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Publicada em 07 de Julho de 2025 às 17:54

Casos de sarampo reforçam a importância da vacinação

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A confirmação de cinco casos de sarampo no Brasil em 2025 e a chegada das férias de julho, quando muitas pessoas viajam, aumentam o risco de reintrodução do vírus e reforçam a importância do esquema completo de imunização. No Rio Grande do Sul, a cobertura vacinal com a primeira dose (aos 12 meses de idade) atingiu 98,26%, superando a meta mínima de 95%. Já a segunda dose, administrada aos 15 meses, teve cobertura de 85,63% no Estado, abaixo da meta ideal, o que acende um alerta.
A confirmação de cinco casos de sarampo no Brasil em 2025 e a chegada das férias de julho, quando muitas pessoas viajam, aumentam o risco de reintrodução do vírus e reforçam a importância do esquema completo de imunização. No Rio Grande do Sul, a cobertura vacinal com a primeira dose (aos 12 meses de idade) atingiu 98,26%, superando a meta mínima de 95%. Já a segunda dose, administrada aos 15 meses, teve cobertura de 85,63% no Estado, abaixo da meta ideal, o que acende um alerta.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), mais de 7 mil casos foram registrados em países das Américas em 2025. O sarampo endêmico - quando a doença circula com transmissão interna e sustentada em um território - foi considerado eliminado no Brasil em 2016 e novamente em 2023, após mais de um ano sem registro de casos autóctones. Entretanto, os casos recentes chamam a atenção das autoridades de saúde para a necessidade de manter a interrupção da transmissão local.
O perfil dos infectados é variado, envolvendo crianças e adultos. No Rio Grande do Sul, foi confirmado um caso em um homem de 50 anos com histórico de viagem internacional. No Distrito Federal, a infecção acometeu uma mulher de 35 anos, também com histórico de viagem. Em São Paulo, um homem de 31 anos contraiu o vírus, sem histórico de deslocamento ao exterior; a origem da transmissão segue sob investigação. No Rio de Janeiro, dois bebês menores de 1 ano, sem histórico vacinal, também foram diagnosticados. Em todos os casos, trata-se de infecções importadas ou em investigação, sem comprovação de transmissão sustentada.
Os sintomas do sarampo incluem febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, pequenas lesões na mucosa bucal e manchas vermelhas pelo corpo. A doença pode causar complicações graves, como pneumonia, otite média, diarreia intensa, encefalite (inflamação no cérebro) e cegueira, especialmente em crianças desnutridas ou imunocomprometidas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a transmissão global do vírus aumentou. Os dados mais recentes, referentes a 2023, apontam para 10,3 milhões de casos no mundo — um aumento de 20% em relação a 2022. Apesar disso, o número de mortes caiu, com cerca de 107.500 óbitos, a maioria em crianças menores de 5 anos.
Após a confirmação do caso no Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) elaborou um plano de intensificação vacinal em 35 municípios, voltado à população de 6 meses a 59 anos. Estão sendo aplicadas as vacinas Dupla Viral (sarampo e rubéola) e Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola), conforme a faixa etária e situação vacinal prévia. A medida é acertada, mas para ser eficaz exige adesão da população para manter o Estado livre da circulação endêmica do vírus.
 

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