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Energia

- Publicada em 14 de Março de 2023 às 17:44

Ceriluz vai investir mais de R$ 100 milhões em hidrelétrica no Rio Grande do Sul

Obras de construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Linha Onze Oeste, em Coronel Barros, já iniciaram

Obras de construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Linha Onze Oeste, em Coronel Barros, já iniciaram


CERILUZ/ DIVULGAÇÃO/JC
A cooperativa Ceriluz inicia o ano com uma projeção de investimentos acima de R$ 100 milhões somente em obras de geração de energia no Rio Grande do Sul. O aporte é maior do que o dobro do realizado em 2022, e a explicação está no principal projeto capitaneado pela cooperativa, que tem sede em Ijuí, nestes últimos anos. No ano passado, a construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Linha Onze Oeste, em Coronel Barros, com potência de 23,6 Megawatts, recebeu a licença de instalação e as obras iniciaram. Ao todo, o projeto demandará R$ 140 milhões em investimentos até 2024. Neste ano, serão aportados R$ 90 milhões neste projeto - em 2022, na fase inicial das obras, foram investidos R$ 20 milhões, e a perspectiva é de que sejam necessários outros R$ 30 milhões no próximo ano. As informações constam no Anuário de Investimentos 2023 do Jornal do Comércio.
A cooperativa Ceriluz inicia o ano com uma projeção de investimentos acima de R$ 100 milhões somente em obras de geração de energia no Rio Grande do Sul. O aporte é maior do que o dobro do realizado em 2022, e a explicação está no principal projeto capitaneado pela cooperativa, que tem sede em Ijuí, nestes últimos anos. No ano passado, a construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Linha Onze Oeste, em Coronel Barros, com potência de 23,6 Megawatts, recebeu a licença de instalação e as obras iniciaram. Ao todo, o projeto demandará R$ 140 milhões em investimentos até 2024. Neste ano, serão aportados R$ 90 milhões neste projeto - em 2022, na fase inicial das obras, foram investidos R$ 20 milhões, e a perspectiva é de que sejam necessários outros R$ 30 milhões no próximo ano. As informações constam no Anuário de Investimentos 2023 do Jornal do Comércio.
O plano de investimentos para este ano inclui ainda a perspectiva de R$ 14 milhões destinados a erguer a Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Ponte Nova, em Augusto Pestana. O empreendimento, com potência de 1,3 Megawatts, recebeu em fevereiro a licença de instalação e terá as obras iniciadas em maio, com previsão de entrega ainda neste ano. Será a segunda CGH do mesmo porte no município. No ano passado, foram concluídas as obras da CGH Augusto Pestana, com potência de 1,4 Megawatts na comunidade de Arroio Bonito.
O plano de investimentos, que ainda não inclui possíveis aportes em distribuição de energia _ em fase de análise _, foi apresentado em assembleia para os cooperados no final da última semana. Neste encontro, o Grupo Ceriluz, que reúne as operações de geração e distribuição de energia, anunciou lucro líquido de R$ 16 milhões no ano passado.
"Enquanto a Ceriluz Distribuição é uma cooperativa regulada pela Aneel, com um fluxo de caixa bastante linear, sem grandes surpresas, a Ceriluz Geração é uma cooperativa ainda jovem, em fase de crescimento, e que precisa fazer muitos investimentos. E a PCH Linha Onze, por exemplo, terá papel semelhante ao da PCH José Barasuol (erguida em 2004, em Ijuí), que na época exigiu um grande esforço, mas que trouxe muitos resultados e permitiu a expansão do grupo através da sua receita que viabilizou a construção das demais usinas que temos hoje”, explica o presidente da Ceriluz Geração, Iloir de Pauli, ao apontar as diferenças entre as duas operações da cooperativa.
É que os números de 2022, quando a Ceriluz investiu R$ 44 milhões _ R$ 12 milhões na área de distribuição _, foram considerados mais favoráveis à cooperativa de distribuição de energia, enquanto a geradora, além dos impactos da estiagem, que afetaram as suas receitas, tem destinados recursos para os projetos de investimentos, com a perspectiva de maiores retornos nos próximos anos.
Do resultado apurado em 2022, R$3,6 milhões foram colocados à disposição dos associados, que aprovaram a utilização dos valores na expansão e melhorias de infraestrutura da cooperativa.
“No ano passado, investimos aproximadamente R$ 1,5 milhão de sobras em um desconto na tarifa de energia de nossos associados. Neste ano, optamos por fazer melhorias nas redes, considerando o aumento das exigências de nossos associados, que a cada ano investem e consomem mais energia em suas residências e negócios”, destaca o presidente da Ceriluz Distribuição, Guilherme de Pauli.


Responsabilidade ambiental


Paralelamente à construção das duas novas CGHs e da PCH, a Ceriluz negocia créditos de carbono da sua produção hidrelétrica. A CGH Augusto Pestana e a PCH Linha Onze já estão credenciadas junto à ONU. Os créditos fazem parte de um mecanismo de flexibilização que auxilia países e empresas que possuem metas de redução de emissão de gases poluentes a alcança-las, adquirindo esses créditos de empresas e empreendimentos que não geram impactos.
Não é a primeira vez que a Ceriluz poderá receber valores oriundos de créditos de carbono. Em 2007, a cooperativa recebeu R$ 600 mil referentes à venda de créditos retroativos de energia na usina José Barasuol, entre os anos de 2004 e 2007. Uma empresa holandesa foi quem adquiriu aqueles créditos.
O licenciamento da PCH Linha Onze exigiu a elaboração de um Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno e das Águas do Reservatório (PACUERA). Entre os maiores desafios da construção está a abertura de um túnel adutor de quase 3 metros, com 12 metros de largura e 7,45 de altura. A obra desta estrutura iniciou em dezembro e só deve finalizar no início de 2024. Além do túnel, também está sendo criada uma barragem com 42 hectares de reservatório, a maior parte non leito do rio Ijuí.

FICHA TÉCNICA

Investimento: R$ 104 milhões
Empresa: Ceriluz
Cidades: Coronel Barros e Augusto Pestana
Área: Infrestrutura
Estágio: Em execução até 2024
Investimentos em 2022: R$ 44 milhões