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Missão RS nos EUA

Inovação

- Publicada em 13 de Março de 2022 às 13:34

Na SXSW, Leite defende inovação e meio ambiente no centro da agenda

Participação no evento de inovação também teve balanço da gestão frente ao governo do Estado

Participação no evento de inovação também teve balanço da gestão frente ao governo do Estado


Maicon Hinrichsen/Palácio Piratini/Divulgação/JC
Guilherme Kolling, de Austin
Guilherme Kolling, de Austin
Inovação, meio ambiente e inclusão social pautaram a participação do governador Eduardo Leite no festival South by Southwest (SXSW), um dos maiores eventos de inovação do mundo, que começou na sexta-feira (11) e segue até o próximo fim de semana em Austin, no Texas (EUA).
O painel no hotel Hilton teve uma hora e 11 minutos de conversa – primeiro respondendo a questões do mediador, o professor de História da Universidade do Texas, Seth Garfield, e depois do público – Leite discorreu sobre gestão pública e ESG, sigla em inglês para ações Ambientais, Sociais e de Governança. Tal como ocorreu em outras palestras que fez em seu roteiro nos Estados Unidos, brasileiros eram parte representativa da plateia.
O governador fez uma espécie de balanço de sua gestão no Rio Grande do Sul, citando reformas, ajuste fiscal, combate à pandemia e investimentos com recursos próprios. E também apresentou ideias para o futuro governo do Brasil. Mas na SXSW, a ênfase maior foi mesmo nos temas relacionados à inovação, meio ambiente e inclusão.
O governador salientou em sua palestra a centralidade da inovação na nova economia, sustentando que é um processo irreversível. Leite observou que são mudanças rápidas, que afetam o mercado de trabalho e causam inquietação nas pessoas, mas que é preciso encarar esse novo cenário e investir em formação e capacitação. Voltou a falar sobre o ecossistema tecnológico do Rio Grande do Sul, destacando o papel de universidades, empresas, startups e a qualidade da mão de obra gaúcha.
Na área ambiental, reiterou que pretende desativar gradativamente usinas a carvão – o Rio Grande do Sul tem duas –, citou o potencial em energias renováveis, com destaque para a geração eólica no Estado, e falou do projeto de produzir hidrogênio verde em Rio Grande, tema de várias agendas da missão.
Também destacou a importância de estarmos cada vez mais atentos às mudanças climáticas, dando o exemplo gaúcho, onde 80% dos municípios estão em situação de emergência em função da estiagem, e que esse estrago brutal na safra gaúcha, embora seja péssimo, não deixa de ser “uma oportunidade para as pessoas tomarem consciência das mudanças climáticas”.
Após fazer um balanço do que fez no Rio Grande Sul, Leite voltou a projetar o que é possível fazer no Brasil, como em outras palestras nos EUA. Não deixou de ser uma oportunidade para o governador apresentar um dos eixos de um possível pré-plano de governo em uma eventual candidatura à presidência da República – a eleição também esteve presente ao longo de toda a viagem nos Estados Unidos, e Leite respondeu sobre o tema ao público em diversas eventos.
Na George Washington University, na quinta-feira, o governador falou mais diretamente de um projeto de Brasil, destacando que a questão da sustentabilidade deve ser central em um futuro governo, não apenas em um ministério, mas fazendo parte de todas as ações. Também citou a inovação focada na economia do futuro como decisiva para o Brasil avançar. E ainda citou reformas e a importância de garantir auxílio à população mais pobre.
Sobre a disputa eleitoral em si, na SXSW, Leite descartou concorrer a vice-presidente, disse que não pretende disputar a reeleição ao Piratini e que está avaliando se candidatar ao Planalto. Foi por esse motivo, a propósito, acelerar as articulações de sua possível candidatura, que o governador antecipou em um dia o retorno dos Estados Unidos. Originalmente, a agenda de domingo seria dedicada a explorar a feira em Austin, com o retorno previsto para segunda-feira. Leite trocou a passagem e volta neste domingo (13) ao Brasil.
O governador espera para ver se consegue aglutinar a chamada terceira via, reunindo apoios para ter uma candidatura competitiva. Ele entende que há um caminho estreito entre as candidaturas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas que mesmo nesse ambiente polarizado é possível emergir uma terceira via, já que ambos têm muita rejeição. O desafio será fazer isso em uma campanha curta, com 60 dias de duração e 45 dias de propaganda de rádio e televisão. A decisão de Leite sobre sua candidatura será conhecida nos próximos dias.