Populares graças às músicas sertanejas, os chapéus não estão mais restritos ao público agro. Isso faz com que o trabalho do chapeleiro Eduardo Bicca tenha cada vez mais demanda. Na Expointer, ele reforma, em média, 35 chapéus por dia, com valores que partem de R$ 80,00.
Bicca faz a higienização, depois o molde e a aplicação de goma. Na manhã deste domingo (7), ele trabalhava em uma peça que tinha aproximadamente 12 anos e que é vendida por R$ 1,8 mil. “Na verdade, não é só chapéu. Tem uma história toda”, justifica, referindo-se ao valor sentimental de seu serviço.
Após tirar as impurezas, Bicca restaura o chapéu para o molde anterior, fazendo com que ele fique seminovo. Alguns são feitos de feltro, pelo ou lã.
Profissional chegou dois dias antes de começar o evento para atender demanda
DANI BARCELLOS/ESPECIAL/JC
“A gente fez em torno de uns 35 chapéus por dia. E começamos dois dias antes da feira, pois já tinha cliente”, conta Bicca, que é de São Borja, mora em Santa Maria, mas gira o Brasil.
“Tem cliente em todo canto, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, no Rio Grande do Sul inteiro, a gente roda nos eventos de rodeio e festas do laço.”
Segundo Bicca, hoje “o chapéu se tornou igual tênis, qualquer pessoa usa”. “Tu vês uma pessoa de chinelo, de chapéu. Tu vês uma pessoa de sandália, de chapéu. Homem, mulher, criança, virou um acessório. Acho que a música sertaneja chamou muita atenção para isso”, celebra.