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Publicada em 14 de Maio de 2025 às 18:52

Mata Atlântica sente os efeitos de eventos climáticos extremos

/ARTE/JC
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Os dados sobre o desmatamento da Mata Atlântica no Brasil mostram que é preciso investir em ações urgentes para mitigar os impactos de eventos climáticos extremos que, aliados à ação humana, podem reduzir ainda mais a área dessas florestas no País. O bioma Mata Atlântica correspondia a 15% do território brasileiro e compreendia uma área de 1.110.182 Km2 da costa do Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte. Atividades como agricultura, pecuária e extração de madeira ilegal reduziram o espaço ocupado por essas florestas a 12,5% nos últimos anos, com reflexos na fauna, flora e nascentes de rios.
Os dados sobre o desmatamento da Mata Atlântica no Brasil mostram que é preciso investir em ações urgentes para mitigar os impactos de eventos climáticos extremos que, aliados à ação humana, podem reduzir ainda mais a área dessas florestas no País. O bioma Mata Atlântica correspondia a 15% do território brasileiro e compreendia uma área de 1.110.182 Km2 da costa do Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte. Atividades como agricultura, pecuária e extração de madeira ilegal reduziram o espaço ocupado por essas florestas a 12,5% nos últimos anos, com reflexos na fauna, flora e nascentes de rios.
Os dados do Atlas da Mata Atlântica, realizado pela fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e o Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, desenvolvido em parceria pela SOS e MapBiomas, indicam um recuo no desmatamento entre 2023 e 2024. Em estados que sofreram grande incidência de chuva, vendavais e deslizamentos, as áreas de mata tiveram reduções.
É o caso do Rio Grande do Sul, impactado pela ação de temporais e enchentes no ano passado. A Mata Atlântica ocupava área aproximada de 87.871 km2, o que representa 31% do Estado. O desmatamento atingiu 3.307 hectares, neste caso não sob efeito exclusivo da mão humana, mas sim pela atuação das forças da natureza. As chuvas torrenciais entre o fim de abril e início de maio de 2024 provocaram movimentação de terras em encostas de morros e ao longo de rios, causando a queda de centenas de árvores e outras plantas. Desastres naturais em São Paulo e Rio de Janeiro também levaram a perdas em áreas de conservação.
O ranking do desmatamento é liderado pelo Piauí e Bahia, com 26.030 e 23.218 hectares desmatados respectivamente, segundo o SAD. No Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, onde é comum ocorrer a redução de florestas, conseguiram frear o desmatamento.
Manter e recuperar a Mata Atlântica é imprescindível para a conservação da sua biodiversidade, dos mananciais de águas e da regulação climática, com reflexo na vida de milhões de brasileiros. Medidas como replantio de árvores com espécies nativas, recuperação de nascentes e de animais ameaçados devem ser reforçadas para reverter o desmatamento. As iniciativas devem ter a atuação dos governos e instituições por meio de políticas públicas que garantam a preservação das áreas, mas sem esquecer da relevância da sociedade civil na defesa da preservação da Mata Atlântica.
 

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