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reportagem especial

- Publicada em 23 de Outubro de 2022 às 22:25

Rio Grande do Sul segue no pódio entre os estados com maior adesão ao seguro de pessoas

Informalidade, que chegou a 39,7% no País, faz com que cresça a procura por seguros como substitutos aos benefícios de um emprego formal

Informalidade, que chegou a 39,7% no País, faz com que cresça a procura por seguros como substitutos aos benefícios de um emprego formal


/PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Pedro Carrizo, especial para o JC
Pedro Carrizo, especial para o JC
Os seguros de pessoas fazem parte da cultura do gaúcho. Em 2021, o Rio Grande do Sul foi o terceiro estado do País na contratação desses serviços, atrás apenas de Rio de Janeiro e São Paulo. Para este ano, o mercado de seguros de pessoas caminha para outro forte resultado. Em agosto, os prêmios do segmento arrecadaram mais R$ 5 bilhões, maior patamar desde o início da Covid-19 no Brasil, em 2020, o que representa também alta de quase 17% em comparação com agosto do ano anterior, apontam os dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).
Para este ano, o ranking segue marcando o mesmo pódio, com o RS representando R$ 3,2 bilhões em prêmios no seguro de pessoas no acumulado deste ano, mostra o Painel de Inteligência do Mercado de Seguros da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
"Historicamente, o Rio Grande do Sul tem uma contribuição grande para o mercado de seguros de pessoas. Neste ano, o prêmio direto de seguro, somando todos os ramos, aumentou 12% nos primeiros oito meses em comparação com 2021. E o estado gaúcho seguiu exatamente a média nacional nesse período, com crescimento de 12%", diz Nelson Emiliano, vice-presidente da Comissão Atuarial da Fenaprevi.
Os resultados fortes para este ano estão sendo puxados principalmente pelos seguros de vida, que representam, atualmente, 47% do total de pagamento de prêmios, e pelos seguros de viagem. No entanto, o que tem se visto é o aumento acima das expectativas das contratações de planos de vida individuais, que estão crescendo 26% no acumulado de 2022 até agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado.
"O que se viu no pós-pandemia é um aumento nas contratações, após um período de muitos sinistros. A curiosidade é que esse crescimento está sendo influenciado pelo seguro de pessoas individual, sendo que tradicionalmente são os seguros em grupo que puxam o resultado", explica Emiliano. De acordo com o representante da Fenaprevi, isso tem explicação no aumento da informalidade no Brasil em detrimento do trabalho formal.
O País registrou uma taxa de informalidade de 39,7% no mercado de trabalho no trimestre até agosto de 2022, alcançando um recorde de 39,307 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE). Conforme Emiliano, inclusive, há seguros que vêm crescendo neste ano como substitutos aos benefícios de um emprego formal.
O seguro de doença grave cresceu 20%, por exemplo. Esse serviço pode ser um substitutivo ao plano de saúde, pois libera um capital para o segurado que for acometido por alguma doença grave, como um câncer, explica.
Já os seguros de viagem estão registrando um boom em razão da demanda retraída causada pela pandemia de Covid-19. Agora, com a retomada geral dos aeroportos e rodoviárias do País, o crescimento real dos prêmios no segmento viagem foi de 246% no acumulado de 2022 até agosto.
Não é só no mercado de seguros que o RS tem forte representatividade. Ocupa, historicamente, a quarta posição entre os estados brasileiros em contribuições para previdência, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, segundo dados da Susep.
 
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