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Publicada em 22 de Fevereiro de 2024 às 18:33

Paulo Coelho, o pianista número 1 da cidade

Paulo Coelho e seu Jazz, em 1936; durante a maior parte dos anos 1930, não houve concorrência para o pianista e seu conjunto na noite de Porto Alegre

Paulo Coelho e seu Jazz, em 1936; durante a maior parte dos anos 1930, não houve concorrência para o pianista e seu conjunto na noite de Porto Alegre

ACERVO MARCELLO CAMPOS/REPRODUÇÃO/JC
Instrumentista, arranjador e band-leader, Paulo Coelho (1910-1941) foi figura de destaque na cena musical de Porto Alegre da primeira metade do século XX

Instrumentista, arranjador e band-leader, Paulo Coelho (1910-1941) foi figura de destaque na cena musical de Porto Alegre da primeira metade do século XX

ACERVO MARCELLO CAMPOS/REPRODUÇÃO/JC
1940 - Paulo Coelho retraro perfil 2 (acervo Marcello Campos)

1940 - Paulo Coelho retraro perfil 2 (acervo Marcello Campos)

ACERVO MARCELLO CAMPOS/REPRODUÇÃO/JC
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Marcello Campos
Em meio ao entra-e-sai de artistas na Rádio Farroupilha em certa noite de 1937, os músicos cegos Artur Elsner e Juvenal Guedes trocam empurrões. A hostilidade é recente e insuflada por supostos comentários desabonadores de um a respeito do outro nos bastidores e até um galanteio do segundo sobre a esposa do primeiro. Sem desconfiarem de mais uma troça do “Gordo”, eles avançam para os empurrões e a coisa sai de controle, até que o sacana – ali presente para o desfecho da armação – faz suas vítimas correrem baratinadas pelo estúdio: “De faca, não!”.
Em meio ao entra-e-sai de artistas na Rádio Farroupilha em certa noite de 1937, os músicos cegos Artur Elsner e Juvenal Guedes trocam empurrões. A hostilidade é recente e insuflada por supostos comentários desabonadores de um a respeito do outro nos bastidores e até um galanteio do segundo sobre a esposa do primeiro. Sem desconfiarem de mais uma troça do “Gordo”, eles avançam para os empurrões e a coisa sai de controle, até que o sacana – ali presente para o desfecho da armação – faz suas vítimas correrem baratinadas pelo estúdio: “De faca, não!”.
Na autoria desse e de outros incontáveis trotes, o lendário Paulo Coelho. Cerca de 1m70cm e 120 quilos embrulhados no terno amarrotado. Cabelo castanho-claro em rebeldia domada à gomalina. Óculos de aro redondo ajeitado pelo dedo sobre o nariz a todo momento, quase em cacoete. Bigode-lápis no sorriso maroto de quem já maquinou a próxima gozação. Moldura improvável para um dos mais brilhantes pianistas da história de uma cidade dedilhada por maiorais como Radamés Gnattali, Délcio Pinheiro, Manfredo Fest, Peixoto Primo, Adão Pinheiro, Geraldo Flach, Dunia Elias, Luiz Mauro Filho, Dionara Schneider, Michel Dorfman, Fernando Corona e Luciano Leães.
 
“Ele fazia misérias no instrumento, principalmente após a meia-noite, como dono de todos os ritmos, enriquecidos por seu modo pessoal de executá-los com o senso do acompanhamento e o gênio da improvisação, sendo capaz de desafinar de propósito para acompanhar algum cantor desafinado. O homem valia sozinho por todo o espetáculo”, escreveria o escritor Carlos Reverbel em crônica de 1978 no Correio do Povo. Mesmo com bairrismos e exageros, sobram relatos de uma técnica supostamente sem igual, digna do título concedido pela imprensa – “O rival de si mesmo”.
 
