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Publicada em 26 de Outubro de 2025 às 17:23

Estratégias para enfrentar o La Niña no Rio Grande do Sul

ARTE/JC
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O fenômeno La Niña, marcado pela diminuição da ocorrência de chuvas, traz o receio de novos períodos de seca no Rio Grande do Sul. Nos últimos anos, o Estado sofreu com secas prolongadas que levaram ao racionamento de água em diversos municípios e causaram perdas na produção agrícola. Os prognósticos climáticos indicam que a Região Sul do Brasil sentirá novamente os efeitos da ocorrência do La Niña com chuvas mais espaçadas nos meses de verão.
O fenômeno La Niña, marcado pela diminuição da ocorrência de chuvas, traz o receio de novos períodos de seca no Rio Grande do Sul. Nos últimos anos, o Estado sofreu com secas prolongadas que levaram ao racionamento de água em diversos municípios e causaram perdas na produção agrícola. Os prognósticos climáticos indicam que a Região Sul do Brasil sentirá novamente os efeitos da ocorrência do La Niña com chuvas mais espaçadas nos meses de verão.
Embora as projeções indiquem que neste verão a duração do fenômeno será menor, a temporada reforça a importância da adoção de medidas para mitigar os impactos da escassez hídrica na rotina da população e os prejuízos à economia gaúcha. No primeiro semestre deste ano, o Estado contabilizou 200 cidades em situação de emergência em decorrência da seca.
Bagé, no Sul do Estado, é um exemplo dos reflexos da falta de chuvas. No ápice, chegou a adotar 15 horas de racionamento de água por dia devido ao baixo nível na barragem Sanga Rasa. A situação só foi normalizada no final de julho com a melhora das condições dos reservatórios.
O agronegócio, responsável por 40% do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho, acumulou perdas de R$ 319,1 bilhões segundo a Farsul entre 2020 e 2024, anos assolados por fortes estiagens no Estado. Diferentes culturas são afetadas, desde o plantio até a colheita de grãos, verduras, hortaliças e frutas.
Na pecuária, a qualidade do pasto e da alimentação de animais diminui, com perdas na produção de leite e no gado de corte. Além disso, as criações de várias espécies animais ficam sujeitas a ter o chamado estresse térmico causado pelo calor. As vendas do agronegócio caem no mercado interno e externo. Para a população, há uma menor oferta de alimentos e alta de preços.
Os investimentos em infraestrutura são essenciais para garantir a manutenção do fornecimento de água. Construção de barragens, cisternas e açudes e a perfuração de poços artesianos são algumas das iniciativas para enfrentar a insegurança hídrica. No meio rural, a irrigação, o manejo rotacionado das pastagens, o plantio direto e o emprego da tecnologia, entre outras medidas, revertem em benefícios.
A população tem um papel a desempenhar, evitando o desperdício de água. Com planejamento, boas práticas e o uso consciente da água, o Rio Grande do Sul pode enfrentar os períodos de seca, preservar a economia e o bem-estar.

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