preços. “Tivemos uma safra com custos elevados na hora do plantio e, apesar dos esforços do governo do Estado para resolver o problema da irrigação, colhemos mal e na hora de vender os preços desabaram. O que traz orgulho é justamente a resiliência do produtor rural, que não ficou apenas encerrado e subiu o Brasil”, afirmou.

Na apresentação das raças campeãs na pista, um momento de “interação” entre uma ovelha e um robô serviu de gancho para o secretário estadual da Agricultura, Giovani Feltes, enaltecer a troca entre os “dois mundos”. "É uma grande oportunidade de simbiose entre o mundo do campo e o mundo urbano, e o mundo real e o da tecnologia, ambos se cumprimentam", brincou.

O presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, destacou a importância da parceria com os governos para a construção de soluções que amparem cooperativas e cooperados. “Estamos olhando para o futuro com previsão de ótima colheita. Precisamos de polos logísticos e ferroviários para mitigar os custos do transporte. O cooperativismo tem pressa de crescer e quer ser grande parceiro do desenvolvimento do Estado”, garantiu Harmann.
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Outro ponto de concordância entre as autoridades que falaram na abertura foi o clima de otimismo em relação à feira, não só em vendas como em público. Claudio Bier, presidente do Simers, disse que a edição deste ano tem tudo para superar o desempenho do setor de máquinas de 2022. “Vamos chegar ao mesmo número do ano passado, que teve R$ 6,6 bilhões em vendas, e ainda tenho esperança que a gente consiga aumentar esse resultado”.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, citou as medidas do presidente Luiz Inácio da Silva para abertura de mercados. Em oito meses de governo, o Brasil fechou acordos de exportação para novos países, o que trará importantes ganhos para o agronegócio nacional. “Foram 42 mercados acessados, como a abertura da carne bovina e suína para o México, buscada há 20 anos. Na quinta-feira (31) houve a abertura do mercado de Israel para a carne de frango. Com isso, não se abre mercado só para Israel mas para todos os judeus no mundo”, exemplificou

Último a falar, o governador Eduardo Leite citou rapidamente ações já feitas pelo Estado, como o aumento da participação do Banrisul no Plano Safra, melhoria do Rio Grande do Sul no ranking de estradas a partir de investimentos e o combate a crimes rurais. “É mais uma brilhante edição da Expointer. Cito o lema do nosso governo, ‘o futuro nos une’. Temos diferenças, mas não precisamos pensar igual, mas pensar no Rio Grande do Sul e no Brasil para superar as diferenças”, afirmou.
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