No primeiro volume de sua bíblia Porto Alegre, Uma Biografia Musical (2022), o jornalista e pesquisador Arthur de Faria, 55 anos, dá crédito a uma das conhecidas façanhas do rechonchudo personagem: “Eventualmente, Paulo se dava ao luxo de fazer concertos solo, indo de Beethoven a Liszt. E oferecendo, de brinde, exibições gratuitas de destreza, como a de tocar dois pianos ao mesmo tempo. ‘Ah, mas essa é fácil... Com dois instrumentos à mão e um ângulo favorável, qualquer pianista faz isso...’. É? Só que ele tocava uma música diferente em cada”.
 
Essa saga começa com um menino precoce e “arteiro mas de bom coração”, na definição de uma prima. Nascido em 11 de fevereiro de 1910, filho único de um casal de professores de música (ele violoncelo e ela piano, instrumento também tocado pela avó paterna), Paulo de Almeida Coelho ainda tinha como padrinho o compositor erudito Araújo Vianna. Consta que, aos 5 anos, não só dominava as teclas como reconhecia de ouvido qualquer nota ou acorde, para espanto dos marmanjos a circular pela casa da família na rua Riachuelo próximo ao Alto da Bronze, no Centro.
 
As conexões do casal levaram o guri aos ouvidos de Guilherme Fontainha, diretor do Conservatório de Música e que, sem titubeio, o indicou ao curso de piano da instituição, um dos embriões do Instituto de Artes da Ufrgs. Matriculado com 9 anos e diplomado com láurea aos 15, o prodígio erudito daria assento ao instrumentista de repertório popular, motivado por questões pessoais, estéticas e financeiras: o adolescente desconfortável na sisudez dos concertos e aberto ao ecletismo dos gêneros sonoros em ascensão nos círculos menos elitizados precisava pegar no batente.
 
O falecimento do pai havia decretado a mudança de Paulo e a mãe para a casa de uma tia, onde a urgência de reforço no orçamento naturalmente o empurrou para a trilha sonora ao vivo dos cafés, bares, restaurantes, cineteatros, cabarés e clubes sociais, com suas orquestras, jazz bands, típicas, regionais e outros conjuntos. Em um ambiente movido a música, o improvisador de alta técnica e muito suingue não demorou a se tornar “o pianista número 1 da cidade”, com uma vida de melodia breve e ritmo intenso em partitura pontuada por drama, ação e comédia.

Batucando forte as teclas da vida

Paulo Coelho em Buenos Aires, com sua jazz band, acompanhado pela voz de Horacina Correa (1938)

Paulo Coelho em Buenos Aires, com sua jazz band, acompanhado pela voz de Horacina Correa (1938)

ACERVO MARCELLO CAMPOS/REPRODUÇÃO/JC
Um jovem Paulo Coelho faz uma pausa para o cigarro, em foto de 1929

Um jovem Paulo Coelho faz uma pausa para o cigarro, em foto de 1929

ACERVO MARCELLO CAMPOS/REPRODUÇÃO/JC
Gastando os dedos como atração fixa de endereços concorridos no burburinho do Centro, Paulo Coelho passou a liderar seu próprio conjunto antes dos 20 anos. A companhia de alguns dos melhores cantores e instrumentistas em valsas, tangos, sambas, maxixes, foxes e outros quetais mostrava que o pianista não estava para brincadeira - mesmo já dando vazão ao espírito pândego que contribuiria para eternizar seu nome no anedotário local. Em reminiscências reunidas no livro Rua da Praia (1971), o jornalista Nilo Ruschel dedica longos parágrafos ao personagem.
Um dos trechos menciona as canjas de iniciantes entre os alvos prediletos do sujeito estabanado e zombeteiro, que não perdia oportunidade para suas pegadinhas. "Músico novato em busca de aproximação era convidado ao piano. Paulo descia para as mesas de bar, a pretexto de um descanso, sem descuidar da senha ao saxofonista. Mal o estreante entrava pela partitura, o colega punha-se a florear complicadíssimas variações, jogando fora o desprevenido (...)". Veteranos também não eram poupados, pegos no contrapé com arranjos completamente diferentes do ensaiado.
Galhofas à parte, a qualidade das performances em cafés como Colombo, Florida e Central não passava despercebida a forasteiros de renome. O músico Pixinguinha foi um dos que tentaram levá-lo na bagagem para o Rio de Janeiro, mas a resistência em deixar a cidade de tantos colegas e amigos só seria vencida em 1929, com as primeiras apresentações de sua turma pelo interior gaúcho e países vizinhos. Até que uma tragédia pessoal deixasse sequelas psicológicas - evidenciadas pela mudança de silhueta. 

