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Publicada em 06 de Novembro de 2025 às 15:41

Famiglia Valduga prioriza ações para elaborar mais espumantes

Vinícola gaúcha tem a maior cave de vinhos e espumantes da América Latina

Vinícola gaúcha tem a maior cave de vinhos e espumantes da América Latina

Grupo Famiglia Valduga/Divulgação/JC
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Roberto Hunoff
Roberto Hunoff Jornalista
As linhas de espumante representam, atualmente, 65% da produção da Casa Valduga, ficando os 35% restantes com vinhos tranquilos. A tendência é que os espumantes alcancem, futuramente, em torno de 95%. A razão para esta estratégia está no terroir da Serra Gaúcha. “Conseguimos, todos os anos, matéria-prima de qualidade para elaborar excelentes espumantes. Já para grandes vinhos conseguimos em anos específicos”, argumenta o enólogo e persona do grupo, Eduardo Valduga. A marca integra o Grupo Famiglia Valduga, que tem mais cinco empresas.
As linhas de espumante representam, atualmente, 65% da produção da Casa Valduga, ficando os 35% restantes com vinhos tranquilos. A tendência é que os espumantes alcancem, futuramente, em torno de 95%. A razão para esta estratégia está no terroir da Serra Gaúcha. “Conseguimos, todos os anos, matéria-prima de qualidade para elaborar excelentes espumantes. Já para grandes vinhos conseguimos em anos específicos”, argumenta o enólogo e persona do grupo, Eduardo Valduga. A marca integra o Grupo Famiglia Valduga, que tem mais cinco empresas.
Ele também defende um projeto estratégico para, em cinco anos, garantir uma denominação específica para o espumante brasileiro. “Precisamos reconhecer o Brasil como grande produtor de espumantes e, para tanto, é necessário um nome que nos diferencie. Assim, cresceremos nacionalmente e teremos mais oportunidades no exterior. O espumante é para ser consumido sempre, não apenas em comemorações. É uma bebida que harmoniza com todas as culturas gastronômicas do Brasil”, reforça.
Outro foco de atuação do grupo é o enoturismo, que já representa 20% da receita. Para Valduga, trata-se de uma das maiores avenidas para o crescimento de uma vinícola, porque fideliza clientes. “O visitante precisa estar no centro, ter uma experiência única. Além do varejo e degustação, serviços de restaurante e hospedagem são essenciais”, afirma.
E para criar novos clientes, o enólogo destaca a importância de atrair o público infanto-juvenil. “Não é para beber, é para brincar, para ter contato com a natureza, conhecer animais... Enquanto pais e mães degustam, os filhos se divertem e se ambientam para, no futuro, tornarem-se clientes”, explica. De acordo com Valduga, o projeto do grupo está pronto para ser implementado. O obstáculo é a situação instável do país. No período de 2024 a 2025, o complexo enoturístico recebeu cerca de 129 mil visitantes.
O grupo, detentor das marcas Casa Valduga, Casa da Madeira, Domno, Ponto Nero, Brio Dona Leopoldina e Vinotage, possui 140 hectares de vinhedos em três regiões do Sul do Brasil. Também tem operação no Chile em parceria com uma vinícola como parte de um projeto maior de atuação no exterior. “A tendência é buscar o que há de melhor para entregar vinhos de qualidade no Brasil e também enviar para outros países. O sonho é ter uma das maiores redes de enoturismo do mundo, em várias regiões”, assinala.
A empresa tem planos para outras regiões do Brasil. A intenção é investir em nova unidade na Região Sudeste, ingressando no segmento de produtos provenientes da colheita de inverno, característica dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Valduga adianta que será uma planta de pequeno porte, sem a meta de escalar produção, mas para atuar fortemente no enoturismo, que começa a ganhar relevância na região. Na Serra, o grupo ampliou em mais mil metros quadrados a unidade de Garibaldi para centralizar o processo produtivo em busca de performance, qualidade e custo.
O grupo tem capacidade para estocagem de 10 milhões de litros, sendo 4 milhões de suco de uva por meio da Casa da Madeira. O grupo produz em torno de 5 milhões de litros anuais entre espumantes, vinhos, suco de uva, destilados e licorosos. As exportações representam 5% da receita, mas o projeto é chegar a 20%. “O espumante e o suco de uva brasileiros são muito bem recomendados no exterior”, frisa.
Um dos lançamentos mais recentes do grupo é o rótulo 130 Extra Brut D.O.V.V., primeiro espumante da marca a receber a certificação de Denominação de Origem Vale dos Vinhedos. Também são novidades o Maria Valduga Nature, o Praeteritum, elaborado a partir da técnica italiana do appassimento, e o Mundvs, projeto que conecta a expertise da marca a terroirs internacionais.
Outra novidade é Live Zero Dry Rosé, da marca Ponto Nero, com teor alcoólico zero e 135 calorias por garrafa. “Com foco em inovação e bem-estar, a proposta do rótulo é atender um público cada vez mais atento às escolhas de consumo, oferecendo uma opção para diferentes momentos”, define Valduga. O rótulo, elaborado pelo método charmat, é oferecido na versão moscato branco.

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