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Publicada em 30 de Outubro de 2025 às 19:14

Feira do Livro: tempo de celebrar a leitura e o Centro Histórico

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A Praça da Alfândega recebe a partir desta sexta-feira mais uma edição da Feira do Livro de Porto Alegre. O evento, que está na 71ª edição, mantém o propósito que motivou o seu surgimento: o de aproximar a população dos livros, incentivando assim o hábito da leitura entre os diferentes públicos.
A Praça da Alfândega recebe a partir desta sexta-feira mais uma edição da Feira do Livro de Porto Alegre. O evento, que está na 71ª edição, mantém o propósito que motivou o seu surgimento: o de aproximar a população dos livros, incentivando assim o hábito da leitura entre os diferentes públicos.
Nos últimos anos, o número de leitores diminuiu no País. A 6ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada no ano passado, indicou que 53% dos brasileiros com cinco anos ou mais não leram nem parte de um livro em 2024. O levantamento, realizado em 208 municípios, mostra que apenas 47% da população se considera leitora. Reverter este cenário é um desafio por diversos fatores — entre eles o comprometimento da renda da população com as despesas do dia a dia, a falta de tempo e também os avanços tecnológicos que proporcionam outras formas de entretenimento.
Manter uma rotina de leitura é algo que pode — e deve — ser estimulado desde os primeiros anos de vida, antes ainda da alfabetização. Quem cresce ouvindo histórias, a partir do momento em que aprende a ler, tende a incorporar os momentos dedicados à leitura em seu cotidiano. O contato com as obras literárias dos mais diversos gêneros contribui para a ampliação do vocabulário, o desenvolvimento do senso crítico e a capacidade de interpretar diferentes visões de mundo. Ler aprimora a comunicação, a empatia e o raciocínio, habilidades essenciais não apenas para a formação pessoal, mas também para a trajetória profissional.
Em um mercado de trabalho que valoriza cada vez mais a capacidade de compreender, analisar e se expressar, o hábito da leitura torna-se um diferencial. Promover o acesso aos livros é investir em capital humano e em uma sociedade mais informada e participativa.
Além disso, a Feira do Livro é uma oportunidade para os moradores da Capital, e também de outras cidades, se reaproximarem do Centro Histórico. A região, que à época da criação do evento, em 1955, concentrava boa parte da vida econômica e social de Porto Alegre, perdeu movimento nos últimos anos com a migração de serviços e comércios para outras áreas.
Durante a feira, a Praça da Alfândega volta a ser ponto de encontro de diferentes gerações, reunindo famílias, estudantes, escritores e livreiros. A ocupação simbólica e afetiva do Centro estimula a circulação de pessoas, o comércio local e o sentimento de pertencimento à cidade. 

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