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Publicada em 31 de Outubro de 2025 às 10:50

Campanha Tudo Gira Sobre Rodas: entrevista com Neco Argenta

Neco Argenta, Presidente da Argenta

Neco Argenta, Presidente da Argenta

SETCERGS/ Divulgação/ JC
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1. Transporte e desenvolvimento: O transporte e a logística são pilares da vida moderna, da economia e do desenvolvimento regional. Na sua visão, qual é a importância estratégica do transporte rodoviário para o Rio Grande do Sul e para o funcionamento das cadeias produtivas do Estado?
“O transporte rodoviário é o meio de desenvolvimento gaúcho: é por ele que o jogo da economia acontece. Cada rodovia conecta o campo à cidade, o produtor à indústria e o produto ao mercado, garantindo que o Rio Grande do Sul avance unido.
Em um Estado com forte vocação agroindustrial, as estradas têm papel estratégico. Mais do que um canal logístico, elas são o elo que integra regiões e fortalece cadeias produtivas. Comparando com o futebol, investir em infraestrutura é como cuidar do gramado e treinar o entrosamento: sem isso, o time até tem talento, mas não consegue vencer o campeonato do desenvolvimento.”
2. Abastecimento e sobrevivência: Caso os caminhões parassem, o que aconteceria com o abastecimento do Estado — tanto de combustíveis quanto de alimentos e insumos? Quanto tempo o RS resistiria sem o transporte rodoviário em operação?
“Se os caminhões parassem, o Rio Grande do Sul pararia junto. Pode soar exagerado, mas é a pura verdade. O transporte rodoviário é o alicerce do abastecimento de combustíveis, alimentos, medicamentos e insumos. Em menos de uma semana, veríamos prateleiras vazias, indústrias paralisadas e, talvez, postos sem combustível.
O sistema logístico do Estado depende quase totalmente das estradas. Sem o transporte rodoviário, a economia deixa de girar. As refinarias não distribuem, os supermercados não reabastecem, e até os serviços essenciais entram em colapso.
Em dois ou três dias, começariam os primeiros impactos perceptíveis. Em pouco mais de uma semana, o Estado sentiria o peso total da paralisação.”
3. Reconhecimento do setor: O movimento Tudo Gira Sobre Rodas busca conscientizar a sociedade sobre o papel vital do transporte. Como o senhor avalia essa iniciativa em termos de valorização e reconhecimento do setor de transportes?
O movimento Tudo Gira Sobre Rodas é mais do que uma campanha — é um reconhecimento justo a quem mantém o Brasil em movimento. Há décadas atuando no setor de combustíveis e de distribuição, posso afirmar: nada acontece sem o transporte rodoviário.
É o caminhão que garante o abastecimento, é o motorista que vence as distâncias e é a logística que faz a economia girar. Essa campanha dá voz e visibilidade a um setor que, mesmo essencial, muitas vezes trabalha sem o devido reconhecimento.
O Tudo Gira Sobre Rodas mostra o que nós, que vivemos essa realidade, sempre soubemos: o transporte não é apenas parte do sistema, ele é o sistema. Valorizar o transporte é valorizar o desenvolvimento, o trabalho e a própria sobrevivência do país.”
4. Infraestrutura e rodovias gaúchas: A malha rodoviária do RS enfrenta gargalos históricos. Quais são, na sua opinião, os caminhos ou soluções mais urgentes para melhorar a infraestrutura viária do Estado?
“A verdade é que o Rio Grande do Sul não pode mais esperar. Passamos décadas discutindo o que deveria ter sido feito, e agora estamos pagando o preço da demora. A malha rodoviária do Estado é o retrato de um problema antigo, acumulado, que exige ação imediata. Precisamos encarar a infraestrutura como questão de sobrevivência econômica. Estrada boa não é luxo, é produtividade, competitividade e segurança. É o que mantém o transporte funcionando, o combustível circulando e os produtos chegando. E, sem isso, nenhum setor se sustenta.
As soluções precisam começar pelo básico: manutenção emergencial das rodovias críticas, conclusão de duplicações paradas e prioridade total para corredores logísticos estratégicos. Cada buraco tapado, cada ponte recuperada, cada quilômetro pavimentado é um investimento direto na capacidade do Rio Grande do Sul gerar riqueza.
Mas é preciso reconhecer que o Estado sozinho não tem recursos suficientes para realizar todas as melhorias que a malha viária exige. Por isso, as concessões rodoviárias tornam-se parte essencial da solução. Quando bem estruturadas, trazem eficiência, planejamento de longo prazo e garantem a manutenção constante das estradas. É um modelo que funciona, atrai investimentos e devolve à sociedade a infraestrutura segura e confiável que ela precisa.
O que falta não é diagnóstico, é decisão. O Rio Grande do Sul tem o conhecimento técnico, as empresas, a força de trabalho e a urgência necessária. Só falta entender que infraestrutura não é gasto: é futuro. O relógio está correndo — e quem para no meio da estrada, fica para trás.
