Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

COPA 2014

- Publicada em 25 de Junho de 2014 às 00:00

Hermanos invadem as ruas de Porto Alegre


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
Não importa onde jogam, os clubes argentinos de futebol arrastam uma multidão de fãs apaixonados. Torcedores de times tradicionais como Boca Juniors e River Plate, até os menores, como Nueva Chicago ou Atletico de Rafaella, colorem e incentivam suas equipes em “canchas” famosas, como La Bombonera e Monumental de Núñez, e as menos conhecidas, como o República de Mataderos ou o Nuevo Monumental. A “hinchada” – como a torcida na argentina é conhecida – da seleção nacional reúne seguidores de todas as equipes do País. Desses aficionados pelo esporte bretão, cerca de 80 mil são esperados em Porto Alegre, segundo a Secretaria Estadual de Turismo, para acompanhar a partida entre Argentina e Nigéria, nesta tarde.
Não importa onde jogam, os clubes argentinos de futebol arrastam uma multidão de fãs apaixonados. Torcedores de times tradicionais como Boca Juniors e River Plate, até os menores, como Nueva Chicago ou Atletico de Rafaella, colorem e incentivam suas equipes em “canchas” famosas, como La Bombonera e Monumental de Núñez, e as menos conhecidas, como o República de Mataderos ou o Nuevo Monumental. A “hinchada” – como a torcida na argentina é conhecida – da seleção nacional reúne seguidores de todas as equipes do País. Desses aficionados pelo esporte bretão, cerca de 80 mil são esperados em Porto Alegre, segundo a Secretaria Estadual de Turismo, para acompanhar a partida entre Argentina e Nigéria, nesta tarde.
Bumbos, bandeiras e muita animação. O rosto de torcedores vindos de cidades como Buenos Aires, Córdoba, Entre Ríos, Rosário e Santa Fé exalta um orgulho nacional. A camisa listrada azul e branca e diversos trapos – como são chamados as faixas das torcidas do país vizinho –, com louvações a Diego Maradona e Lionel Messi, mostram a paixão dos hermanos pela sua pátria. Dos mais de 50 mil lugares à disposição do público para o jogo entre Argentina e Nigéria, 18 mil foram vendidos para argentinos. Isso quer dizer que, da estimativa da Secretaria de Turismo e da Embaixada Argentina, de 80 mil e 100 mil torcedores do país na cidade, respectivamente, poucos poderão acessar o estádio Beira-Rio.
Apesar de os ingressos estarem esgotados no site oficial da Fifa, os argentinos estão fazendo um grande esforço para entrar no estádio. Alguns admitem terem comprado das mãos de cambistas entradas por R$ 800,00. Mas a grande maioria veio a Porto Alegre sem entradas ou lugar para ficar. De acordo com Gastón Mesa, que viajou da província de Misiones juntamente com oito amigos, nenhum deles têm ingressos, e isso acontece com a maioria dos torcedores do país. Após 700 quilômetros de viagem, ele afirma que também não tem lugar para passar a noite. “Vamos dormir no carro ou em qualquer lugar que for muito barato. Aqui é muito caro quando comparado à Argentina”, afirma.
Torcedor do Boca Juniors, Mesa salienta que no Rio Grande do Sul as pessoas são bastante diferentes do resto do Brasil. “Aqui é outro país. As pessoas são mais amáveis e receptivas. Aqui tem a rivalidade entre Argentina e Brasil, mas muito menor, e todos nos recebem muito bem”, assegura. Assim como ele, seu amigo Jorge Castro, torcedor do River Plate, acha o povo brasileiro “extraordinário”. Para ele, os argentinos são recebidos nos outros locais com uma visão muito negativa, relacionada aos barra-bravas – como geralmente são chamados os membros de torcidas organizadas argentinas – e aos porteños (pessoa que vive em Buenos Aires), que têm “um hábito de falar bobagens sem parar e ser mal-educados”.
Pela primeira vez em Porto Alegre, um grupo de 11 amigos, torcedores de diversos times, veio à cidade em três carros. Originários de Córdoba, segunda maior cidade argentina, estão passando uma semana na casa de um conhecido porto-alegrense. Para Leandro Nicolas Lastiri, que vai assistir à partida no Beira-Rio, todos os que conversam com eles tentam ajudá-los, seja em relação a orientações, alimentação ou ingressos. Como somente quatro deles têm entradas para a partida, os demais vão assisti-la na Fan Fest, que contará com um telão adicional do lado de fora do Anfiteatro Pôr-do-Sol para atender à demanda dos torcedores.
O anfitrião gaúcho é o comerciante Márcio Carrijo, que conheceu Lucas Mangianeli, um dos 11 do grupo, no litoral catarinense há 20 anos. Segundo ele, sua casa, que tem três quartos, estava praticamente vazia e, portanto, oferecê-la aos hermanos foi um prazer. “Eles estão pela festa e gostando muito. Essa troca de experiências entre tantas culturas é sensacional”, afirma. Para Mangianeli, os gaúchos recebem muito bem os argentinos e, com certeza, serão muito bem recebidos também no país vizinho.
Com a dificuldade dos argentinos em encontrar local para ficar, a prefeitura disponibilizou um espaço no Parque da Harmonia, ao lado do Acampamento Farroupilha. Cerca de 2,5 mil hermanos estão no local.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO