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Indústria

- Publicada em 21 de Agosto de 2023 às 17:05

Indústria de cimentos de baixa emissão de carbono inaugura o polo químico de Montenegro

Com investimento de R$ 100 milhões, a empresa paulista Himermix vai operar a Cimento Gaúcho

Com investimento de R$ 100 milhões, a empresa paulista Himermix vai operar a Cimento Gaúcho


Hipermix / Divulgação / JC
Com um investimento de R$ 100 milhões da empresa paulista Hipermix, será inaugurada nesta terça-feira (22), a primeira planta industrial do almejado polo químico de Montenegro, no Vale do Caí. Com a marca Cimento Gaúcho, a unidade terá, neste primeiro momento, capacidade de produzir 100 mil toneladas de cimento por ano, mas já há planos de investimentos de outros R$ 70 milhões para dobrar a produção em dois anos.
Com um investimento de R$ 100 milhões da empresa paulista Hipermix, será inaugurada nesta terça-feira (22), a primeira planta industrial do almejado polo químico de Montenegro, no Vale do Caí. Com a marca Cimento Gaúcho, a unidade terá, neste primeiro momento, capacidade de produzir 100 mil toneladas de cimento por ano, mas já há planos de investimentos de outros R$ 70 milhões para dobrar a produção em dois anos.
De acordo com o diretor de operações da Hipermix, Márcio Locatelli, serão gerados 70 empregos neste primeiro momento, para a operação da fábrica em uma área de 78 mil metros quadrados. A intenção é garantir, a partir de Montenegro, 10% da demanda gaúcha na área da construção civil.
"Já produzimos concreto no Rio Grande do Sul, mas esta será a nossa primeira fábrica de cimentos, já com uma das menores taxas de emissão de carbono na produção. Abaixo da média nacional e mundial", afirma o diretor de operações da Hipermix, Márcio Locatelli.
A estimativa é de que a produção tenha emissões 15% abaixo da média brasileira e até 25% menor do que os índices do setor no mundo. O segredo, aponta o diretor, está na matéria-prima. "Mais da metade de toda a matéria-prima é gaúcha e outras partes vêm do Uruguai", aponta.
A Cimento Gaúcho reaproveitará, por exemplo, as cinzas de carvão geradas a partir das lagoas de tratamento de resíduos da Braskem, quase vizinha, no Polo Petroquímico de Triunfo. A empresa mantém ainda tratativas para fornecimento de carvão a partir de Candiota.
O carvão, em abundância no Rio Grande do Sul, forma a chamada base de pozolana para a produção cimenteira. O resultado é um produto com maior impermeabilidade, durabilidade e estabilidade. 
De acordo com o CEO da M. Stortti Consulting Group, Maurênio Stortti, ainda em relação à produção gaúcha, há tratativas para o uso de resíduos de pedras de Ametista do Sul, por exemplo. A M. Stortti atuou na concepção do projeto em parceria com a Himermix, desde 2020.
Outra parceria fundamental para que o projeto fosse concretizado vem do Uruguai, e tem investimentos do ex-jogador Diego Lugano. Virá da cidade de Treinta y Três uma das principais matérias-primas para a produção do cimento, o klinker. Trata-se de uma pedra específica, que atua como trituradora no processamento do cimento, o que acaba otimizando a produção e gerando menor tempo gasto de energia e, por consequência, menores índices de emissões. 
Aposta na hidrovia
O elo com o Uruguai também representa um trunfo logístico para a nova fábrica. De acordo com Maurênio Stortti, a proximidade com o terminal portuário de Triunfo foi um dos principais aspectos para que a Cimento Gaúcho fosse instalada na área estadual de Montenegro. A empresa também já garantiu uma área no porto de Porto Alegre para as suas operações logísticas.
"Será mais um aspecto que tornará a produção mais limpa. São quase 400 caminhões que deixarão de rodar nas estradas gaúchas, optando pela hidrovia interna do Estado", aponta Stortti.
Segundo ele, a matéria-prima virá do Uruguai e de Candiota a partir do porto de Porto Alegre, e transportada até o terminal de Triunfo. O mesmo caminho será seguido após a produção do cimento.
Entre as prospecções feitas pela M. Stortti desde o início do projeto está, por exemplo, a retirada do papel da rota hidroviária mais eficiente entre o Rio Grande do Sul e Uruguai.
FICHA TÉCNICA
Investimento: R$ 100 milhões
Estágio: Concluído
Empresa: Hipermix
Cidade: Montenegro
Área: Indústria