Porto Alegre vive, em 2025, um período de intensas intervenções urbanas que transformam o cotidiano. Das margens do Arroio Dilúvio ao histórico Viaduto Otávio Rocha, passando por inúmeros outros pontos da Capital, obras de diferentes portes têm gerado impactos significativos na rotina da população. A expectativa é que, quando concluídas, contribuam para qualificar a mobilidade urbana e a infraestrutura da cidade.
Essas melhorias são fundamentais para o desenvolvimento da Capital, mas têm testado a paciência dos motoristas, sobretudo pela lentidão no tráfego. Um exemplo são os congestionamentos em horários de pico, agravados pelo bloqueio da ponte sobre o Arroio Dilúvio no acesso às ruas Ramiro Barcelos e São Luís, além das interrupções de pista na avenida Ipiranga, onde ocorre a recuperação dos taludes do arroio.
A partir da próxima segunda-feira (28), outro ponto estratégico da cidade entrará em obras: o corredor humanitário da avenida Júlio de Castilhos. A pista elevada, construída no ano passado como solução emergencial para acesso ao Centro durante a enchente, será reformulada. A estrutura vinha sendo alvo de críticas desde que perdeu sua função original. Agora, passará por remoção do canteiro central, realocação de meios-fios, pavimentação, alargamento da via e novo calçamento. Para isso, o trânsito funcionará em meia pista, o que deve agravar ainda mais os congestionamentos em horários de movimento.
A passarela de pedestres sobre a Júlio de Castilhos, demolida para viabilizar o corredor, ainda não tem previsão de reconstrução. A ausência da estrutura compromete a segurança de quem se desloca entre a Rodoviária e a avenida, obrigando a travessia junto a sinaleiras e faixas, nem sempre respeitadas por motoristas.
Já a revitalização do Viaduto Otávio Rocha impactou o transporte público com a mudança de paradas de ônibus e bloqueios na avenida Borges de Medeiros. Prevista para maio de 2024, a conclusão da obra foi adiada várias vezes e, agora, deve ocorrer apenas no último trimestre do ano.
A importância das obras em andamento é inegável; o que se questiona é a morosidade na execução e os sucessivos atrasos. Para avançar, Porto Alegre precisa investir em infraestrutura com planejamento e agilidade, evitando que os transtornos diários enfrentados por motoristas, pedestres e comerciantes se convertam em prejuízos permanentes.