5. O SELO “EU APOIO A VIDA — TRANSPORTE É TUDO”: O selo sintetiza a essência do movimento ao associar diretamente o transporte à vida. Como o senhor interpreta essa mensagem e o que ela representa para o setor de combustíveis e para a SIM Rede?
“O selo “Eu Apoio a Vida — Transporte é Tudo” traduz, em uma única frase, aquilo que nós, envolvidos diretamente com o setor, vivemos todos os dias: sem transporte, o Brasil para. Ele simboliza compromisso, responsabilidade e respeito pela vida — valores que estão no centro da nossa atuação.
Na SIM Rede, entendemos que apoiar o transporte é apoiar o desenvolvimento, o trabalho e a segurança de milhões de brasileiros. Adotar esse selo é afirmar publicamente o que já faz parte do nosso DNA: acreditar que o transporte é essencial, que a vida está em cada entrega, e que o futuro depende de quem mantém o país em movimento, com ética, segurança e propósito.
6. Engajamento empresarial: O fortalecimento dessa causa depende do engajamento das empresas gaúchas. De que forma as companhias — especialmente as que operam em rede e têm presença em todo o Estado — podem contribuir para ampliar e disseminar a campanha?
“O fortalecimento do transporte como causa estratégica depende, antes de tudo, do engajamento de quem faz a economia acontecer. Empresas que operam em rede e têm presença em todo o Estado têm um papel decisivo: elas podem ser multiplicadoras da mensagem.
Na prática, isso significa assumir a causa como parte do DNA da empresa: comunicar internamente a importância do transporte, adotar boas práticas de segurança e logística, e reforçar externamente, junto a clientes e parceiros, que cada produto que chega às mãos do consumidor depende de quem mantém o Estado em movimento.
Ao engajar-se, essas empresas transformam o selo “Eu Apoio a Vida — Transporte é Tudo” em algo vivo, que inspira respeito, confiança e credibilidade. É um ato de liderança: quem se posiciona assim não apenas valoriza o setor, mas fortalece a própria marca e contribui para que o transporte ganhe o reconhecimento que merece.
No final, o engajamento empresarial é mais do que apoio simbólico, é ação concreta, responsabilidade social e compromisso com o futuro do Estado. Quanto mais empresas se unirem a essa causa, mais forte será a mensagem de que o transporte não é apenas parte da economia, ele é a economia em movimento.”
Campanha SETCERGS | SETCERGS/ Divulgação/ JC
Campanha SETCERGS SETCERGS/ Divulgação/ JC
1. Transporte e desenvolvimento: O transporte e a logística são pilares da vida moderna, da economia e do desenvolvimento regional. Na sua visão, qual é a importância estratégica do transporte rodoviário para o Rio Grande do Sul e para o funcionamento das cadeias produtivas do Estado?
“O transporte rodoviário é o meio de desenvolvimento gaúcho: é por ele que o jogo da economia acontece. Cada rodovia conecta o campo à cidade, o produtor à indústria e o produto ao mercado, garantindo que o Rio Grande do Sul avance unido.
Em um Estado com forte vocação agroindustrial, as estradas têm papel estratégico. Mais do que um canal logístico, elas são o elo que integra regiões e fortalece cadeias produtivas. Comparando com o futebol, investir em infraestrutura é como cuidar do gramado e treinar o entrosamento: sem isso, o time até tem talento, mas não consegue vencer o campeonato do desenvolvimento.”
2. Abastecimento e sobrevivência: Caso os caminhões parassem, o que aconteceria com o abastecimento do Estado — tanto de combustíveis quanto de alimentos e insumos? Quanto tempo o RS resistiria sem o transporte rodoviário em operação?
“Se os caminhões parassem, o Rio Grande do Sul pararia junto. Pode soar exagerado, mas é a pura verdade. O transporte rodoviário é o alicerce do abastecimento de combustíveis, alimentos, medicamentos e insumos. Em menos de uma semana, veríamos prateleiras vazias, indústrias paralisadas e, talvez, postos sem combustível.
O sistema logístico do Estado depende quase totalmente das estradas. Sem o transporte rodoviário, a economia deixa de girar. As refinarias não distribuem, os supermercados não reabastecem, e até os serviços essenciais entram em colapso.
Em dois ou três dias, começariam os primeiros impactos perceptíveis. Em pouco mais de uma semana, o Estado sentiria o peso total da paralisação.”
3. Reconhecimento do setor: O movimento Tudo Gira Sobre Rodas busca conscientizar a sociedade sobre o papel vital do transporte. Como o senhor avalia essa iniciativa em termos de valorização e reconhecimento do setor de transportes?
O movimento Tudo Gira Sobre Rodas é mais do que uma campanha — é um reconhecimento justo a quem mantém o Brasil em movimento. Há décadas atuando no setor de combustíveis e de distribuição, posso afirmar: nada acontece sem o transporte rodoviário.
