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Publicada em 17 de Julho de 2025 às 18:42

Blueseiro Oly Jr. usa sua guitarra para erguer a ponte entre milonga e blues

Perto de completar 30 anos de carreira, compositor porto-alegrense segue adicionando

Perto de completar 30 anos de carreira, compositor porto-alegrense segue adicionando "de tudo e outras milongas mais" ao mojo de seu blues

BRENO BAUER/JC
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Cristiano Bastos
Por acepção, o termo "milonga" define um gênero musical e também de dança cujas autóctones raízes culturais estão fincadas em países da região do Rio da Prata: Argentina, Uruguai e também no Rio Grande do Sul (popularmente, a expressão igualmente é utilizada quando, de forma pejorativa, refere-se a "conversas longas e prolixas" ou a "desculpas esfarrapadas"). No que se refere ao músico porto-alegrense Oly Jr, um dos blueseiros mais atuantes do Sul do Brasil e que está contando 30 anos de trajetória, a milonga o fez um dos responsáveis no Estado pela renovação desta musicalidade, a partir do final dos anos 2000. Foi neste momento histórico que Oly decidiu juntar blues à milonga, dando vida, assim, ao tipo de música que ganhou o sincrético nome de "milonga blues".
Por acepção, o termo "milonga" define um gênero musical e também de dança cujas autóctones raízes culturais estão fincadas em países da região do Rio da Prata: Argentina, Uruguai e também no Rio Grande do Sul (popularmente, a expressão igualmente é utilizada quando, de forma pejorativa, refere-se a "conversas longas e prolixas" ou a "desculpas esfarrapadas"). No que se refere ao músico porto-alegrense Oly Jr, um dos blueseiros mais atuantes do Sul do Brasil e que está contando 30 anos de trajetória, a milonga o fez um dos responsáveis no Estado pela renovação desta musicalidade, a partir do final dos anos 2000. Foi neste momento histórico que Oly decidiu juntar blues à milonga, dando vida, assim, ao tipo de música que ganhou o sincrético nome de "milonga blues".
Agora, Oly Jr vê-se às voltas com a preparação em estúdio de Quando a Milonga Beija o Blues, o terceiro título da trilogia blues-milongueira iniciada em 2009 com o disco Milonga Blues (vencedor naquela ocasião do Prêmio Açorianos de Música nas categorias blues/jazz) e continuada três anos depois em Milonga em Blue (Notas do Delta). O primeiro contendo canções autorais, o segundo releituras e o que está por vir, por sua vez, formado novamente por músicas autorais. Dessa vez, porém, em total incursão pelas paragens da música instrumental (vertente pouco explorada pelo guitarrista em quase três décadas de atuação profissional). "Em Quando a Milonga Beija o Blues eu testo ainda mais possibilidades de fundir a milonga com blues, enquanto elementos 'coirmãos' que entrelaçam-se em suas matrizes africanas e sulistas ocidentais. Nas canções do álbum eu dialogo com as magias, misticismos, melancolias, contemporaneidades e, sobretudo, com as características e semelhanças musicais entre a milonga e o blues", define o compositor.
Oly afirma, por outro lado, que a escolha pela milonga no crossover resultante em sua "milonga blues" não se dá meramente por critérios de ordem estética. Tem mais a ver, elucida, com uma evocação de heranças culturais pampeanas (parte de sua família paterna tem origem charrua, uruguaia e argentina). Quanto a isso, ele poetiza: "A milonga sempre foi o gênero musical que me fez refletir, lidar com a solidão, lembrar de coisas simples como contemplar o horizonte, a feitura de um mate no amanhecer, o frio, a paisagem rural, mesmo em Porto Alegre, na Zona Sul da cidade, onde me criei. Mas ela também me remete a um caminhar urbano".
No olhar do violinista Angelo Primon, com o qual em 2018 formou-se o quarteto Violas ao Sul (completado com os instrumentistas Mário Tressoldi e Valdir Verona), Oly Jr é um dos mais singulares artistas gaúchos. Primon reconhece no guitarrista porto-alegrense "um cara atuante e inquieto". "Oly é o típico músico que traz para a sua arte as características de suas vivências pessoais, articulando na equação dessa arquitetura musical clássicas temáticas blueseiras. Isso inclui toda a mitologia acerca de pactos, mandingas e folclore que fazem parte de tal universo", explica Primon.
O multi-instrumentista Gaspo Harmônica, com o qual o guitarrista fez dois álbuns (Na Capa da Gaita e Onde Está o Meu Dinheiro), destaca entre os atributos de Oly a autenticidade de suas criações musicais e também a originalidade com que o guitarrista aventura-se visitando a obra de outros compositores. "Quando o Oly interpreta músicas de outros artistas, é preciso frisar que as interpreta de maneira inteiramente sua. Esse, além do pendor de ambos para a improvisação, foi um dos predicados que nos levaram a uma identificação imediata", distingue Gaspo.
Quanto ao futuro, os próximos projetos de Oly Jr. estão definidos. E vão além da milonga. Um deles consiste em reunir em um disco as músicas que compôs em homenagem a Porto Alegre, da mesma forma que Lou Reed poetizou em seu disco New York. Enquanto isso, segue em construção e desconstrução, entoando: "A música é um ponto de partida. Nunca de chegada".
 

