Neste sábado (8), a torcida gremista vai conhecer o presidente que assumirá a gestão do clube para o triênio 2026-2028. Passado o primeiro turno, duas chapas seguem na disputa do pleito. A Chapa 1 – Juntos Pelas Três Cores, liderada por Paulo Caleffi e a Chapa 2 – Odorico com Apoio de Celso Rigo, encabeçada por Odorico Roman. As eleições ocorrem das 10h às 17h de forma online e presencial, na Arena do Grêmio. Em entrevista exclusiva ao Jornal do Comércio, os candidatos falaram sobre seus planos caso assumam a gestão do clube para os próximos três anos. Uma das maiores preocupações relatadas pelos dois é a atual situação financeira do clube.
FINANÇAS
Caleffi: A condição financeira atual do Grêmio é de domínio público e não tem outro caminho a seguir que não seja produzir novas receitas. Aí que o nosso projeto, ao longo de dois anos, se consolida. Temos diversas ações para gerar essas receitas para o clube. Gols de Vantagem, a Grêmio Estúdio, as Grêmios Mania nos consulados e especialmente a condução que nós estamos fazendo do novo patrocinador. Tudo isso vem incrementar novas receitas. É preciso também ter o controle do endividamento. Não dá mais para pegar empréstimo. O Grêmio tem uma dívida com investidores e os juros bancários batem em quase R$ 300 milhões, então isso tem que encerrar. Nós temos que equalizar isso, mas o caminho é esse, renegociar com esses credores e produzir novas receitas.
Roman: A gente sabe que no último balancete, divulgado em junho, a situação não era das melhores. Vamos atacar essa questão como prioridade. Com as finanças organizadas, é mais fácil administrar o futebol e montar um time forte. Existem algumas alternativas. Em primeiro lugar, precisamos saber exatamente a situação atual, quais as necessidades de caixa, para botar o fluxo em dia. Angariar os recursos para pagar as contas, os salários, os fornecedores, empréstimos e a partir daí, buscar esse equilíbrio. Uma das possibilidades é criar um fundo e a partir desse fundo, fazer um leilão reverso, e reduzir o endividamento com algum deságio. Nós temos também a intenção de rever os patrocínios, e se for necessário algum aporte de recursos, nós vamos fazer.
INVESTIDORES
Roman: Nós vamos buscar as fontes que forem necessárias. Temos alguns empresários, apoiando a chapa e isso pode se transformar em outra forma de apoio. Se fizermos um fundo, eles podem investir nesse fundo, ou outra forma de apoio também. Mas, no momento, o que nós queremos é sanar as finanças do Grêmio, para não depender mais de empréstimos. Tanto bancários, como de pessoas que colaboram com o clube. Mas pra fazer esse ajuste, nós vamos precisar de recursos. Vejo de forma positiva no primeiro momento, mas a nossa ideia é estruturar o Grêmio para que não precise mais ter esses aportes e mesmo tomar empréstimos.
Caleffi: Vamos trazer patrocínio para o clube. O investidor aporta, mas ele tem que retirar o dinheiro e isso gera endividamento. O Grêmio deve quase 200 milhões para os seus investidores e isso tem que cessar. Porque primeiro, o potencial de endividamento está esgotado, e segundo, porque o Grêmio não paga os seus investidores. Então gera um constrangimento institucional que acaba afastando essas pessoas do clube. Como foi o caso do Marcelo Marques, justamente por uma condução equivocada de tratamento dos investidores. Nós vamos ter parceiros comerciais, mas agora empréstimos, isso não vai ter mais na nossa gestão.
GESTÃO DA ARENA
Calleffi: Prevemos a comercialização do name rights, a nova loja no setor leste, postos da GrêmioMania pela esplanada e andar inferior, ampliação dos espaços gastronômicos, colocação de painéis de led para publicidade, experiências no estádio a partir do uso de aplicativo e a área de acolhimento ao torcedor do interior e de outros estados.
Roman: A Arena é um mundo de possibilidades de receitas. A renda dos jogos, naming rights, venda do nome de setores, a esplanada sendo utilizada em eventos, espaços para publicidade nos anéis com os novos paineis, etc… Entendemos que a Arena, se explorada em toda a sua plenitude geraria líquido para o Grêmio entre R$ 100 e R$ 140 milhões.
