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Publicada em 23 de Maio de 2025 às 00:15

Laticínios tem momento de estabilidade e boa renda

Darlan Palharini ressalta que produtor recebeu bem em 2024/2025

Darlan Palharini ressalta que produtor recebeu bem em 2024/2025

/TÂNIA MEINERZ/JC
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Loraine Luz
Depois de atravessar algumas dificuldades no início de ano, ocasionadas pelo clima não ideal em algumas regiões, e mesmo lidando perdas acumuladas nos últimos anos nas lavouras, o atual momento da indústria de laticínios do Estado é de estabilidade e boa rentabilidade.
Depois de atravessar algumas dificuldades no início de ano, ocasionadas pelo clima não ideal em algumas regiões, e mesmo lidando perdas acumuladas nos últimos anos nas lavouras, o atual momento da indústria de laticínios do Estado é de estabilidade e boa rentabilidade.
"O valor pago pelo leite vem remunerando muito bem a atividade. Há muitos anos, o produtor não tinha uma renda tão boa com o leite como se viu em 2024/2025. Foi possível organizar o caixa para manter investimentos mesmo com todas as dificuldades pontuais decorrentes das enchentes e das sucessivas estiagens", avalia Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).
Conforme o dirigente, no entanto, há muito a ser feito, no curto e médio prazos, além da demandas desafiantes, como negociações de ajustes tributários para o segmento — uma batalha que exigiu articulação para manter a competitividade do setor e os investimentos sustentados no Rio Grande do Sul.
"Temos que ganhar competitividade, e essa é a principal missão que temos pela frente para a próxima década. Temos que conseguir atingir a escala de produção e custo operacional dos nossos vizinhos do Prata (Uruguai e Argentina). Só assim nos tornaremos competitivos para fazer frente aos lácteos de outros países na disputa pelo mercado internacional", afirma Palharini.
Investimentos em nutrição adequada, que permita produzir leite com qualidade e na quantidade que as indústrias precisam, assim como aplicar genética de ponta nos rebanhos e melhorar a capacidade técnica da produção, estão no topo dos objetivos. Também se nota uma mudança no perfil produtor: estão em menor número mas entregando mais leite. Ainda assim, os parques industriais operam com capacidade operacional ociosa, ou seja, tem espaço para processar mais leite e os produtores podem produzir mais. Essa expansão percisa levar em conta a redução nos custos e a manutenção de margens de rentabilidade estáveis e positivas.
"Quando há desejo de evoluir, a migração para um modelo de negócio mais empresarial é possível", atesta o dirigente, defendendo que o setor assuma uma postura mais assertiva e profissional."Precisamos fazer o dever de casa. Olhar para nossos custos, assumir uma postura mais empresarial. Por sua origem com mão de obra familiar, o leite geralmente é gerenciado da mesma forma. Precisamos entender o negócio como uma empresa, trabalhando com dados, estatísticas e metas."
 

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