É o caminhão que garante o abastecimento, é o motorista que vence as distâncias e é a logística que faz a economia girar. Essa campanha dá voz e visibilidade a um setor que, mesmo essencial, muitas vezes trabalha sem o devido reconhecimento.
O Tudo Gira Sobre Rodas mostra o que nós, que vivemos essa realidade, sempre soubemos: o transporte não é apenas parte do sistema, ele é o sistema. Valorizar o transporte é valorizar o desenvolvimento, o trabalho e a própria sobrevivência do país.”
4. Infraestrutura e rodovias gaúchas: A malha rodoviária do RS enfrenta gargalos históricos. Quais são, na sua opinião, os caminhos ou soluções mais urgentes para melhorar a infraestrutura viária do Estado?
“A verdade é que o Rio Grande do Sul não pode mais esperar. Passamos décadas discutindo o que deveria ter sido feito, e agora estamos pagando o preço da demora. A malha rodoviária do Estado é o retrato de um problema antigo, acumulado, que exige ação imediata. Precisamos encarar a infraestrutura como questão de sobrevivência econômica. Estrada boa não é luxo, é produtividade, competitividade e segurança. É o que mantém o transporte funcionando, o combustível circulando e os produtos chegando. E, sem isso, nenhum setor se sustenta.
As soluções precisam começar pelo básico: manutenção emergencial das rodovias críticas, conclusão de duplicações paradas e prioridade total para corredores logísticos estratégicos. Cada buraco tapado, cada ponte recuperada, cada quilômetro pavimentado é um investimento direto na capacidade do Rio Grande do Sul gerar riqueza.
Mas é preciso reconhecer que o Estado sozinho não tem recursos suficientes para realizar todas as melhorias que a malha viária exige. Por isso, as concessões rodoviárias tornam-se parte essencial da solução. Quando bem estruturadas, trazem eficiência, planejamento de longo prazo e garantem a manutenção constante das estradas. É um modelo que funciona, atrai investimentos e devolve à sociedade a infraestrutura segura e confiável que ela precisa.
O que falta não é diagnóstico, é decisão. O Rio Grande do Sul tem o conhecimento técnico, as empresas, a força de trabalho e a urgência necessária. Só falta entender que infraestrutura não é gasto: é futuro. O relógio está correndo — e quem para no meio da estrada, fica para trás.
5. O SELO “EU APOIO A VIDA — TRANSPORTE É TUDO”: O selo sintetiza a essência do movimento ao associar diretamente o transporte à vida. Como o senhor interpreta essa mensagem e o que ela representa para o setor de combustíveis e para a SIM Rede?
“O selo “Eu Apoio a Vida — Transporte é Tudo” traduz, em uma única frase, aquilo que nós, envolvidos diretamente com o setor, vivemos todos os dias: sem transporte, o Brasil para. Ele simboliza compromisso, responsabilidade e respeito pela vida — valores que estão no centro da nossa atuação.
Na SIM Rede, entendemos que apoiar o transporte é apoiar o desenvolvimento, o trabalho e a segurança de milhões de brasileiros. Adotar esse selo é afirmar publicamente o que já faz parte do nosso DNA: acreditar que o transporte é essencial, que a vida está em cada entrega, e que o futuro depende de quem mantém o país em movimento, com ética, segurança e propósito.
6. Engajamento empresarial: O fortalecimento dessa causa depende do engajamento das empresas gaúchas. De que forma as companhias — especialmente as que operam em rede e têm presença em todo o Estado — podem contribuir para ampliar e disseminar a campanha?
“O fortalecimento do transporte como causa estratégica depende, antes de tudo, do engajamento de quem faz a economia acontecer. Empresas que operam em rede e têm presença em todo o Estado têm um papel decisivo: elas podem ser multiplicadoras da mensagem.
Na prática, isso significa assumir a causa como parte do DNA da empresa: comunicar internamente a importância do transporte, adotar boas práticas de segurança e logística, e reforçar externamente, junto a clientes e parceiros, que cada produto que chega às mãos do consumidor depende de quem mantém o Estado em movimento.
Ao engajar-se, essas empresas transformam o selo “Eu Apoio a Vida — Transporte é Tudo” em algo vivo, que inspira respeito, confiança e credibilidade. É um ato de liderança: quem se posiciona assim não apenas valoriza o setor, mas fortalece a própria marca e contribui para que o transporte ganhe o reconhecimento que merece.
No final, o engajamento empresarial é mais do que apoio simbólico, é ação concreta, responsabilidade social e compromisso com o futuro do Estado. Quanto mais empresas se unirem a essa causa, mais forte será a mensagem de que o transporte não é apenas parte da economia, ele é a economia em movimento.”
Campanha SETCERGS | SETCERGS/ Divulgação/ JC
Campanha SETCERGS SETCERGS/ Divulgação/ JC

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