Inter Miami e Al Ahly vão disputar o jogo de abertura do Mundial de Clubes, no Hard Rock Stadium, em Miami, daqui a um mês, em 14 de junho. Já em preparação para a Copa do Mundo de 2026, a Fifa vive a expectativa de que o torneio deste ano entregue gramados melhores que os da Copa América de 2024, também disputada em solo americano.
Na competição da Conmebol, as reclamações cobravam melhor qualidade dos campos. O que chamou ainda mais atenção foram as medidas de 100 metros de comprimento por 64 metros de largura, menores que o padrão de torneios internacionais recomendados pela Fifa (105m x 68m). O tamanho, apesar de não ser o ideal, não estava fora do regulamento. As medidas permitidas variam de 100 a 110 metros de comprimento e 64 a 70 metros de largura.
O que causou problemas na Copa América é que, das 14 sedes, 11 tinham o futebol como esporte secundário, servindo mais para a NFL. Agora, já para o Mundial de Clubes, a Fifa garante que todos seguirão o padrão recomendado, o que se repetirá na Copa.
Após a estreia do Brasil na Copa América, um empate por 0 a 0 com a Costa Rica, o atacante Vinícius Júnior reclamou do gramado do SoFi Stadium, em Los Angeles. O estádio não retorna para o Mundial de Clubes, mas está entre as sedes da Copa de 2026.
"Não pode servir de desculpa, mas em comparação com a Eurocopa, em que os campos são grandes, ter de jogar contra uma seleção que só se defende em dimensões tão pequenas, acaba prejudicando equipes mais técnicas, que querem atacar", disse Vini Jr.
O zagueiro uruguaio Ronald Araújo fez uma reclamação ainda mais contundente. "Acho que ter um campo adequado é a chave de tudo em uma partida de futebol. Se quiserem ver show, acho que o campo tem de ter condições para isso", desabafou o atleta.
PREOCUPAÇÃO COM GRAMADOS CUSTA R$ 28,3 MILHÕES À FIFA
Mais do que garantir o tamanho adequado, a Fifa quer que uma padronização dos gramados para a Copa do Mundo de 2026. O desafio é fazer com que a grama se comporte da mesma maneira nos três países-sede (Canadá, Estados Unidos e México), o que envolve diferentes climas, altitudes e quatro zonas de fuso horário.
A Fifa firmou parceria com as universidades do Tennessee e a Estadual de Michigan, ainda em 2022, para um projeto de pesquisa, com objetivo de produzir gramados consistentes para a Copa do Mundo. O estudo teve orçamento de US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 28,3 milhões) e começou ainda antes da inclusão do Mundial no calendário, mas passou a considerá-lo.
O principal ponto é que a superfície desenvolvida não faça a bola quicar tanto quanto aconteceu na Copa América. O torneio da Conmebol ajudou a Fifa a entender o que seria necessário já para o Mundial de Clubes, conforme diz o gerente sênior de campos da entidade, Alan Ferguson. "É sempre um assunto delicado em relação a campos e outros torneios. Mas ajudou a nos colocar em uma boa posição, e estou bastante confortável com a nossa perspectiva para o Mundial de Clubes", garantiu.
Confira a lista dos estádios do Mundial de Clubes:
Mercedes-Benz Stadium (Atlanta)
Bank of America Stadium (Charlotte)
TQL Stadium (Cincinnati)
Lincoln Financial Field (Filadélfia)
Rose Bowl (Los Angeles)
Hard Rock Stadium (Miami)
GEODIS Park (Nashville)
MetLife Stadium (New Jersey)
Camping World Stadium (Orlando)
Inter&Co Stadium (Orlando)
Lumen Field (Seattle)
Audi Field (Washington)
Mercedes-Benz Stadium (Atlanta)
Bank of America Stadium (Charlotte)
TQL Stadium (Cincinnati)
Lincoln Financial Field (Filadélfia)
Rose Bowl (Los Angeles)
Hard Rock Stadium (Miami)
GEODIS Park (Nashville)
MetLife Stadium (New Jersey)
Camping World Stadium (Orlando)
Inter&Co Stadium (Orlando)
Lumen Field (Seattle)
Audi Field (Washington)