A piora dos indicadores da Covid-19 em todo o Estado fez com que o Gabinete de Crise do Palácio Piratini emitisse novos avisos para todas as 21 regiões. O mesmo já havia ocorrido
na semana passada, quando, depois de nove semanas sem notificações do Sistema 3As de Monitoramento da pandemia, os avisos voltaram a ser necessários.
De acordo com o monitoramento feito pelo governo, o aumento da contaminação já reflete no número de internados em leitos clínicos. Entre suspeitos e confirmados, houve um aumento de 320 pacientes nas últimas duas semanas, o que equivale a 83%. O número de internados em UTI também subiu nesta semana – são 50 pacientes a mais, entre suspeitos e confirmados. “É um momento preocupante. Esse período de contaminação se assemelha ao que vivemos quando da chegada da variante Ômicron, embora ainda não haja um reflexo nas internações na mesma proporção. Temos de evitar uma piora maior e precisamos contar com o apoio de toda a sociedade”, disse o governador Ranolfo Vieira Júnior.
Esse rápido aumento de casos, conforme observado em períodos anteriores, costuma trazer reflexos em internações e óbitos. Somado à ocorrência de outras doenças respiratórias, comuns durante os meses de outono e inverno, e dos casos de dengue, é possível que ocorra alta na procura por leitos de hospitais, o que reforça ainda mais a importância de que a população busque a dose de reforço e a segunda dose da vacina contra a Covid-19.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), cerca de 80% da população residente no Rio Grande do Sul está com o esquema vacinal primário (duas doses) completo, mas apenas 50,5% tomou a dose de reforço, completando o esquema vacinal. “Vacina é proteção. Precisamos avançar na cobertura vacinal com o objetivo evitar agravos, seja da influenza, seja da covid-19. A vacina evita doenças graves que podem levar pessoas a hospitalização. Previnam-se, busquem uma unidade de saúde no seu município”, alertou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Além da imunização, o governo do Estado reforça a importância do uso da máscara como prevenção contra a Covid-19. Embora não seja mais obrigatória, o uso segue recomendado em casos de aglomeração, especialmente por pessoas com a saúde debilitada ou que pertençam aos grupos de risco.
Em decorrência da piora dos indicadores, a reunião do Gabinete de Crise, que havia passado a ser quinzenal, voltará a ser semanal a partir da próxima semana.