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AGRONEGÓCIO

- Publicada em 30 de Junho de 2023 às 10:40

Cotrijal aposta na fidelização para crescer

Os bons números da Expodireto, realizada em março deste ano, reforçam o otimismo do mercado; o desafio de 2024 é ampliar ainda mais a área de exposição do parque

Os bons números da Expodireto, realizada em março deste ano, reforçam o otimismo do mercado; o desafio de 2024 é ampliar ainda mais a área de exposição do parque


Cotrijal/Divulgação/JC
Karen Viscardi, especial para o JC
Karen Viscardi, especial para o JC
O crescimento do faturamento e resultado da Cooperativa Cotrijal, de Não Me Toque, se mantém mesmo em anos difíceis. Para o presidente Nei César Manica, o desempenho é resultado da confiança que o produtor tem na cooperativa. A prestação de serviços, os eventos e a orientação técnica e o trabalho são alguns fatores que agregam um valor na relação com o associado. “O produtor reconhece que não é só plantar, colher e vender no mercado sem uma assistência e um acompanhamento”, explica Manica. Este é um trabalho que a Cotrijal faz o ano inteiro.
Dentro do cenário de anos com quebra de safra, são feitos os ajustes de forma a fortalecer ainda mais o cooperativismo. “O momento de crise é quando os produtores têm maior respaldo de suas cooperativas, que ajudam a equacionar as contas do produtor junto às instituições em épocas de dificuldade para que ele tenha condições de permanecer na propriedade”, relata Manica. Segundo o dirigente, a gestão profissionalizada faz a administração ter foco em investimentos, custos e negócio.
Entre os projetos recentes, a Cotrijal e outras cooperativas fazem parte do Grupo CCGL estão trabalhando para aumentar a qualidade e a produtividade do leite, por meio do apoio de uma rede técnica para o fortalecimento para implantação de plataforma de gestão nas propriedades. Nesta fase, os produtores estão cadastrando seus dados na plataforma.
Outros planos tiveram de ser postergados, como a mudança do sistema de gestão integrada ERP, que tem prazo de quatro a cinco anos para estar a pleno. Como não é considerado urgente, a implantação segue avançando, mas em ritmo menor. “O projeto se mantém, mas nesse momento demos uma segurada até para equacionar as questões do produtor, assim como outros investimentos. Logo volta à normalidade e voltamos a acelerar o andamento dos projetos.”
Outro fator que prejudica o resultado no campo é a redução da rentabilidade. De acordo com Manica, a atividade agrícola não comporta altas taxas de juros. Além das lavouras renderem em patamares menores, aumentou o valor do arrendamento e dos custos de produção na última safra. Ao mesmo tempo, houve queda nos preços internacionais e no mercado interno na comercialização.
Apesar das dificuldades, as expectativas são positivas. “Fazendo os ajustes necessários e alongando as dívidas dos produtores, voltamos à normalidade. Até porque a tendência é que tenhamos a incidência do fenômeno El Niño, de chuvas normais, uma boa safra novamente”, destaca o dirigente. Somada à expectativa de boa safra, os bons números da Feira Expodireto, realizada em março deste ano, reforçam o otimismo. O desafio da edição 2024 é ampliar ainda mais a área de exposição do parque para atender a lista de espera de empresas. Manica afirma que a Expodireto se tornou referência como uma grande feira internacional. “A cada ano vamos agregando novidades com muita cautela, para não perdermos o foco”, afirma.
Sobre novos projetos, o dirigente se mostra cauteloso. Primeiro, quer ter noção mais clara do cenário econômico. “Mas não vamos tirar do nosso planejamento toda a programação de investimentos”, adianta. Recentemente, o empresário esteve em Brasília, no Ministério da Agricultura e Banco do Brasil, com representantes do setor cooperativista, do agronegócio e do governo do Estado. “O governo federal tem de entender que o Brasil teve a maior safra da história, mas o Rio Grande do Sul não. É necessário vir um socorro para o Estado, recursos com taxas especiais para alongamento das dívidas e minimizar as perdas dos produtores”, afirma.

