Empate gremista com Cruzeiro tem sabor de indignação

“A gente corre, corre, corre e chega na hora e tomamos esses gols de novo.” Esse era o sentimento do zagueiro Rodrigo, após mais uma tentativa frustrada do Grêmio de vencer uma partida fora de casa neste Brasileirão. Desta vez, os gaúchos estiveram por duas vezes à frente, mas ficaram no 2 a 2 com o Cruzeiro, em Sete Lagoas.

Resultado: o Tricolor permanece na zona de rebaixamento e houve briga entre jogadores dentro do vestiário.

Ao final, o técnico Silas e os dirigentes tentaram minimizar o acontecido. “É a indignação natural de um jogo que estava ganho. Isso é coisa interna nossa. Não interessa a ninguém. Houve a discussão, depois todo mundo se acalmou e pronto. Isso só ajuda porque todo mundo quer ir para o mesmo lugar”, disse o treinador.

Quando há domínio territorial, mas as chances são raras, é preciso aproveitá-las. E foi exatamente isso que o Grêmio fez no primeiro tempo. Jogando no esquema 3-5-2, a equipe gaúcha não sofreu qualquer tipo de susto. E ficou a cargo da dupla de ataque decidir a parada. Já nos acréscimos, no primeiro lance envolvendo os dois jogadores mais importantes do time na temporada, Jonas cruzou da direita, e Borges se antecipou à zaga para abrir o placar.

No entanto, tudo começou a ruir no primeiro minuto da etapa final, quando Henrique deixou tudo igual, de cabeça. Aos 34 minutos, depois de o técnico Silas ter sido expulso por reclamar com a arbitragem, Jonas, que seria substituído em seguida, fez o segundo em cobrança de falta ensaiada. Porém, novo escanteio resultou no empate mineiro, novamente através de Henrique.