Sob o céu de Julio

Na época de Bola 8, com Julio Reny (Oly Jr. está ao fundo, no centro)

Na época de Bola 8, com Julio Reny (Oly Jr. está ao fundo, no centro)

TAMIRES KOPP/DIVULGAÇÃO/JC
A história de Oly Jr. sendo escudeiro do bardo Julio Reny inicia-se no final dos anos 2000 (durando até meados de 2024), dias em que o guitarrista percorria o circuito de shows em bares e teatros de Porto Alegre. A parceria frutificou no grupo Os Irish Boys, junto do qual Reny fez a gravações dos álbuns Bola 8 e O Homem que Amava as Mulheres (no qual Oly tem com o compositor parceria na canção A princesa, a lady e o Anjo), além do DVD Julio Reny Ao Vivo no Estúdio Marquise 51.
"Cheguei a fazer uma versão para Uma tarde de outono de 73, canção de seu emblemático disco Último Verão, para um álbum meu que acabou sendo engavetado. Até que em 2009 o Julio mostrou-me uns escritos em folhas de caderno contendo poemas, frases soltas, desabafos e memórias. Certa feita, debrucei-me num longo poema sobre despedida que ele havia escrito. Dei uma lapidada na letra, acrescentei umas coisas, vertendo-o no formato de uma canção. Nascia dessa forma Adeus companheiro". Como estava nessa época finalizando o álbum Milonga Blues, e, portanto, mergulhado nesse conceito, Oly fez da música (que ganhou registro em Bola 8) o que ele conceitua como uma espécie de "milonga western".
Oly considera o tempo passado ao lado de Julio Reny um período de muito aprendizado, no qual conseguiu explorar seu lado guitarrístico como nunca até ali havia experimentado. Nesse período, afirma, pôde dedicar-se a acompanhar um de seus ídolos na música gaúcha. "O Julio possui uma maneira muito própria de compor, valendo-se de acordes não muito usuais no rock, estruturas e sequências harmônicas bem peculiares, sofisticadas, que fizeram-me sair da minha zona de conforto musical calcada no blues", reconhece. Julio Reny, por sua vez, é breve nas palavras mas certeiro no elogio feito ao seu antigo side man: "Oly Jr. é um músico dedicado que, além de muito bom, ama de verdade o que faz".
 

