Arena gremista não poderá ter a famosa avalanche

“A avalanche na Arena acabou. Não existirá. Em 60 dias, o estádio terá 100% dos seus espaços destinados ao público com cadeiras”, afirmou Freitas. Conforme o coronel, a impossibilidade da realização da comemoração em que os torcedores descem correndo as arquibancadas em direção à mureta que separa o campo da torcida, se dá em razão de questões técnicas e legais. Segundo ele, a legislação não permite que novos locais como o estádio gremista possuam áreas em que o público não tenha onde se sentar.

A Brigada Militar (BM) acertou com o Grêmio e com a Arena Porto-Alegrense, empresa gestora do estádio, que, na inauguração e no jogo entre os amigos de Ronaldo e amigos de Zidane, no dia 19 de dezembro, o espaço destinado à Geral ainda não terá cadeiras, e sim gradis, como os que existem em estádios argentinos como a Bombonera.

O coronel Freitas ressalta que não há nada contra a avalanche, e que a proibição se dá unicamente pela necessidade de espaços para as pessoas sentarem. Segundo ele, as arquibancadas atuais não possibilitam que os torcedores possam se sentar.

A torcida Geral não gostou da determinação. Em sua página oficial no Facebook, o grupo divulgou uma nota se manifestando sobre a questão. “Há muito tempo temos colaborado com a Brigada Militar quando o assunto é tumulto no estádio, proibição de qualquer material ‘nocivo’ para o campo de jogo, bem como o perigosíssimo papel picado e até mesmo a assassina bobina. Temos respeitado cada pedido da corporação, como a retirada de frases ‘maldosas e tendenciosas’. Agora querem nos proibir de torcer, isso mesmo, torcer, somos torcedores, não espectadores!”

O presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini, garante que vai tentar reverter a decisão da Brigada, buscando, inclusive, a interferência do governador do Estado, Tarso Genro. Segundo o coronel Freitas, as duas direções do clube, a atual e a próxima, já foram avisadas da proibição. Amanhã, a BM irá realizar a vistoria técnica na Arena que irá dar condições de segurança para que o complexo seja aberto.

Koff afirmou que divergências entre as partes foram superadas e ressaltou que é “importantíssimo” que este processo ocorra de forma pacífica. “Vamos viver um momento inédito na história do Grêmio. Não só pela mudança de sede física, do Olímpico para a Arena, mas porque estamos acertando a transição. Nós queremos atender aos interesses maiores do clube”, disse o dirigente.

Odone falou no mesmo tom. “Sabemos distinguir o que é uma eleição e o que é a vida após a eleição. Tenho um convívio de passado muito grande com o presidente Koff aqui no Olímpico, e temos a obrigação de dar por superados os episódios de uma eleição. Tivemos uma conversa civilizada para garantir que o Grêmio tenha uma continuidade como instituição”, declarou. Hoje, Koff fará sua primeira visita à Arena, guiado por Odone.

Segundo o futuro presidente tricolor, os valores envolvidos em uma possível tratativa são altos. Porém, não se pode descartar um acerto. “Nossas ambições são muito grandes para 2013”, reiterou. Deivid, centroavante do Coritiba, também está nos planos. O acerto para a permanência de Zé Roberto por mais um ano já existe, faltando apenas a assinatura do contrato.