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Indústria

- Publicada em 29 de Fevereiro de 2024 às 17:22

Com expectativa de aquecimento do mercado, Soprano avança no setor de construção

Matriz da companhia gaúcha está localizada em Farroupilha, onde conta com outras duas unidades

Matriz da companhia gaúcha está localizada em Farroupilha, onde conta com outras duas unidades


Felicitá Filmes/Divulgação/JC
Eduardo Torres, especial para o JC
Eduardo Torres, especial para o JC
Com aportes previstos em até R$ 36 milhões este ano, a Soprano, da Serra Gaúcha, empresa que atua nos segmentos de casa e construção, completa 70 anos em 2024 e encara este como um ano de adaptação do seu parque fabril para uma nova estratégia no mercado. O valor a ser investido é mais do que o dobro dos R$ 15 milhões aportados em 2023. A indústria, conhecida no País inteiro pelas fechaduras, por exemplo, trabalha, desde o final do último ano, na junção das suas operações de fechaduras e ferragens com as de materiais elétricos, em uma unidade que passa a ser considerada de materiais de construção.
É neste projeto que a empresa, que conta com três fábricas em Farroupilha, uma em Caxias do Sul e uma em Campo Grande (MS), investe a maior parte dos seus recursos neste ano, em torno de R$ 28 milhões. A estimativa, entre todas as suas operações, que incluem ainda a produção de utilidades térmicas, componentes para móveis e equipamentos para energia fotovoltaica, é fechar o ano com faturamento de R$ 1 bilhão e um crescimento em torno de 12% no mercado.
"Hoje estamos em fase de consolidação dessa junção que, na prática, dentro das nossas fábricas, já tem se tornado realidade. A mudança maior mesmo será na relação com o nosso consumidor. Então, a primeira parte do investimento, em torno de R$ 3 milhões, é destinada à reestruturação de equipes comerciais e de logística. Antes, nossos produtos como disjuntores ou tomadas eram vendidos separadamente em relação às fechaduras ou outros acessórios metálicos. Agora, fazem parte de um mesmo setor de venda, como soluções conjuntas para o setor construtivo", explica o vice-presidente da Soprano, Paulo Roberto Sachett.
Aquecimento na construção
E se nos grandes atacados essa venda passa a ser conjunta, o objetivo da Soprano neste ano, com esta nova estratégia, é ampliar fortemente a sua presença no e-commerce e nos pequenos varejos.
"Nossa capacidade instalada estará pronta para ampliar rapidamente a produção. A nossa expectativa é de que o setor de construção tenha, principalmente no segundo semestre, um aquecimento importante. Em todo o País, há uma demanda reprimida muito grande na habitação. Os novos programas habitacionais e a redução de juros nos favorecem como fornecedores de soluções para essas estruturas construtivas", explica Sachett.
A perspectiva com relação ao mercado vem acompanhada da maior parcela dos investimentos da Soprano neste ano. Serão R$ 25 milhões aportados na compra de novas máquinas e, aí sim, a adequação fabril para a unidade unificada de materiais de construção. A expectativa é de que as novas linhas já estejam operando a partir da metade do ano.
A estrutura da Soprano tem, em Caxias do Sul, a fábrica de componentes elétricos, como tomadas e disjuntores, em Farroupilha, uma das fábricas produz peças metálicas, outra o tratamento de superfícies, e a terceira, utilidades térmicas.
Avanço nas caixas térmicas
É para esta última unidade que a Soprano destina outra parte dos seus investimentos - em torno de R$ 8 milhões - neste ano, sobretudo na produção de caixas térmicas para o consumidor final.
"Há uma boa demanda, que cresceu muito a partir da pandemia e nós tratamos de nos adaptar, como é uma característica da Soprano nestes 70 anos, termos sempre versatilidade para entender as tendências do mercado. Foi assim como a unidade de térmicos e também com a de materiais fotovoltaicos, que surgiu dentro do nosso núcleo de elétricos, quando percebemos que, além de atuarmos nos materiais de consumo de energia, deveríamos estar presentes também na geração, e é um nicho que ainda tem muito espaço para crescer no mercado", explica o vice-presidente.
Com as chegadas de duas novas máquinas injetoras, já a partir de março a empresa espera produzir até 20% a mais destes produtos.
A Soprano emprega em torno de 1 mil funcionários. A partir de parcerias internacionais, metade dos seus produtos vêm do Exterior já industrializadas. A outra metade é produzida entre o Rio Grande do Sul e uma unidade de montagem, em Campo Grande (MS).
A estrutura da empresa da Serra se completa com três centros de distribuição, em Farroupilha, Caxias do Sul e Campo Grande.
FICHA TÉCNICA
Investimento: R$ 36 milhões
Estágio: Em execução
Empresa: Soprano
Cidades: Farroupilha e Caxias do Sul
Área: Indústria
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Investimentos em 2023: R$ 15 milhões