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Publicada em 23 de Maio de 2025 às 00:15

Crise climática pressiona por inovações na área de fertilizantes

Wally, da Yara, conta que companhia é a 1ª a produzir amônia renovável

Wally, da Yara, conta que companhia é a 1ª a produzir amônia renovável

/TÂNIA MEINERZ /JC
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Loraine Luz
Com um papel central no agronegócio, a produção de fertilizantes é uma das áreas mais demandadas pelos desafios envolvendo as mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável de toda a cadeia. Dona de um dos maiores e mais modernos parques de produção, mistura e expedição de fertilizantes da América Latina, localizado em Rio Grande, no Sul do Estado, a Yara Fertilizantes tem papel importante nos rumos dessa indústria para os próximos anos. O cenário nacional é de dependência externa, pois mais de 80% dos fertilizantes são importados, tendo a ampliação da produção como meta, a fim de reduzir vulnerabilidades e garantir a segurança agrícola.
Com um papel central no agronegócio, a produção de fertilizantes é uma das áreas mais demandadas pelos desafios envolvendo as mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável de toda a cadeia. Dona de um dos maiores e mais modernos parques de produção, mistura e expedição de fertilizantes da América Latina, localizado em Rio Grande, no Sul do Estado, a Yara Fertilizantes tem papel importante nos rumos dessa indústria para os próximos anos. O cenário nacional é de dependência externa, pois mais de 80% dos fertilizantes são importados, tendo a ampliação da produção como meta, a fim de reduzir vulnerabilidades e garantir a segurança agrícola.
"A mudança climática é o principal desafio global que enfrentamos e uma séria ameaça à produtividade agrícola", reconhece Marcio Wally, diretor comercial da Yara para a Região Sul. "Em 2024, a Yara deu passos importantes para ampliar sua atuação na descarbonização de sua produção e também do ecossistema em que está inserido", ressalta ele.
No ano passado, a empresa se tornou a primeira do País a produzir amônia renovável, em sua unidade industrial localizada em Cubatão (SP). A iniciativa usa biometano - biogás purificado gerado a partir de resíduos de cana-de-açúcar - como alternativa ao gás natural. O processo viabiliza a produção de fertilizantes nitrogenados e soluções industriais mais sustentáveis. Segundo a companhia, o avanço representa um marco para a indústria nacional. A inovação também reforça o papel estratégico da Yara na liderança da transição energética no Brasil. Outro destaque recente dos esforços da empresa no cenário de crise climática foi a criação do Yara Climate Choice, voltado à oferta de fertilizantes com menor pegada de carbono, como resultado de investimentos em tecnologias que buscam reduzir as emissões de gases de efeito estufa. "São fertilizantes produzidos a partir de fontes renováveis, como eletrólise da água com uso de energia limpa ou gás natural renovável. Essa abordagem pode resultar em até 90% de redução na pegada de carbono em comparação à produção convencional baseada em gás natural fóssil", aponta o executivo.

Força em solo gaúcho

 A Yara emprega 2 mil pessoas em três unidades produtivas (Porto Alegre, Rio Grande e Cruz Alta), além do efetivo no escritório da capital gaúcha.
 O Complexo de Rio Grande é, segundo a companhia, o maior e mais moderno parque de produção, mistura e expedição de fertilizantes da América Latina. É responsável por 5% da produção nacional de fertilizantes.
 Em 2016, a companhia destinou R$ 2,1 bilhões em investimentos no local. E, há dois anos, mais R$ 150 milhões, para modernização e ampliação da unidade. Os investimentos habilitaram a companhia a uma produção de 2,5 milhões de toneladas de fertilizantes por ano.

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