A palo seco com Belchior

Oly Jr. foi fiel escudeiro do compositor Julio Reny durante mais de 15 anos

Oly Jr. foi fiel escudeiro do compositor Julio Reny durante mais de 15 anos

BRENO BAUER/JC
Certa feita, em idos de 2003, cumprindo mais uma noite tocando no bar 8 1⁄2, em Porto Alegre, do qual era habitué, eis que, no lusco-fusco do recinto, Oly Jr. enxergou numa das mesas uma figura que parecia-lhe familiar. De início, deu continuidade ao seu repertório de blues e folk songs; de repente, eis que a tal figura levanta da mesa e vem em sua direção, tão logo havia finalizado um dos números musicais. Era ninguém menos do que Belchior. Conta Oly: "Sim, o Belchior em pessoa, um dos maiores artistas e compositores da música brasileira, apareceu num show meu, então levado pelo chapa Emílio Chagas, um dos grandes agitadores culturais da cidade, num dos melhores espaços que Porto Alegre já teve no quesito música autoral".
Na finaleira da apresentação, relata o guitarrista, o cearense pediu para dar uma canja no show. "Como ele viu que o clima era meio bluesy, o Belchior pediu para tocar um 'blues abolerado'". Depois Belchior largou três clássicos que Oly manjava bem: A palo seco, Velha roupa colorida e Como nossos pais. Após terem sido devidamente apresentados um ao outro, rolou um baita papo sobre música e arte em geral. "Belchior era um sujeito muito inteligente e com sentido existencial muito aguçado. Mostrava desenvoltura para dialogar sobre temas sejam mundanos, políticos, sociais ou espirituais. Daqueles seres humanos que se podia notar o quanto sangraram e choraram na vida. Quando vez por outra toco A palo seco nos meus shows, lembro desse momento inusitado e marcante em minha trajetória", declara.
 

Milonga blues

Ao lado dos colegas do projeto Violas ao Sul, que explora a história e a importância da viola de dez cordas

Ao lado dos colegas do projeto Violas ao Sul, que explora a história e a importância da viola de dez cordas

ELENICE ZALTRON/DIVULGAÇÃO/JC
Oly Jr considera o blues sua primeira escola, a qual deu-lhe todo o suporte e base necessários para "ingressar na guerrilha artística e sobreviver no caos sonoro". Mas, enquanto gênero musical, é a milonga que, em suas palavras, tem lhe acompanhado desde os tempos de piá. "A milonga vem me cutucando desde sempre, antes mesmo de eu começar a pensar sobre música, invadindo meus ouvidos e acalmando minha alma", garante.
Para Oly, a milonga é a significação direta de uma sonora mistura campeira herdada de seus ancestrais pampeanos. Ao dar-se conta disso, sucedeu-se algo que Oly admite não conseguir explicar exatamente, mas que, de qualquer modo, traduz-se na necessidade de buscar suas origens musicais. "Através da milonga descobri que podia tanto resgatar minhas lembranças mais antigas quanto render homenagens a meus mestres, minha cidade, minha família. Encontrei na milonga um jeito peculiar de me expressar", filosofa.
O compositor traça um relato mais detalhado sobre esse momento de epifania: "Em meados de 2008, eu completei dez anos de carreira e precisava de um divisor de águas. Tinha acabado de pôr na roda uma coletânea de canções de minha autoria e, anteriormente, havia lançado discos com canções de minha autoria. Naquela altura, achei que havia chegado a hora de revisar minha própria obra para então recomeçar do zero."
Paralelo a isso, situa Oly, bateu a vontade de escutar coisas "mais regionais". Algo regional, ainda que contemporâneo. "Mesmo que minha escola tenha sido o blues, nunca deixei de escutar e tocar várias canções de artistas gaúchos que me fascinavam dentro do circuito musical sulista. Circuito esse no qual sempre eu sonhei me inserir". Neste processo, começou a ouvir com atenção as músicas que Bebeto Alves havia lançado com letras de autoria do compositor e violonista nativista Mauro Moraes, constantes nas obras fonográficas Milongueando uns Troços, Mandando Lenha e Milongamento. "A audição destes álbuns emocionou-me muito, especialmente no caso das canções milongueiras. Algo aconteceu!", exclama.
No palco com Os Tocaios, em apresentação de 2018 | ROBERTO CARUSO/DIVULGAÇÃO/JC
No palco com Os Tocaios, em apresentação de 2018 ROBERTO CARUSO/DIVULGAÇÃO/JC
Todavia, o que acabou tocando-lhe com grande seriedade foi Vitor Ramil e seu álbum Ramilonga e também a nova safra de milongas que Bebeto Alves passou a produzir à época. A partir daí, como numa exortação, despertou em Oly a vontade de aprender os macetes desta tipologia musical. "Aos trancos e barrancos, exatamente quando comecei a tocar blues, passei a ouvir os mestres do gênero, tirando certas canções no violão e, ao mesmo tempo, tentando entender a relatividade musical própria da milonga", diz.
A princípio, Oly pensou em compor algumas milongas, mas tinha a sensação de que iria imitar seus mestres. "Assim como eu componho blues em português e procuro passar minha vivência através das canções, justamente para me diferenciar dos blueseiros norte-americanos, fiquei dias pensando em como tocar uma milonga de forma peculiar. Foi quando me deu o estalo de tentar tocar uma milonga tradicional num violão afinado para tocar um slide blues. Vi a luz! Chorei por alguns minutos, pois soube naquela hora que havia criado algo novo. Estava feita a milonga blues", regozija.
Para o contrabaixista Jacques Jardim, parceiro seu no grupo Os Tocaios, o fazer artístico de Oly Jr. é sinônimo de resistência social e cultural. "Ele nos mostra com sua música que é possível infundir componentes da cultura regional daqui, rurais e urbanos, com ingredientes estadunidenses, por exemplo, onde o blues surge com uma carga emocional pesada, em um contexto complexo de escravização e desigualdade social", avalia. "Me parece que o Oly utiliza muito bem essa essência catalisadora de dois estilos musicais geograficamente diferentes, mas que se unem na sua arte."
 

