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CRÉDITO

- Publicada em 30 de Junho de 2022 às 19:05

Sicoob projeta abrir mais 45 agências no RS neste ano

'O cooperativismo se fortalece nos momentos difíceis', destaca Maria Luisa

'O cooperativismo se fortalece nos momentos difíceis', destaca Maria Luisa


José Somensi/Sicoob/Divulgação/JC
Uma cooperativa surgida a partir das demandas da comunidade e da necessidade de ajuda mútua. Assim começou o Sicoob, Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil, que atua de forma semelhante a um banco. Segundo Maria Luisa Lasarim, diretora Operacional do Sicoob, atualmente são mais de 6,2 milhões de cooperados em todo o Brasil, dos quais 1,2 milhão fazem parte do sistema regional em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Uma cooperativa surgida a partir das demandas da comunidade e da necessidade de ajuda mútua. Assim começou o Sicoob, Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil, que atua de forma semelhante a um banco. Segundo Maria Luisa Lasarim, diretora Operacional do Sicoob, atualmente são mais de 6,2 milhões de cooperados em todo o Brasil, dos quais 1,2 milhão fazem parte do sistema regional em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
No Estado, a presença é maior na Região Metropolitana de Porto Alegre, mas há um olhar especial para as pequenas cidades, onde o agronegócio é um dos principais motores da economia. O Sicoob está presente em 103 municípios gaúchos e a projeção é abrir 45 unidades até o final do ano, ultrapassando a marca de 100.
Jornal do Comércio - Como é a atuação do Sicoob?
Maria Luisa Lasarim - A atuação é semelhante a um banco. A grande diferença é que cada cooperado é dono e, assim, participa das decisões da cooperativa através das assembleias e dos conselhos de administração que são formados pelos integrantes. As condições de taxas de juros do crédito e de remuneração nas aplicações financeiras são mais atrativas que um banco, já que, no fim das contas, as sobras, que são o nosso "lucro", são devolvidas aos cooperados. Então, não faz sentido "ganhar" cobrando preços altos se, no fim, a cooperativa devolve as sobras para os cooperados.
JC - Por ser uma cooperativa do setor financeiro, de que forma o Sicoob difere dos serviços ofertados por um banco?
Maria Luisa - Pelo modelo de negócio. Outra grande diferença é o que chamamos de ganho social. Significa o que o cooperado deixou de pagar, por trabalhar com a sua cooperativa, e se tivesse operado com um banco. É a diferença de preço nas taxas e tarifas que no Sicoob são mais baixas. No ano passado, a média do ganho social foi de R$ 2,7 mil. Cada cooperado do Sicoob economizou este valor devido à nossa política de precificação, sem contar a devolução das sobras que são a devolução em dinheiro aos cooperados, ou o reinvestimento destas sobras com o aumento do Capital Social.
JC - Quais os produtos oferecidos pela cooperativa e quais podem ser destacados como diferenciais?
Maria Luisa - O Sicoob tem um portfólio completo. Eu destacaria o fato de não cobrar mais que o mercado pois nossas sobras são devolvidas aos cooperados. Nossos juros no crédito são menores, nossa remuneração ao aplicador é mais atrativa que o mercado, nossos juros no cartão de crédito e cheque especial são muito menores que os bancos tradicionais. O produto consórcio tem as menores taxas de administração, assim como nosso plano de Previdência Complementar, o Sicoob Previ, que é exclusivo aos cooperados. Temos uma seguradora própria e uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM), que nos permitem levar um portfólio completo aos nossos cooperados, no padrão de excelência do Sicoob.
JC - Quais destes produtos tiveram maior procura?
Maria Luisa - Historicamente, o Sicoob surgiu como uma instituição mais dedicada a captar recursos e emprestá-los. Com o fortalecimento do modelo cooperativista, temos o desafio de ser uma instituição completa, ou seja, atender de forma plena todos que desejarem participar da cooperativa, seja assalariado, empresário, autônomo, produtor rural, aposentado, jovens e crianças. No ano passado, sem dúvida, a grande procura foi para créditos e financiamentos. Tivemos uma demanda enorme e conseguimos atender a grande maioria dos negócios prospectados. Nossa expansão física, principalmente para o Rio Grande do Sul, também irá nos demandar como carro-chefe o crédito.
JC - Como foi o desempenho do Sicoob durante os dois anos de pandemia?
Maria Luisa - De forma geral e histórica, o cooperativismo se fortalece nos momentos difíceis. No sistema Sicoob, crescemos de R$ 117 bilhões de ativos totais (dezembro de 2019) para R$ 190 bilhões (dezembro de 2021), representando 62% de expansão. Podemos destacar que a liberação de crédito, no sistema Sicoob, ficou numa proporção bem acima dos bancos tradicionais que "frearam" os recursos. O Sicoob, na contramão do mercado, teve nos dois anos de pandemia 60% a mais de aprovações de propostas de crédito que a média. Fizemos esforços, também, na área de tecnologia para proporcionar o acesso ao SicoobNet e App Sicoob, sem a necessidade do cooperado se deslocar até uma agência para ser atendido.
JC - E como tem sido os resultados agora em 2022, a perspectiva é de melhora nos negócios?
Maria Luisa - Tem sido ainda melhor do que em 2021. Continuamos no nosso ritmo forte de crescimento no número de cooperados, número de agências físicas, depósitos, crédito e negócios de forma geral. Cabe destacar que o Sicoob é uma IF completa, com soluções como previdência complementar própria, consórcios, câmbio, cartões, aeguro, soluções de recebimento e pagamento para os cooperados, além de um portfólio completo de opções de investimentos, poupança e de crédito, incluindo o acesso às linhas de crédito do BNDES. Nossa expectativa é que nossos resultados cresçam minimamente 30%, que tem sido a nossa média nos últimos anos.
JC - De que forma a retração econômica surgida a partir da pandemia contribuiu ou prejudicou os negócios do Sicoob?
Maria Luisa - Com o início da pandemia, tivemos um crescimento muito grande dos investimentos financeiros, assim como o mercado de forma geral. As pessoas, diante das incertezas econômicas, optaram em não fazer investimentos produtivos e então o investimento financeiro de renda fixa ganhou protagonismo. Além do crescimento dos depósitos, no Sicoob, conseguimos aumentar o volume de créditos liberados. Em 2020, o Banco Central permitiu que alongássemos os créditos dos cooperados, criou programas de combate aos efeitos econômicos ocasionados pela Pandemia e o Sicoob é parceiro do governo federal. Temos acesso ao Pronampe, Fampe (Sebrae), além dos demais programas criados ou intensificados nos últimos 2 anos.
JC - Como a melhora na nota de avaliação de risco pela Fitch Ratings contribui para o trabalho?
Maria Luisa - A agência Fitch elevou o Rating do Sicoob no relatório mais recente, publicado em maio de 2022. Em junho de 2021, foi de AA- e agora em maio de 2022 passou para AA. A elevação da nota reflete a melhora do perfil de negócios e de risco do Sicoob, dos controles de governança. Além disso, o aumento do fundo de proteção Sicoob reflete os bons indicadores de qualidade de crédito, rentabilidade, capitalização, liquidez e bons controles dos níveis de risco. A elevação do rating traz maior credibilidade à marca.

Sicoob SC/RS

  • Fundação e sede: O Sicoob Central SC/RS nasceu no dia 8 de novembro de 1985. A sede é em Florianópolis (SC)
  • Receita: R$ 30,4 bilhões
  • Sobras: R$ 828 milhões
  • Associados: 1,2 milhão (2021)