Em foto de 1932, Paulo Coelho faz pose em uma rua de Santa Maria

Em foto de 1932, Paulo Coelho faz pose em uma rua de Santa Maria

ACERVO MARCELLO CAMPOS/DIVULGAÇÃO/JC
O pianista cumpria temporada na Argentina quando, em 1932, a paixão correspondida pela jovem local Elvira Catinelli o levou a se fixar em Córdoba, casado e com o bebê Luiz Domingos a caminho. Baratinado pela morte da esposa no parto, deixou o menino para sempre com os avós maternos, voltando para uma Porto Alegre onde a saúde precária da mãe logo o confrontaria com outra perda. Os ruídos existenciais abafados com comida, cigarro, álcool e boemia fizeram do rapaz magro e jovial um homem obeso e de aparência dissonante com seus 20 e poucos anos.

Sem prejuízos à música e ao espírito agregador e bonachão ("Ninguém lhe ouvia confidências de tristeza", anota Nilo Ruschel em suas memórias), o então 'Gordo' ou 'Bolota' retomou o status de que usufruía na capital gaúcha (que ele chegaria a trocar pelo Rio durante alguns meses, até ser vencido pela saudade de casa). O novo esquema teria piano, saxofone, trompete, clarinete, trombone, contrabaixo, bateria, pandeiro, tamborim, uma ou duas vozes (para diferentes gêneros musicais) e até um violão eletrificado.

"Um grupo desse tamanho precisava de arranjos escritos, na linguagem das big bands, com tudo dividido por naipes. Como era muito difícil conseguir os originais estadunidenses, Paulo começara a escrever os seus próprios arranjos, fato que o tornava um precursor, antes do conterrâneo e colega de geração Radamés Gnattali, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro", chama a atenção Arthur de Faria. O sucesso do bando a levou para outro ambiente em alta na segunda metade da década de 1930: o rádio, com todo seu alcance e repercussão.