CATEGORIAS DE BASE
Caleffi: A base é fundamental em todos os grandes títulos da história do clube e sempre teve presença marcante.Vamos ter diversas ações em relação à base, a principal delas é que ela venha para o guarda-chuva do profissional. Todo planejamento vai ter que passar pelo crivo do departamento profissional de futebol.Vamos buscar implementar um sistema tático que seja o mesmo do profissional porque isso é um facilitador para quando o gurizada sobe. Temos a previsão de reimplementar o departamento de futsal com a construção de um ginásio ali no cristal. Primeiro, porque todo craque nasce no futsal, então tu tem um braço grande de captação de meninos e segundo que o futsal dá para se tornar modalidade olímpica.
Roman: Nós temos algumas diretrizes na categoria de base. Um deles é que a categoria de base tenha de 30% a 40% dos jogadores do grupo principal. Queremos implementar isso gradativamente para chegarmos nessa quantidade,porque o Grêmio sempre que foi campeão, teve jogadores formados no clube. E isso é uma questão de muita importância. Vamos dar atenção também lá para a Escolinha do Cristal. Porque hoje nos principais clubes a captação começa mais cedo, ela já está começando com crianças de 8, 9 anos, e isso no Grêmio é tratado lá na Escolinha do Cristal. Com isso há potencial de atrair lei de incentivo ao esporte que é uma alta geração de recursos para investimento direto no clube, sem qualquer tributação
SAF
Caleffi: O Grêmio não precisa ser SAF. O clube tem um alto potencial de marca. A SAF se notabiliza pelo investimento no departamento de futebol mas se deixa muito de lado a questão do endividamento. Sou contra o projeto.
Roman: Há uma comissão dentro do conselho para discutir e entender a legislação. Mas não existe nada em andamento no Grêmio com relação a transformar o clube em SAF. A minha posição pessoal é contrária a essa transformação.
FINANÇAS
Caleffi: A condição financeira atual do Grêmio é de domínio público e não tem outro caminho a seguir que não seja produzir novas receitas. Aí que o nosso projeto, ao longo de dois anos, se consolida. Temos diversas ações para gerar essas receitas para o clube. Gols de Vantagem, a Grêmio Estúdio, as Grêmios Mania nos consulados e especialmente a condução que nós estamos fazendo do novo patrocinador. Tudo isso vem incrementar novas receitas. É preciso também ter o controle do endividamento. Não dá mais para pegar empréstimo. O Grêmio tem uma dívida com investidores e os juros bancários batem em quase R$ 300 milhões, então isso tem que encerrar. Nós temos que equalizar isso, mas o caminho é esse, renegociar com esses credores e produzir novas receitas.
Roman: A gente sabe que no último balancete, divulgado em junho, a situação não era das melhores. Vamos atacar essa questão como prioridade. Com as finanças organizadas, é mais fácil administrar o futebol e montar um time forte. Existem algumas alternativas. Em primeiro lugar, precisamos saber exatamente a situação atual, quais as necessidades de caixa, para botar o fluxo em dia. Angariar os recursos para pagar as contas, os salários, os fornecedores, empréstimos e a partir daí, buscar esse equilíbrio. Uma das possibilidades é criar um fundo e a partir desse fundo, fazer um leilão reverso, e reduzir o endividamento com algum deságio. Nós temos também a intenção de rever os patrocínios, e se for necessário algum aporte de recursos, nós vamos fazer.
INVESTIDORES
Roman: Nós vamos buscar as fontes que forem necessárias. Temos alguns empresários, apoiando a chapa e isso pode se transformar em outra forma de apoio. Se fizermos um fundo, eles podem investir nesse fundo, ou outra forma de apoio também. Mas, no momento, o que nós queremos é sanar as finanças do Grêmio, para não depender mais de empréstimos. Tanto bancários, como de pessoas que colaboram com o clube. Mas pra fazer esse ajuste, nós vamos precisar de recursos. Vejo de forma positiva no primeiro momento, mas a nossa ideia é estruturar o Grêmio para que não precise mais ter esses aportes e mesmo tomar empréstimos.
Caleffi: Vamos trazer patrocínio para o clube. O investidor aporta, mas ele tem que retirar o dinheiro e isso gera endividamento. O Grêmio deve quase 200 milhões para os seus investidores e isso tem que cessar. Porque primeiro, o potencial de endividamento está esgotado, e segundo, porque o Grêmio não paga os seus investidores. Então gera um constrangimento institucional que acaba afastando essas pessoas do clube. Como foi o caso do Marcelo Marques, justamente por uma condução equivocada de tratamento dos investidores. Nós vamos ter parceiros comerciais, mas agora empréstimos, isso não vai ter mais na nossa gestão.
