Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 06 de Novembro de 2025 às 16:03

Vinhos de estilo germânico são elaborados em São Vendelino

Produção inicial é de 7 mil garrafas, com projeção de dobrar nos próximos anos

Produção inicial é de 7 mil garrafas, com projeção de dobrar nos próximos anos

Roberto Hunoff/Especial/JC
Compartilhe:
Roberto Hunoff
Roberto Hunoff Jornalista
Decididos a dar continuidade ao legado de Leonardo Fritzen, imigrante alemão que saiu da cidade de Reil e se instalou em São Vendelino, em 1880, os integrantes da quarta geração investiram na implantação de uma vinícola. Leonardo Fritzen era filho, neto e genro de enólogos e a família elaborava vinho na Região do Rio Mosel. No Brasil, adquiriu propriedade onde construiu sua primeira casa e plantou parreirais para consumo próprio. Ao longo dos anos, especialmente por meio dos filhos, as uvas passaram a ser vendidas para produtores de vinho nas cidades vizinhas e se tornaram importante fonte de renda para a família.
Decididos a dar continuidade ao legado de Leonardo Fritzen, imigrante alemão que saiu da cidade de Reil e se instalou em São Vendelino, em 1880, os integrantes da quarta geração investiram na implantação de uma vinícola. Leonardo Fritzen era filho, neto e genro de enólogos e a família elaborava vinho na Região do Rio Mosel. No Brasil, adquiriu propriedade onde construiu sua primeira casa e plantou parreirais para consumo próprio. Ao longo dos anos, especialmente por meio dos filhos, as uvas passaram a ser vendidas para produtores de vinho nas cidades vizinhas e se tornaram importante fonte de renda para a família.
A ideia de resgatar o legado começou a ser amadurecida durante a pandemia de Covid-19 por meio de Roberto Fritzen, juntamente com os irmãos Renê e Régis, e dos amigos Ricardo Lamb e Fernando Fritzen, todos nascidos ou residentes no Vale Suíço, como é conhecida a localidade onde o complexo está instalado. Em sete dos 20 hectares da propriedade são cultivadas várias variedades de videiras, dentre elas a Riesling Renano, típica da cultura germânica.
Entre 2003 e 2005, foi construído o prédio da vinícola. No início, a produção será de 5 mil litros, equivalente a 7 mil garrafas, com incremento para 15 mil a 20 mil litros nos próximos anos. Já estão disponíveis vinhos à base de Riesling Renano, Chardonnay e Merlot, e um espumante estilo sekt, elaborado com uva Riesling, pelo método tradicional, em homenagem ao bicentenário da imigração alemã no Brasil. De acordo com o enólogo Dirceu Scottá, 14 variedades estão em fase de experimentos para avaliar a adaptação ao terroir da região, formado por um vale composto por morros, arroios e muita natureza, além de um declive acentuado, raro na produção de uvas no Brasil.
A estrutura também conta com um local gastronômico, que atende às sextas-feiras e sábados com degustação de vinhos e comidas típicas. Outro atrativo é o passeio pela propriedade em veículo 4x4, com passagem por um mirante de onde é possível visualizar todo o complexo. Em linha com o objetivo de explorar o enoturismo, os sócios pretendem transformar em pousada a casa dos pais, construída por volta de 1950.
Os primeiros imigrantes da Alemanha chegaram no Brasil em 1824 e foram os pioneiros na produção do vinho no Rio Grande do Sul. Os colonos germânicos costumavam utilizar a técnica de parreiras em espaldeira, presente na propriedade da família Fritzen.

Notícias relacionadas