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Coronavirus

- Publicada em 29 de Janeiro de 2021 às 12:34

Simers busca apoio para compra de vacinas pelo setor privado

Presidente do Simers, Marcelo Matias (E) esteve na sede da Fiergs nesta semana para tratar do tema

Presidente do Simers, Marcelo Matias (E) esteve na sede da Fiergs nesta semana para tratar do tema


Simers/Divulgação/JC
Thiago Copetti
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) buscou nesta semana o apoio da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) para a aquisição de vacinas contra a Covid-19 para todos os médicos do Estado. De acordo com o presidente da entidade, Marcelo Matias, o Simers tenta viabilizar a compra,mas esbarra em restrições impostas pelo governo federal.
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) buscou nesta semana o apoio da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) para a aquisição de vacinas contra a Covid-19 para todos os médicos do Estado. De acordo com o presidente da entidade, Marcelo Matias, o Simers tenta viabilizar a compra,mas esbarra em restrições impostas pelo governo federal.
Nessa quinta-feira (28), o governador Eduardo Leite se posicionou contrariamente à aquisição por parte de empresas privadas, enquanto o sistema público ainda tem dificuldade de obter maior ofertade imunizantes.
O presidente do Simers explica que, ao vacinar os médicos em geral de forma ampla, e outros profissionais da saúde, é também uma forma de reduzir a circulação da doença entre a população.
Matias avalia que os profissionais da saúde que não atuam diretamente com casos de Covid-19 têm contato diariamente com um grande número de pessoas. Por isso, também estão mais expostos a riscos pessoais e de se tornarem vetores de transmissão.
O dirigente do Simers decidiu buscar apoio da Fiergs por que já tem uma parceria com a entidade na compra de outras vacinas, como a da Gripe A (H1N1) há vários anos. A entidade já se reuniu com representantes da prefeitura de Porto Alegre para tratar do tema e pretende ampliar a busca por parcerias com mais administrações municipais.
O médico reforça, porém, que as barreiras financeiras estabelecidas pela União para compra pelo setor privado são o maior obstáculo para que a entidade consiga vacinar os cerca de 15 mil associados.
“O governo de uma maneira mais ampla tem dificultado a aquisição de vacinas por particulares, não só aumentando o preço que de US$ 5,00 ao público passa a US$ 25,00 ao privado. Ao obrigar a compra de duas vacinas (pois são duas doses), o valor vira US$ 50,00, o que impossibilita a compra individual”, detalha Matias.
Procurada pelo Jornal do Comércio, a Fiergs afirmou que no encontro tratou apenas da parceira tradicional de compra de vacinas.
A compra privada da vacina se tornou um dos principais debates nacionais recentes. Empresários tentam obter diretamente com o laboratório da AstraZeneca, que desenvolveu a vacina de Oxford, doses. A gigante farmacêutica negou que poderá fazer a venda. Clínicas e estabelecimentos de saúde privados também fazem movimentos para tentar importar lotes. 
A vacinação com as doses de uso emergencial fornecidas pelo setor público começou no dia 17. Por enquanto, são remessas da China e produção do Instituto Butantan, no caso da Corronavac, e da Índa (AstraZeneca). A aplicação é feita apenas em grupos prioritários da fase 1 do Plano Nacional de Imunização (PNI). 
Já o presidente Jair Bolsonaro se declarou favorável à compra pela iniciativa privada durante live organizada pelo banco Credit Suisse, na terça-feira (26), quando se referiu a uma negociação de 33 milhões de doses por um grupo de empresas. Do lote, quais 16,5 milhões seriam repassadas ao SUS gratuitamente.
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