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Publicada em 31 de Agosto de 2025 às 17:56

Internet instável causa transtornos para visitantes e comerciantes na Expointer

Administração do Parque alega que a lentidão decorre da concentração de público

Administração do Parque alega que a lentidão decorre da concentração de público

DANI BARCELLOS/ESPECIAL/JC
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Gabriel Margonar
Gabriel Margonar
Um dos principais atrativos da Expointer é a programação voltada à inovação e tecnologia. Paradoxalmente, no entanto, a 48ª edição do evento tem sido marcada por problemas na conexão de internet, especialmente nos dados móveis dos celulares. Visitantes, comerciantes e expositores relatam dificuldades para se comunicar, fechar negócios e até realizar compras simples, como as tradicionais rifas solidárias.
Um dos principais atrativos da Expointer é a programação voltada à inovação e tecnologia. Paradoxalmente, no entanto, a 48ª edição do evento tem sido marcada por problemas na conexão de internet, especialmente nos dados móveis dos celulares. Visitantes, comerciantes e expositores relatam dificuldades para se comunicar, fechar negócios e até realizar compras simples, como as tradicionais rifas solidárias.
A situação não é inédita em grandes eventos: shows e estádios lotados também enfrentam sobrecarga nas redes. Mas, em uma feira que coloca a tecnologia como vitrine, a instabilidade de sinal soa ainda mais contraditória.
A estudante de Engenharia Fernanda Lopes, 29 anos, de Porto Alegre, passou por um sufoco para encontrar os amigos no primeiro domingo de feira. “Combinei de encontrar um pessoal perto do Pavilhão de Agricultura Familiar, mas fiquei quase 20 minutos rodando pelo parque porque não conseguia encontrar nem mandar mensagem para eles. O celular até mostrava sinal, mas a internet não funcionava. Acabei encontrando por acaso, mas foi bem estressante”, conta.
Para Cláudia Machado, 47 anos, auxiliar de cozinha de Canoas, a falta de internet significou perda financeira. “Estou vendendo rifas para ajudar a arrecadar dinheiro para a formatura da minha filha. Muita gente queria pagar com Pix, mas em alguns casos a internet não pegava. Perdi várias vendas por causa disso”, lamenta.
Os prejuízos também atingem empresas expositoras. Amanda Giacomeli, supervisora comercial da Carneiro Sul, afirma que desde o fechamento de negócios até a divulgação em redes sociais ficou comprometida. “A gente contratou um pacote de internet para o estande, mas era instável. Tivemos que alternar entre os dados móveis e até redes vizinhas. Isso atrapalhou muito, porque usamos o Instagram de forma dinâmica: fazemos a foto e já publicamos, marcando parceiros. Sem conexão, não conseguimos divulgar nem fechar contratos. Hoje, internet é obrigatória", afirma.
A administração do Parque Assis Brasil, por sua vez, admite que não há mapeamento de pontos com melhor ou pior sinal. Além disso, alega que a lentidão decorre da concentração de público, já que apenas no sábado (30) foram 119.539 visitantes.
Questionada sobre alternativas, a organização afirmou que a responsabilidade é das operadoras de telefonia. Também não há pontos oficiais de encontro para visitantes em caso de desencontro, embora alguns locais sejam reconhecidos como referências, como as esferas, a Praça das Bandeiras e o Pavilhão da Agricultura Familiar.

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