Nas ondas do rádio

Paulo Coelho com Carmen Miranda e Mario Reis (ao alto, à dir), em 1935

Paulo Coelho com Carmen Miranda e Mario Reis (ao alto, à dir), em 1935

ACERVO MARCELLO CAMPOS/REPRODUÇÃO/JC
A experiência na pioneira Rádio Gaúcha e o currículo por demais conhecido credenciaram Paulo Coelho a um contrato de exclusividade com a Farroupilha, "A mais potente", inaugurada em 1935 - fotos da noitada de estreia mostram a gangue perfilada aos convidados especiais Mario Reis e Carmen Miranda, que futuramente exigiria a cama sonora do 'Gordo' para se apresentar em Porto Alegre. Exceto por um namorico com a Difusora no ano seguinte, ele faria do casarão nos altos do Viaduto da Borges quase um segundo lar, amplificando a projeção do seu turbilhão de melodias.
Pelos sete anos seguintes, "o pianista número 1 da cidade" foi destaque constante na programação noturna. Números de "orquestra". Solos de piano. Acompanhamento de artistas. Arranjos inéditos para standards e novidades nacionais ou estrangeiras. Composições próprias. A presença constante na coluna A Voz do Ouvinte, da Folha da Tarde, que comentou uma das renovações de contrato do grupo, em 1936: "No que que concerne à música leve, os broadcastings concorrentes terão de organizar conjuntos que se aproximem ao máximo do jazz de Paulo Coelho".
"Ao longo daquela década não houve páreo para o Jazz de Paulo Coelho", garante Arthur de Faria, lembrando que a imprensa inclusive chamava o músico de "Paul Whiteman gaúcho", em alusão ao famoso líder norte-americano de big band que havia estrelado o filme The King of Jazz [1930] - uma semelhança física e musical de fato merecedora de comparações. "Vamos tirar o chapéu diante do talento do rapaz, porque ele é braço de verdade", elogiou o repórter Rivadávia de Souza em entrevista com o 'Gordo' em junho de 1936.
Não havia bônus sem ônus, porém, e o 'Bolota' se submetia a jornadas exaustivas dentro e fora do ambiente radiofônico. "Tome nota, doutor, trabalho hoje em sete programas!", queixou-se Paulo Coelho ao diretor da Farroupilha, Arnaldo Ballvé, no início de 1937. Sem contar a agenda sobrecarregada de compromissos nos palcos, turnês pelo Interior gaúcho e excursões a Buenos Aires, em viagens de trem aproveitadas para incrementar o repertório de pegadinhas.
Na tiração de sarro, aliás, os papeis às vezes se invertiam. Como na ocasião em que o escritor Erico Verissimo apresentava ao vivo um quadro infantil da emissora e perguntou, em pleno auditório, quem era o sujeito roliço a transitar por ali. "Ora, não conheces? É o nosso grande Paulo Coelho!", respondeu um locutor, ouvindo do cruzaltense um chiste com o título do programa: "Pois bem, vamos então associá-lo ao Clube dos Três Porquinhos... Moço, venha ao microfone e ronque três vezes para fazer a nossa saudação". Encabuladíssimo, o pianista atendeu ao pedido.
 

Um samba para o Alto da Bronze

1938 - Paulo Coelho - 78 RPM Alto da Bronze (Acervo Marcello Campos)

1938 - Paulo Coelho - 78 RPM Alto da Bronze (Acervo Marcello Campos)

ACERVO MARCELLO CAMPOS/REPRODUÇÃO/JC
Paulo Coelho também compunha temas instrumentais elogiadíssimos, como a valsa Quando se Abrir a Tua Janela, e colaborações com o letrista Plauto de Azambuja Soares, o repórter 'Foquinha' da Folha da Tarde. Apelidada pela imprensa de "Gordo e Magro", em alusão à famosa dupla de comediantes do cinema, a parceria resultou no único registro fonográfico do pianista - outros temas de sua autoria tiveram gravação em acetatos de uso interno da Farroupilha, esmigalhados em agosto de 1954 durante a invasão da rádio por getulistas inconformados com o suicídio do presidente.
A faixa é Alto da Bronze, samba de andamento médio e versão diluída pela estética das jazz bands. Lançado pela cantora Horacina Correa na programação da emissora em novembro de 1937, acabou "lascado no sulco" pela Odeon argentina durante turnê do 'Bolota' com 11 comparsas em Buenos Aires no semestre seguinte. Em uma época na qual poucos gaúchos tinham a chance de gravar, a façanha (novamente com Horacina, única mulher na viagem) alvoroçou os porto-alegrenses. "Só faltou o tapete vermelho quando o pessoal retornou, em julho de 1938", brinca Arthur de Faria.
Todo mundo curtiu a bolacha de quase 3 minutos, menos o coautor Foquinha. O intrépido jornalista cobria um percurso automobilístico de rua na Zona Sul, três meses antes, quando topou fazer test drive em uma 'barata' de corrida com o colega Sadi Rafael Saadi ao volante. Ao ingressar em alta velocidade na avenida Teresópolis, a manobra brusca para evitar o atropelamento de um pedestre desavisado causou múltipla capotagem. O piloto permaneceria meses em coma até se recuperar, mas seu pupilo não teve a mesma sorte. Morreu ali mesmo na pista, aos 23 anos.
A ode à praça da infância de Paulo Coelho ainda ganharia outras duas versões nas décadas seguintes, nas vozes das gaúchas Elis Regina, em 1974, e Lourdes Rodrigues (com acompanhamento de Geraldo Flach no teclado), em 2005. Ambas disponíveis nas plataformas digitais. Já a original com Horacina pode ser conferida no YouTube graças à gentileza de colecionadores, um dos quais compartilha o vídeo de um exemplar do disco de 78 rotações por minuto, rodando em ótimo estado na vitrola - 86 anos depois, são pouquíssimas as cópias conhecidas.
 