GESTÃO DA ARENA
Calleffi: Prevemos a comercialização do name rights, a nova loja no setor leste, postos da GrêmioMania pela esplanada e andar inferior, ampliação dos espaços gastronômicos, colocação de painéis de led para publicidade, experiências no estádio a partir do uso de aplicativo e a área de acolhimento ao torcedor do interior e de outros estados.
Roman: A Arena é um mundo de possibilidades de receitas. A renda dos jogos, naming rights, venda do nome de setores, a esplanada sendo utilizada em eventos, espaços para publicidade nos anéis com os novos paineis, etc… Entendemos que a Arena, se explorada em toda a sua plenitude geraria líquido para o Grêmio entre R$ 100 e R$ 140 milhões.
CATEGORIAS DE BASE
Caleffi: A base é fundamental em todos os grandes títulos da história do clube e sempre teve presença marcante.Vamos ter diversas ações em relação à base, a principal delas é que ela venha para o guarda-chuva do profissional. Todo planejamento vai ter que passar pelo crivo do departamento profissional de futebol.Vamos buscar implementar um sistema tático que seja o mesmo do profissional porque isso é um facilitador para quando o gurizada sobe. Temos a previsão de reimplementar o departamento de futsal com a construção de um ginásio ali no cristal. Primeiro, porque todo craque nasce no futsal, então tu tem um braço grande de captação de meninos e segundo que o futsal dá para se tornar modalidade olímpica.
Roman: Nós temos algumas diretrizes na categoria de base. Um deles é que a categoria de base tenha de 30% a 40% dos jogadores do grupo principal. Queremos implementar isso gradativamente para chegarmos nessa quantidade,porque o Grêmio sempre que foi campeão, teve jogadores formados no clube. E isso é uma questão de muita importância. Vamos dar atenção também lá para a Escolinha do Cristal. Porque hoje nos principais clubes a captação começa mais cedo, ela já está começando com crianças de 8, 9 anos, e isso no Grêmio é tratado lá na Escolinha do Cristal. Com isso há potencial de atrair lei de incentivo ao esporte que é uma alta geração de recursos para investimento direto no clube, sem qualquer tributação
SAF
Caleffi: O Grêmio não precisa ser SAF. O clube tem um alto potencial de marca. A SAF se notabiliza pelo investimento no departamento de futebol mas se deixa muito de lado a questão do endividamento. Sou contra o projeto.
Roman: Há uma comissão dentro do conselho para discutir e entender a legislação. Mas não existe nada em andamento no Grêmio com relação a transformar o clube em SAF. A minha posição pessoal é contrária a essa transformação.
FUTEBOL FEMININO
Caleffi: Temos que aproveitar que o Brasil vai ser sede da Copa do Mundo em 2027 e potencializar a captação de patrocínios para essa modalidade. Existem empresas que são direcionadas apenas para a categoria, temos que acelerar esse processo. E garantir que as receitas sejam revertidas diretamente em prol do departamento feminino. Quando se vendeu uma atleta o dinheiro não vai para o caixa do clube, o dinheiro vai ser reinvestido na estrutura das gurias
Roman: Nós entendemos que o Grêmio precisa investir um pouco mais no futebol feminino. Não só na infraestrutura disponível para as jogadoras, mas também qualificar um pouco mais o grupo. Nós entendemos que com um investimento um pouco maior a gente consiga colocar o Grêmio no patamar dos principais clubes do futebol feminino do Brasil. Esse é o nosso objetivo que até o final da nossa gestão, o clube passe a disputar títulos nacionais e até da América.
Caleffi: Temos que aproveitar que o Brasil vai ser sede da Copa do Mundo em 2027 e potencializar a captação de patrocínios para essa modalidade. Existem empresas que são direcionadas apenas para a categoria, temos que acelerar esse processo. E garantir que as receitas sejam revertidas diretamente em prol do departamento feminino. Quando se vendeu uma atleta o dinheiro não vai para o caixa do clube, o dinheiro vai ser reinvestido na estrutura das gurias
Roman: Nós entendemos que o Grêmio precisa investir um pouco mais no futebol feminino. Não só na infraestrutura disponível para as jogadoras, mas também qualificar um pouco mais o grupo. Nós entendemos que com um investimento um pouco maior a gente consiga colocar o Grêmio no patamar dos principais clubes do futebol feminino do Brasil. Esse é o nosso objetivo que até o final da nossa gestão, o clube passe a disputar títulos nacionais e até da América.