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Publicada em 18 de Novembro de 2025 às 19:55

O crescimento do empreendedorismo feminino no Brasil

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O Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, celebrado neste 19 de novembro, encontra no Brasil um cenário de avanços relevantes, mas também de persistentes disparidades. Hoje, mais de 10 milhões de mulheres comandam um negócio no País, segundo pesquisa realizada pelo Sebrae. As mulheres são cerca de um terço dos donos de negócio, participando ativamente da geração de renda e emprego.
O Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, celebrado neste 19 de novembro, encontra no Brasil um cenário de avanços relevantes, mas também de persistentes disparidades. Hoje, mais de 10 milhões de mulheres comandam um negócio no País, segundo pesquisa realizada pelo Sebrae. As mulheres são cerca de um terço dos donos de negócio, participando ativamente da geração de renda e emprego.
A independência financeira e o desejo de aumentar a renda familiar são alguns dos fatores que motivam as mulheres a abrirem um empreendimento. Em muitos casos, é o empreendedorismo feminino que garante o sustento das famílias: de acordo com o Censo 2022, 49,1% dos lares brasileiros eram chefiados por mulheres, onde nem sempre há um homem como provedor. Além disso, empreender também pode ser um caminho para romper ciclos de violência, já que alcançar autonomia financeira é um dos meios para encerrar relações abusivas.
Apesar da ascensão feminina à frente dos empreendimentos, ainda há diferenças que expõem as desigualdades de gênero. As empreendedoras têm quase 50% mais probabilidade de fechar um negócio por motivos familiares ou pessoais do que os homens, conforme o Relatório GEM 2024/2025 sobre Empreendedorismo Feminino - Superando Desafios, Impulsionando Mudanças.
As responsabilidades e cuidados com filhos e pais idosos, por exemplo, podem gerar sobrecarga e tornar-se empecilho para a continuidade das empresas. Essa situação reforça a necessidade de que as iniciativas de apoio às mulheres sejam ampliadas, proporcionando a todas as empreendedoras a possibilidade de conciliar os negócios e a vida familiar.
A maioria das mulheres é microempreendedora (58%), seguida por proprietárias de pequenas empresas, com até 50 funcionários (19%). A realidade de conduzir sozinha uma empresa, ou ter uma rede de apoio reduzida, gera barreiras para gerenciar o empreendimento e também na busca de crédito, visto que muitas esbarram nas exigências de garantias que não possuem.
O Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino nos lembra que cada negócio comandado por uma mulher é um passo para a autonomia financeira e para a construção de um País mais equitativo. Apoiar o empreendedorismo feminino é também uma questão de justiça social e estratégia para o desenvolvimento econômico do Brasil.
 

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