O Rio Grande do Sul encerrou o primeiro trimestre de 2025 com números promissores em relação ao mercado de trabalho, ficando em terceiro lugar entre os estados que mais criaram vagas. Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados na semana passada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, foram geradas 69.490 vagas com carteira assinada entre janeiro e março, superando todo o ano de 2024, quando foram criadas 63.551 mil vagas.
Apenas em março, foram 8,9 mil empregos formais no Estado, com destaque para a Indústria, que criou 6.273 vagas, seguido por Serviços (5.896), Comércio (1,2 mil) e Construção (439). O único desempenho negativo foi na Agropecuária, com -4.848. Entre as cidades, o melhor saldo de vagas em março foi registrado em Porto Alegre, com 2.650 novos postos, totalizando um estoque de 586,7 mil empregos formais.
Os resultados gerais do Rio Grande do Sul no primeiro trimestre deste ano merecem ser celebrados e são um exemplo da resiliência dos gaúchos após a enchente de maio de 2024. A tragédia climática atingiu centenas de fábricas, empresas, lojas e outras atividades, que precisaram parar durante dias, sem produzir e sem vender. Muitas sequer conseguiram retomar as operações, o que levou a demissões.
Quando olhamos para os dados específicos do mercado de trabalho em Porto Alegre em março, não podemos esquecer que a cidade também foi severamente atingida pelas intensas chuvas do ano passado, com bairros sendo evacuados após serem tomados pelas águas do Guaíba.
Diante destas tristes lembranças, a recuperação do mercado de trabalho neste início de ano reflete o êxito dos programas desenvolvidos para apoiar a economia gaúcha a partir de maio de 2024. Foram diversas frentes desenvolvidas pelos governos federal, estadual e municipais contando com o apoio de várias instituições e da iniciativa privada.
Questões como prorrogação de prazo para o recolhimento de impostos, isenções fiscais na compra de equipamentos, concessão especial de crédito, pagamento de auxílio a trabalhadores formais e a microempreendedores, consultoria para empresas retomarem as atividades, entre outras, possibilitaram a continuidade dos negócios. Sem a oferta destes programas e auxílios para a população em geral e empreendedores de diferentes portes, poderíamos estar distantes dos dados promissores do Caged registrados neste primeiro trimestre, com um agravamento da situação econômica do Estado.