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Entrevista

- Publicada em 14 de Janeiro de 2022 às 18:01

Enfrentar crise da advocacia é prioridade para Lamachia

Leonardo Lamachia assume o cargo que já foi do seu irmão

Leonardo Lamachia assume o cargo que já foi do seu irmão


/OAB-RS/DIVULGAÇÃO/JC
A advocacia está no DNA da família Lamachia. Leonardo Lamachia assume o desafio de comandar a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Rio Grande do Sul, a renomada OAB-RS, pelos próximos três anos, depois de vencer a maior eleição de toda trajetória da OAB/RS. Realizado em modelo híbrido - presencial e remoto -, o pleito totalizou 48.198 votos registrados. Lamachia recebeu 29.502, o equivalente a cerca de 70% de votos válidos. Aos 46 anos de idade, Leonardo Lamachia assume a OAB-RS com 22 anos de exercício profissional e a experiência de em outras entidades - foi vice-presidente do Instituto dos Advogados e conselheiro da OAB-RS desde 2012 - até mesmo quando se trata de lazer, pois já atuou como diretor jurídico do Grêmio.
A advocacia está no DNA da família Lamachia. Leonardo Lamachia assume o desafio de comandar a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Rio Grande do Sul, a renomada OAB-RS, pelos próximos três anos, depois de vencer a maior eleição de toda trajetória da OAB/RS. Realizado em modelo híbrido - presencial e remoto -, o pleito totalizou 48.198 votos registrados. Lamachia recebeu 29.502, o equivalente a cerca de 70% de votos válidos. Aos 46 anos de idade, Leonardo Lamachia assume a OAB-RS com 22 anos de exercício profissional e a experiência de em outras entidades - foi vice-presidente do Instituto dos Advogados e conselheiro da OAB-RS desde 2012 - até mesmo quando se trata de lazer, pois já atuou como diretor jurídico do Grêmio.
Jornal da Lei - Quais são os principais desafios de sua gestão como presidente da OAB-RS?
Leonardo Lamachia - Nosso mandato começa no ano em que a OAB completa nove décadas. E este é o primeiro desafio: desenvolver um projeto que seja um marco dos 90 anos. Este momento histórico da Ordem chega com grandes desafios que necessitam de ação imediata. A advocacia gaúcha vive um dos seus momentos mais difíceis em função de três episódios: a greve dos servidores da Justiça, em 2019, a pandemia, em 2020, e o ataque hacker ao site do Tribunal de Justiça, em 2021. Essas são as três razões básicas que culminaram com o fechamento de centenas de escritórios e que também deixaram os advogados autônomos sem condições de trabalho. Para se ter uma ideia, em função da greve e do avanço da Covid-19, mais de 2,5 milhões de processos físicos ficaram parados por quase um ano no Tribunal de Justiça, muito tempo do ponto de vista da OAB/RS.
Jornal da Lei - De que forma a greve dos servidores da Justiça, a pandemia e o ataque hacker ao site do Tribunal de Justiça impactaram os profissionais do Direito?
Lamachia - Essa sucessão de fatos teve um efeito imenso e prejudicial paras atividades dos profissionais do Direito, que ficaram seu receber seus honorários. Primeiro tivemos a paralisação, o que fez com que os processos ficassem sem tramitar. Em seguida vieram os protocolos sanitários, o que levou à adoção do trabalho remoto, ou seja, os processos físicos seguiram sem tramitar e, com isso, os profissionais não conseguiam concluir seus processos e receber honorários. Esse efeito foi ainda maior e mais nefasto para pequenos escritórios e profissionais autônomos. Por isso, estamos desenvolvendo o Plano de Recuperação da Advocacia (PRA), que terá vários eixos, o primeiro com foco na crise financeira. Muitos profissionais estão em dívida com a OAB e, assim, ficam sem o registro. Queremos ajudar a resolver esta questão o mais breve possível, este é o desafio imediato da gestão.
Jornal da Lei - Quais seriam as soluções para desafogar este acúmulo de processos físicos?
Lamachia - Estamos pedindo ao Tribunal de Justiça o retorno dos trabalhos na integralidade dos horários para que se dê vasão aos processos ainda parados. É preciso ressaltar que, durante o período de teletrabalho, os processos físicos ficaram estancados. Por isso, defendemos que as audiências e julgamentos presenciais precisam ser retomadas o quanto antes. Sabemos que a virtualização da Justiça é uma medida que veio para ficar. Mas entendemos que essa modalidade não pode ser imposta, e sim uma opção. O que defendemos é que a audiência seja realizada dentro do Foro, com a presença do juiz, e que as partes envolvidas possam participar de forma presencial ou então de forma remota. O que precisa ficar claro é que o juiz necessita, sim, estar presente em sua comarca.

Atuação

Entidades de Classes de Advogados
Vice Presidente do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul - Iargs 2013/2015, 2016/2018 e 2019/2021
Conselheiro Titular da OAB/RS - Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Rio Grande do Sul 2013/2015, 2016/2018 e 2019/2021
Vice-Presidente da Comissão Nacional de Inteligência Artificial CFOAB 2019-2022
Diretor Tesoureiro do Instituto dos Advogados do RS - 2011/2012
Membro Titular do Conselho Diretor do Centro de Arbitragem da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Rio Grande do Sul - nomeado em dezembro de 2014
Membro efetivo da Comissão Nacional de Sociedade de Advogados do Conselho Federal da OAB 2007/2010
Entidades Empresariais
Diretor Jurídico da Associação dos Jovens Empresários de Porto Alegre 2000
Vice-Presidente da Associação dos Jovens Empresários de Porto Alegre 2001
Assessor Jurídico do SEBRAE/RS - desde 2001
Membro do Conselho da Câmara de Arbitragem da Federasul
Conselheiro do Conselho Estadual de Desburocratização e Empreendedorismo - desde 2019