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Publicada em 23 de Outubro de 2025 às 18:58

Investimento em fábrica no RS pode estar em plano futuro, diz presidente internacional da Valley

Schwietz listou condições que interferem em decisões de longo prazo

Schwietz listou condições que interferem em decisões de longo prazo

/PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Patrícia Comunello
Patrícia Comunello
De Omaha, Nebraska (EUA)
De Omaha, Nebraska (EUA)
O Rio Grande do Sul pode, sim, no futuro estar nos planos de investimentos da norte-americana e maior fabricante de pivôs para irrigação do mundo, a Valley. O Estado apresentou suas credenciais durante a Missão Gaúcha aos Estados Unidos, que teve nesta quinta-feira (23), no quarto dia de encontros e visitas da comitiva, agenda na sede do grupo Valmont, dono da Valley, em Omaha.  
O presidente internacional da companhia especialista em irrigação, John Schwietz, falou ao Jornal do Comércio, após o encontro com a comitiva gaúcha, que, no curto prazo, não há intenção de nova unidade no Brasil (a marca tem fábrica em Uberaba, em Minas Gerais), mas que, no longo prazo, a possibilidade pode ser avaliada.
Schwietz também apontou as condições que a companhia observa para tomar a decisão. A marca tem 40% do mercado de pivôs no Brasil. 
JC - Qual é a importância hoje do mercado brasileiro para a empresa?
John Schwietz - O Brasil é um dos mercados mais estratégicos do mundo, com potencial de longo prazo enorme. Quando olhamos o potencial da área irrigável, o País mostra grande espaço para ampliar a produção agrícola futura. Queremos fazer parte dessa transformação. Cada país no mundo tem um potencial e estamos em diversas regiões do mundo. As mudanças tarifárias e os conflitos comerciais geram necessidade de readequação, como nos Estados Unidos. Temos de ter flexibilidade para nossos clientes. O Brasil hoje tem estabilidade e acreditamos no investimento de longo prazo.
JC - Quais são as chances do Estado ter fábrica da empresa?
Schwietz - Mantemos todas as opções abertas para garantirmos capacidade de alcançar nossos clientes em qualquer parte do mundo. No curto prazo (nova unidade), isso não acontecerá. Mas, no longo prazo, tudo é possível. Um ponto a favor do Estado é que é forte na agricultura e temos muitos clientes gaúchos. Estou ansioso para visitar o Rio Grande do Sul nos próximos meses. Temos de avaliar o potencial no longo prazo. Com as mudanças climáticas e nos modelos nos últimos dez anos, esse potencial cresceu. O que vale para o Brasil em geral, mas, claro, o Estado, é um dos líderes do setor.
JC - Quais são as condições que a companhia leva em conta para decidir investimentos? 
Schwietz - Consideramos dois pontos para ter operação. Primeiro é o ambiente para negócio e as condições para contratar mão de obra, montar a fábrica e ter uma boa rede de fornecedores. O Rio Grande do Sul faz muito bem tudo isso. O segundo aspecto que avaliamos para abrir uma fábrica em uma nova localização é se ela atende melhor os nossos clientes frente ao fluxo atual. Fiquei com uma boa impressão da comitiva do Estado sobre o que é feito para ajudar os agricultores, com aporte de subsídios, além da intenção de reduzir a carga tributária.  

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