Dedo de vidro

Folk, rock, blues e milonga: 'rios' que desaguam no delta musical de Oly Jr.

Folk, rock, blues e milonga: 'rios' que desaguam no delta musical de Oly Jr.

ZÉ CARLOS DE ANDRADE/DIVULGAÇÃO/JC
"Blues com alma gaúcha". Assim definiu o jornalista e crítico musical Juarez Fonseca acerca de Oly Jr. ao escrever a respeito de Dedo de Vidro, seu álbum lançado em 2014 com produção de Otávio Moura. Na opinião de Juarez, trata-se do melhor letrista do blues brasileiro (e também o cara que mais identificou esse gênero com o Rio Grande do Sul). Na jornada do compositor em busca do "certo milongueiro" o disco pode ser definido como espécie de interlúdio em relação ao seus dois outros álbuns realizados sob a égide da milonga blues. "Em Dedo de Vidro fiz um apanhado dos gêneros que eu utilizo desde sempre: folk, rock, blues com acréscimo da milonga. São os quatro 'rios' que desaguam no delta que, por hora, forma o meu fazer musical", conceitua. Já o mote instrumental do álbum, ele acrescenta, consistiu em compor seu repertório tendo em mãos a viola e o slide.
Ao perseguir a pluralidade de Dedo de Vidro, Oly Jr. diz ter inspirado-se numa gama diversa de nomes da música universal. Dentre os quais, ele cita: Robert Johnson, Mississippi Fred McDowell, Son House, Julio Reny, Bebeto Alves, Vitor Ramil, Mauro Moraes, Noel Guarany, Jayme Caetano Braun, Tião Carreiro, Zé Côco do Riachão, Helena Meirelles, Renato Teixeira e Rolando Boldrin.
A audição de Dedo de Vidro abre com a carta de intenções do álbum, a música É mais um blues em português. Mas é nos auto-afirmativos versos de Eu canto blues, com participação do tecladista Luciano Leães, que Oly Jr. passa seu recado: "Eu canto blues quando eu tô feliz / Eu canto blues quando eu tô deprê / Eu canto blues pra me satisfazer / Eu canto blues em Porto Alegre pra sobreviver". Em O muro da Mauá, por sua vez, o compositor destila uma espécie de crônica blueseira tendo como pano de fundo a enchente (a qual, em decorrência da tragédia chuvosa que acometeu a capital gaúcha no ano passado, fica no aguardo de uma continuação) que em 1941 submergiu Porto Alegre.
Contador de causos, como um velho bluesman, Oly entrecruza no cenário que ponteia a canção Uma avença o compromisso a ser honrado com o "marvado", reunindo na letra personagens oriundos de diferentes plagas como Riobaldo (narrador-personagem de Grande Sertão: veredas de João Guimarães Rosa), Blau Nunes (personagem fictício e também narrador da obra literária Contos Gauchescos de João Simões Lopes Neto) e Robert Johnson. Este último, um dos mais influentes músicos do Mississippi Delta Blues e referência primordial quanto à padronização do consagrado formato de doze compassos para o blues.
 

