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Publicada em 27 de Julho de 2025 às 17:08

Crescimento dos crimes virtuais desafia a segurança digital

ARTE/JC
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O Anuário da Segurança 2025, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra o avanço dos crimes cibernéticos no País. Enquanto os indicadores de homicídios e crimes patrimoniais apresentaram estabilidade e até recuo em algumas regiões no ano passado, a criminalidade cresceu no meio digital, ambiente onde empresas, instituições financeiras, governos e população estão mais vulneráveis.
O Anuário da Segurança 2025, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra o avanço dos crimes cibernéticos no País. Enquanto os indicadores de homicídios e crimes patrimoniais apresentaram estabilidade e até recuo em algumas regiões no ano passado, a criminalidade cresceu no meio digital, ambiente onde empresas, instituições financeiras, governos e população estão mais vulneráveis.
Segundo o levantamento, que utilizou dados das secretarias estaduais de segurança, das polícias e de outras fontes oficiais, os estelionatos — presenciais e eletrônicos — aumentaram 408% entre 2018 e 2024. No ano passado, o Brasil registrou 281.206 casos de fraudes eletrônicas, uma média de quatro golpes virtuais por minuto.
Os criminosos acompanham a digitalização da economia e, a cada nova ferramenta, desenvolvem métodos para aplicar golpes. Clonagem de WhatsApp, sites falsos de lojas, promoções enganosas em redes sociais e phishing (quando a vítima é induzida a fornecer dados pessoais, como senhas bancárias) estão entre os principais tipos de fraudes. Segundo a Febraban, essas ações causaram um prejuízo estimado em R$ 10,1 bilhões em 2024, apenas no setor financeiro.
As fraudes afetam não apenas o bolso do consumidor, mas também a credibilidade dos empreendedores. A desconfiança gerada prejudica as vendas digitais e impõe desafios a empresas de todos os portes que atuam no comércio eletrônico.
Para reverter os dados alarmantes sobre esse tipo de crime, é preciso que as empresas e instituições invistam em tecnologias que garantam a segurança das transações comerciais online. A realização de campanhas orientando a população sobre os golpes virtuais também contribui para reduzir os casos, a exemplo de iniciativas realizadas por instituições bancárias.
O combate aos golpes virtuais esbarra na dificuldade de identificar e responsabilizar os criminosos e pelo fato de que muitas das fraudes são cometidas por pessoas que estão no exterior. Esses fatores ajudam a explicar por que grande parte dos crimes permanece impune, e é preciso uma legislação atualizada para que sejam aplicadas as devidas punições.
Diante desse cenário, é urgente que o poder público e a iniciativa privada se unam para frear e reverter o avanço dos crimes virtuais no Brasil. Sem ações coordenadas, fiscalização rigorosa e punição, os golpistas continuarão explorando brechas legais e tecnológicas.

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