Um minuto de barulho

Última foto conhecida de Paulo Coelho, pouco antes de sua morte, em 1941

Última foto conhecida de Paulo Coelho, pouco antes de sua morte, em 1941

ACERVO MARCELLO CAMPOS/REPRODUÇÃO/JC
Adepto da filosofia lupiciniana de que o verdadeiro boêmio não renuncia, Paulo Coelho fazia vista grossa para uma condição física que, literalmente, começa a pesar em sua saúde no início da década de 1940. Mas a música não podia parar. A época coincide com uma breve experiência de dono de bar na Rua da Ladeira e o fim de seu conjunto, lacuna compensada pela atividade ainda robusta de solos e acompanhamentos na programação radiofônica, em rodízio com apresentações em bares, clubes e festivais artísticos, em meio a eventuais ausências por uma enfermidade não detalhada e sob ressalvas de "sensível melhora".
O 'Bolota' era também glutão em outro assunto: o futebol. Menos de 48 horas após trabalhar na Farroupilha, na tarde de 21 de setembro de 1941, ele saiu de casa no bairro Petrópolis para assistir a um jogo domingueiro entre Cruzeiro-POA e Grêmio pelo Campeonato Citadino, mesmo sendo colorado. Mas seu coração em descompasso parou de vez, aos 31 anos (!), antes do tombo na calçada da rua João Abbott a poucos metros da Protásio Alves. "Síncope cardíaca e tuberculose", atestou a partitura de óbito assinada pelo médico ucrano-gaúcho Maurício Kothlar - ex-saxofonista do conjunto.
Eventos foram cancelados durante a despedida no cemitério da Santa Casa de Misericórdia, com despesa pagas pela emissora e plateia condizente com o gênio que mantivera com a cidade um caso de amor recíproco. Os tributos prosseguiriam nos anos seguintes, incluindo a inauguração de uma pequena praça com seu nome no bairro Medianeira em 1948 e de um busto no local, quatro anos depois, por cortesia da Casa do Artista Riograndense. De paradeiro hoje desconhecido, a peça deu lugar em 1963 a uma placa de bronze, retirada pelos amigos do alheio em 1999 e jamais reposta.
A mais espontânea das homenagens, entretanto, teve como local um restaurante do Centro de Porto Alegre, certa noite de 1952, conforme testemunho do jornalista e então vereador Ary Veiga Sanhudo, que relembraria o episódio em seu livro Crônicas da Minha Cidade (1979). Conta ele que um grupo de músicos relembrava saudosos colegas de profissão quando um dos presentes interrompeu os discursos emocionados e, tomando a palavra, inverteu o tradicional pedido de 30 segundos de silêncio: "Ao infatigável Paulo Coelho, um minuto de barulho!".
 

* Marcello Campos é formado em Jornalismo, Publicidade & Propaganda (ambas pela PUCRS) e Artes Plásticas (UFRGS). Tem seis livros publicados, incluindo as biografias de Lupicínio Rodrigues, do Conjunto Melódico Norberto Baldauf e do garçom-advogado Dinarte Valentini (Bar do Beto). Há mais de uma década, dedica-se ao resgate de fatos, lugares e personagens porto-alegrenses. Contato: [email protected]

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