Telegráficas de Oly Jr. sobre sua discografia

Oly Jr.está preparando novo disco, terceiro em que explora as convergências entre milonga e blues

Oly Jr.está preparando novo disco, terceiro em que explora as convergências entre milonga e blues

BRENO BAUER/JC
Mendigos da Noite - Mendigos da Noite (2001)
Primeiro álbum e único por uma gravadora (Fran Discos). Banda com quatro cantores e compositores e canções guiadas pelo rock, blues e baladas.
Oly Jr. - Tô na Mira (2003)
Primeiro álbum solo, gravado no estúdio C da Acit numa mesa analógica com produção de Egisto Dal Santo. Bobdyliano, raulseixista e ao mesmo tempo reflexivo. Predominantemente autoral. Contém versões para músicas de Nei Lisboa e Bob Dylan.
Oly Jr. - Ineditismo Barato (2005)
Gravado ao vivo no Estúdio Live em formato de trio, tendo na formação Ricardo Bass no baixo e Nando de Azevedo na bateria. Somente canções autorais no repertório.
Gaspo Harmônica & Oly Jr. - Na Capa da Gaita (2005)
Gravado ao vivo no estúdio General Rock. Duo blueseiro a la "do it yourself". Músicas totalmente autorais. One, two, three, four... e dale tosqueira blues!
Gaspo Harmônica & Oly Jr. - Onde Está o Meu Dinheiro (2007)
Mesma linha do primeiro disco da dupla. Blues em português até o talo. Gravado no estúdio Musitek com participações especiais de Solon Fishbone, Alex Pardal e Gonzalo Araya.
Oly Jr. - Algumas Canções (2007)
Gravado no estúdio Musitek em um take só para cada música, com violão e gaita de beiço. Com alguns overdubs de guitarra para alguns solinhos arranca-tocos. Outro álbum muito inspirado em Bob Dylan.
Oly Jr. - Pirataria Autorizada (2008)
Compilação de dez anos de carreira, trazendo algumas canções de discos lançados até 2008 e também músicas inéditas até então engavetadas.
Oly Jr. - Milonga Blues (2009)
Mudança de paradigma. Álbum conceitual unindo elementos formadores da milonga e do blues, traçando paralelos aproximando os deltas (do Mississippi e do Jacuí), slide na viola de dez cordas e blue notes em milongas, sotaque e paisagens sul-brasileiras no blues.
Folk, rock, milonga e blues: os 'rios' que desaguam no delta musical de Oly Jr. | BRENO BAUER/JC
Folk, rock, milonga e blues: os 'rios' que desaguam no delta musical de Oly Jr. BRENO BAUER/JC
Oly Jr. - Milonga em Blue: Notas do Delta (2012)
Versões para algumas milongas que permeiam a carreira de Vitor Ramil e Bebeto Alves numa abordagem mais bluesy. Participações especiais de Arthur de Faria, Paulo Inchauspe e Paulinho Cardoso. Gravado no estúdio Musitek tendo Os Tocaios (Jacques Jardim no baixo e Jaques Trajano no cajon e bumbo leguero) como banda de apoio.
Oly Jr. & Gonzalo Araya - Do Delta do Jacuí ao Deserto do Atacama (2013)
Álbum na linha duo com o maior nome da harmônica chilena. Cruzamos culturas sul-americanas tocando blues. Também gravado no estúdio Musitek, meu QG desde 2007.
Oly Jr. - Dedo de Vidro (2014)
Álbum de Folk-Rock-Milonga-Blues, autoral, com viola e guitarra de dez cordas cravejado de slide.
Oly Jr. - Viola de Revesgueio (2016)
Gravado no home studio do Paulo Inchauspe, contendo releituras de algumas músicas de meus álbuns anteriores trazendo arranjos de viola de dez cordas.
Violas ao Sul - Violas ao Sul (2018)
Junção de quatro artistas que têm a viola de dez cordas como elementos fundamentais em suas obras, no intuito de resgatar a história e a importância deste instrumento na cultura sul-brasileira.
 

* Cristiano Bastos é jornalista e autor de Julio Reny – Histórias de amor e morte (Prêmio Açorianos de Melhor Livro em 2015), Júpiter Maçã: A efervescente vida e obra, Nelson Gonçalves: O rei da boemia, Nova carne para moer e Gauleses irredutíveis – Causos & Atitudes do Rock Gaúcho. Também publicou, em 2023, a obra de jornalismo e artes gráficas 100 grandes álbuns do rock gaúcho: influências e vertentes (Nova Carne Livros).

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