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Coronavirus

- Publicada em 02 de Abril de 2020 às 13:55

Ovos têm demanda e preços em alta com agravamento da pandemia

Além da alta devido a procura maior, preços foram inflacionados pela alta do milho e do farelo de soja

Além da alta devido a procura maior, preços foram inflacionados pela alta do milho e do farelo de soja


THIAGO COPETTI/ESPECIAL/JC
Thiago Copetti
Na escala dos alimentos que tiveram demanda e preços ampliados pelo coronavírus, o ovo certamente está entre os itens no topo do ranking. Bandejas com o produto chegaram a se tornar escassas nos supermercados logo no início do isolamento social imposto no Brasil para conter o avanço do coronavírus.
Na escala dos alimentos que tiveram demanda e preços ampliados pelo coronavírus, o ovo certamente está entre os itens no topo do ranking. Bandejas com o produto chegaram a se tornar escassas nos supermercados logo no início do isolamento social imposto no Brasil para conter o avanço do coronavírus.
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De acordo com levantamento de preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), a dúzia do produto ficou 17,13% mais cara desde o início deste ano até final de março. Os valores pagos ao produtor subiram ainda mais, assim com os custos para alimentar o plantel, em índices bem superiores aos registros nas gôndolas.
De acordo com dados da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), os preços negociados no mercado de Bastos (SP), uma referência do setor, atingiram o recorde de R$ 117,32 (ovo branco) e R$ 132,68 (ovo vermelho) para a caixa com 30 dúzias. A alta, respectivamente, é de 36 % e 52% no comparativo com janeiro deste ano. Os custos, no entanto, também tiveram elevações nos mesmos patamares, destaca o diretor-executivo da entidade, José Eduardo dos Santos.
Com a estiagem, detalha Santos, a saca de 60 quilos de milho chegou a R$ 53, alta de 39,5% em relação ao mesmo período de 2019. E o item é insumo essencial para a criação. O farelo de soja, também fundamental para a alimentação animal, alcançou R$ 1,7 mil a tonelada, 40% a mais do que no ano passado, segundo a Asgav.
“A alta do preço e as dificuldades de entrega do produto devem ter mudanças em breve por questões logísticas também. Já os preços deve se normalizar um pouco, mas não muito, porque os custos seguem elevados”, alerta Santos.
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José Eduardo Santos ressalta que custos também subiram devido a alta dos custos de produção
O executivo acrescenta ainda que houve alta dos custos de produção registrados pela avicultura para se adequar a exigências para estruturas e aparelhamento das granjas em sistemas de biosseguridade entre 2018 e 2019. Ao todo, o Rio Grande do Sul conta com 40 granjas associadas à Asgav, que colocam no mercado 3,2 bilhões de ovos anualmente e representam cerca de 90% da produção gaúcha. O restante vem de aproximadamente outras 150 pequenas ou mini granjas.
A alta demanda, e a falta do produto em algumas gôndolas eventualmente, ocorreu por uma busca acelerada e concentrada nas últimas semanas devido à pandemia, segundo Andre Braz, coordenador da área de preços ao consumidor do Ibre/FGV, e por características especificas do produto.
“É uma proteína de fácil armazenamento e com valores acessíveis em relação à carne. Por isso ganhou espaço maior nas refeições das famílias brasileiras, que passaram fazê-las em casa, juntos e sempre. E com as incertezas, começaram a economizar ou por perda de renda e por temores quanto ao futuro”, analisa Braz.
A alta nos preços do produto começou ainda em fevereiro, diz o coordenador do Ibre, quando subiu 11,66%. E seguiu em março, um pouco menos, mas ainda forte, diz Braz, com 10,29% de incremento. No acumulado em 12 meses a alta é de 18,39%, de acordo com levantamento do Ibre no Rio Grande do Sul. Nacionalmente, o movimento é similar, assegura o representante do instituto.
As mudanças no mercado
  • O consumo de ovos no Estado já vinham em uma crescente há oito anos e agora se acentua ainda mais. Os gaúchos são os maiores consumidores nacionais do produto, comendo em média 253 ovos por habitante ano _ 24 a mais do que o registrado em 2013, e acima da média brasileira, de 240 ovos.
  • Com a pandemia do COVID_19, a população acelerou a compra de alimentos nos últimos dias, e o ovo por ser um alimento versátil e base para muitas outras refeições foi demandado em larga escala e num período curto de tempo (uma semana), o que impactou a logística de distribuição e abastecimento dos mercados e distribuidores.
  • Apesar da alta ao consumidor, as margens de ganho do produtor, pouco foram alteradas, já que os custos também subiram, assegura a Asgav, em proporção semelhante.
  • A logística de abastecimento, diz a entidade, deve se reestabelecer em breve, com equilíbrio de preços do ovo e de outros produtos voltando à normalidade.
Fonte: Asgav
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