Ficha técnica 2022

Os bons números da Expodireto, realizada em março deste ano, reforçam o otimismo do mercado; o desafio de 2024 é ampliar ainda mais a área de exposição do parque

Os bons números da Expodireto, realizada em março deste ano, reforçam o otimismo do mercado; o desafio de 2024 é ampliar ainda mais a área de exposição do parque


Cotrijal/Divulgação/JC
O crescimento do faturamento e resultado da Cooperativa Cotrijal, de Não-Me-Toque e presente em 53 municípios, se mantém mesmo em anos difíceis. Para o presidente Nei César Manica, o desempenho é resultado da confiança do produtor na cooperativa. A prestação de serviços, os eventos, a orientação técnica e o trabalho são alguns fatores que agregam valor na relação com o associado. "O produtor reconhece que não é só plantar, colher e vender no mercado sem uma assistência e um acompanhamento", explica Manica. Este é um trabalho que a Cotrijal faz o ano inteiro.
Dentro do cenário de anos com quebra de safra, são feitos os ajustes de forma a fortalecer ainda mais o cooperativismo. "O momento de crise é quando os produtores têm maior respaldo de suas cooperativas, que ajudam a equacionar as contas do produtor junto às instituições em épocas de dificuldade para que ele tenha condições de permanecer na propriedade", relata Manica. Segundo o dirigente, a gestão profissionalizada faz a administração ter foco em investimentos, custos e negócio.
Entre os projetos recentes, a Cotrijal está trabalhando com a plataforma de gestão SmartCoop, criada pela Fecoagro, em conjunto com suas associadas. A ferramenta permite ao produtor, com interação e acompanhamento técnico, realizar a gestão da propriedade utilizando imagens via satélite, entre outros. Nesta fase, as cooperativas estão cadastrando as áreas e incluindo produtores.
Outros planos tiveram de ser postergados, como a mudança do sistema de gestão integrada ERP, que tem prazo de quatro a cinco anos para estar a pleno. Como não é considerado urgente, a implantação segue avançando, mas em ritmo menor. "O projeto se mantém, mas nesse momento demos uma segurada até para equacionar as questões do produtor, assim como outros investimentos. Logo retorna à normalidade e voltamos a acelerar o andamento dos projetos."
Outro fator que prejudica o resultado no campo é a redução da rentabilidade. De acordo com Manica, a atividade agrícola não comporta altas taxas de juros. Além das lavouras renderem em patamares menores, aumentou o valor do arrendamento e dos custos de produção na última safra. Ao mesmo tempo, houve queda nos preços internacionais e no mercado interno na comercialização.
Apesar das dificuldades, as expectativas são positivas. "Fazendo os ajustes necessários e alongando as dívidas dos produtores, voltamos à normalidade. Até porque a tendência é que tenhamos a incidência do fenômeno El Niño, de chuvas normais, uma boa safra novamente", destaca o dirigente. Somada à expectativa de boa safra, os bons números da Expodireto, realizada em março deste ano, reforçam o otimismo. O desafio da edição 2024 é ampliar ainda mais a área de exposição do parque para atender a lista de espera de empresas. Manica afirma que a Expodireto se tornou referência como uma grande feira internacional. "A cada ano vamos agregando novidades com muita cautela, para não perdermos o foco", afirma.
Sobre novos projetos, o dirigente se mostra cauteloso. Primeiro, quer ter noção mais clara do cenário econômico. "Mas não vamos tirar do nosso planejamento toda a programação de investimentos", adianta. Recentemente, o presidente da cooperativa esteve em Brasília, no Ministério da Agricultura e no Banco do Brasil, com representantes do setor cooperativista, do agronegócio e do governo do Estado. "O governo federal tem de entender que o Brasil teve a maior safra da história, mas o Rio Grande do Sul não. É necessário vir um socorro para o Estado, recursos com taxas especiais para alongamento das dívidas e minimizar as perdas dos produtores", afirma.